Há dois anos, em Tel Aviv, em Israel, Duncan Laurence conquistou a vitória aos Países Baixos no Festival Eurovisão da Canção. Este sábado, dia 22 de maio, será escolhido o país que levará o troféu para casa. Na corrida estão 26 canções e tudo pode acontecer, segundo os fãs que acompanham o concurso há vários anos – apesar da Itália estar em primeiro lugar nas casas de apostas, não é garantida a vitória.
A transmissão televisiva da final arranca às 20h00, na RTP1, e no site oficial da Eurovisão. Além da apresentação das canções dos artistas a concurso, estão programadas atuações do DJ holandês Peter Gabriel, de 16 anos, que irá abrir a cerimónia. Os vencedores Helena Paparizou (Grécia, 2005), Lordi (Finlândia, 2006), Mans Zelmerlöw (Suécia, 2015), Sandra Kim (Bélgica, 1986), Lenny Kuhr (Países Baixos, 1969) e Teach-Inn (Países Baixos, 1975) vão atuar em alguns dos locais mais emblemáticos, com a cidade de Roterdão como pano de fundo.
O DJ Afrojack, Wulf e a cantora Glennis Grace também vão subir ao palco da Ahoy Arena. Já Duncan Laurence, vencedor da edição de 2019 do Festival da Eurovisão, irá atuar na final – mas será uma atuação diferente, pois o cantor testou positivo à COVID-19.
Chantal Janzen, Edsilia Rombley, Jan Smit e Nikkie de Jager são os apresentadores.
OS 26 FINALISTAS A DISPUTAR O TÍTULO
Os finalistas foram escolhidos em duas semifinais: na primeira semifinal, Noruega, Israel, Rússia, Azerbaijão, Malta, Lituânia, Chipre, Suécia, Bélgica e Ucrânia garantiram passagem até à final. Já na quinta-feira (20), as canções da Albânia, Sérvia, Bulgária, Moldávia, Portugal, Islândia, São Marino, Suíça, Grécia e Finlândia foram as mais votadas, qualificando-se para a final.
Países Baixos, por ser o país organizador, e os “Big Five” (Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e Itália) têm acesso direto à final, sem terem de passar pela primeira fase do concurso.
Os artista de Chipre (Elena Tsagrinou – “El Diablo”), da Albânia (Anxhela Peristeri – “Karma”), de Israel (Eden Alene – “Set Me Free”), da Bélgica (Hooverphonic – “The Wrong Place”) e da Rússia (Manizha – “Russian Woman”) são os primeiros a subir ao palco. Seguem-se as atuações de Malta (Destiny – “Je Me Casse”), Portugal (The Black Mamba – “Love Is On My Side”), Sérvia (Hurricane – “Loco Loco”), Reino Unido (James Newman – “Embers”), Grécia (Stefania – “Last Dance”), Suíça (Gjon’s Tears – “Tout l’Univers”), Islândia (Da∂i Freyr og Gagnamagni∂ – “10 Years”) e Espanha (Blas Cantó – “Voy A Querdarme”).
O desfile das canções a concurso continuam com Natalia Gordienko (“SUGAR”), da Moldávia, seguindo-se a atuação da Alemanha (Jendrik – “I Don’t Feel Hate”), Finlândia (Blind Channel – “Dark Side”), Bulgária (Victoria – “Growing Up is Getting Old”), Lituânia (The Roop – “Discoteque”), Ucrânia (Go_A – “Shum”), França (Barbara Pravi – “Voilà”), Azerbaijão (Efendi – “Mata Hari”), Noruega (TIX – “Fallen Angel”) e os Países Baixos (Jeangu Macrooy – “Birth of a New Age”). A Itália (Måneskin – “Zitti E Buoni”), a Suécia (Tusse – “Voices”) e São Marino (Senhit – “Adrenalina”) são os últimos países a concurso.
Oiça aqui todas as canções a votações.
