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Rescaldo: O desperdício paga-se caro

Rescaldo: O desperdício paga-se caro

O Belenenses empatou este Domingo no Estádio Municipal de Arouca a duas bolas frente à equipa da casa. O jogo fica marcado pelas alternâncias no resultado e pela emoção até ao fim. A equipa visitante viu a sua vantagem de dois golos(!!) ser anulada pelos homens do distrito de Aveiro, a 5 minutos do fim. Um ponto para cada uma das equipas resume pouco o que se passou em 90 minutos.

O jogo começou numa toada muito atabalhoada e com o desacerto a ser a palavra de ordem. Os homens do meio-campo raramente tocavam na bola, quem assumia as despesas era os laterais e os avançados, muito por culpa da excessiva lateralização do jogo, que não beneficiou em nada, o futebol. Passados estes primeiros minutos de muitas paragens, muitas faltas e muito pouco futebol jogado, houve um ascendente do Arouca. A equipa da casa estava a acercar-se com perigo da baliza de Ventura e Roberto estava a causar muitas dificuldades à permeável defesa azul. No entanto, aos 35 minutos, as coisas viriam a alterar-se. O Belenenses ganhou outro ânimo e teve cerca de 6 minutos sempre em cima dos homens da casa, tendo por isso, o golo de André Sousa aos 41 minutos, surgido com naturalidade. Um remate forte de fora da área, na ressaca de um canto levava o Belenenses em vantagem para o intervalo. Vantagem merecida para o que foi feito nos últimos 10 minutos, apenas aí.

No segundo tempo, as coisas começaram de forma diferente. Os homens do Restelo começaram mais aguerridos, afoitos e em virtude dessa nova atitude, criaram muito mais perigo. Luis Leal teve uma perdida clamorosa que podia ter dilatado a vantagem. Minutos mais tarde foi a vez de Miguel Rosa falhar isolado, após um grande corte do atleta do Arouca. Ainda houve tempo para uma mão cheia de oportunidades dos azuis, que não deram golo por ineficácia extrema e pela qualidade de Bracali. Até que, aos 71 minutos, Luís Leal aproveita uma desatenção da defesa do adversário para, usando toda a sua força, rapidez e qualidade, atirar a contar. Estava feito o 2-0 e uma previsível vitória aproximava-se. Porém, as coisas não foram assim. O clube do emblema da cruz de cristo retraiu-se e viu a equipa da casa agigantar-se e procurar incessantemente o golo. Golo esse que acabaria por surgir aos 76, num livre batido por Nuno Valente, que bate na barreira, trai Ventura e acaba no fundo das redes. Este golo deu ainda mais ânimo aos jogadores de Lito Vidigal, que não parou de motivar a sua equipa. Após muita insistência, o golo acabaria por chegar. Após um corte de Filipe Ferreira, a bola sobra para Hugo Bastos, que quase do meio-campo, atira