ITÁLIA, A FAVORITA NAS CASAS DE APOSTAS
A Itália, que entrou pela primeira vez no Festival Eurovisão Canção em 1956, venceu duas vezes o concurso televisivo, em 1964 e 1990. Mas este ano, a julgar pelas casas de apostas online, o país pode vencer novamente o certame.
Na edição de 2021, a Itália concorre com a banda pop rock Måneskin, formada em Roma no ano de 2015. Ganharam popularismo após a participação na 11.ª edição do Factor X. Apesar de terem ficado em 2.º lugar, conseguiram assinar um contrato com a Sony Music. “Il ballo della vita” foi o 1.º álbum da banda lançado em 2018. Nas sondagens e entre os fãs que estão em Roterdão para assistir ao concurso, o grupo é o grande favorito.”Zitti E Buoni” foi um dos temas tem acesso direto à final, sem terem de passar pela primeira fase do concurso, e que nos últimos dias roubou o protagonismo a Barbara Pravi, de França.
Em segundo lugar está França, com Barbara Pravie “Voilà”, que entre 9 e 13 de maio ocupou o primeiro lugar. Em terceiro lugar está Malta com Ieva Destiny e o tema “Je Me Casse” – durante várias semanas a canção esteve no primeiro lugar do ranking do site Eurovision World.
Portugal está entre os dez favoritos à vitória – este sábado, dia 22 de maio, o tema ocupa o oitavo lugar. À sua frente estão países como a Suíça (4.º lugar), Ucrânia (5.º lugar), Islândia (6.º lugar) e Finlândia (7.º lugar).
A EUROVISÃO EM ROTERDÃO
Há dois anos, a 18 de maio de 2019, Netta Barzilai entregava o galardão do Festival Eurovisão da Canção a Duncan Laurence, que representava Países Baixos com o tema “Arcade”. Depois de um ano de incertezas, devido à pandemia da COVID-19, a organização confirmou que a edição de 2021 concurso de música, considerado um dos maiores do mundo da televisão, se iria realiza-se com as medidas implementadas pelas autoridades holandesas.
A cidade acolhe pela primeira vez o evento e, segundo a organização, foi escolhida num processo no qual também era candidata a cidade de Maastricht. Esta é a quinta vez que aquele país venceu o concurso, depois dos triunfos em 1957, 1959, 1969 (‘ex aequo’ com Espanha, Reino Unido e França) e 1975.
A primeira semifinal do Festival Eurovisão da Canção está marcada para esta terça-feira, dia 18 de maio. Já a segunda parte está agendada para 20 de maio e a cerimónia da final do concurso musical acontece no dia 22 de maio.
Ao todo serão 39 os países em competição e, de modo a garantir que o concurso acontece mesmo, os concorrentes gravaram as atuações nos seus países, para poderem participar caso não fosse possível viajarem para Roterdão.
A gravação, entregue previamente pelas estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP), teve de “acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da atuação, depois de esta ser gravada”.
A organização terá de utilizar a gravação de pelo menos um dos 39 países: a Austrália, cuja delegação se viu impedida de viajar para os Países Baixos.
As duas semifinais e a final vão ter público a assistir ao vivo, tendo a organização colocado à venda este mês 3.500 bilhetes por espetáculo. Além disso, de acordo com informação disponível no ‘site’ oficial do Festival Eurovisão da Canção, o Governo dos Países Baixos autorizou a organização a ter também público em seis ensaios.
Este ano, “todas as delegações, artistas e equipa de produção seguem um protocolo rigoroso e não terão contacto com elementos do público”.
Com “Love is on my side” Portugal leva à Eurovisão, pela primeira vez, uma canção integralmente em inglês, composta por Tatanka, o vocalista dos The Black Mamba.
Este ano assinala-se a 65.ª edição do concurso, no qual Portugal participou a primeira vez em 1964, tendo entretanto falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014 e 2015, Portugal falhou a passagem à final.
Portugal venceu pela primeira e única vez o Festival Eurovisão da Canção em 2017, com o tema “Amar pelos dois”, interpretado por Salvador Sobral e composto por Luísa Sobral. Na sequência da vitória, Lisboa acolheu, no ano seguinte, o concurso.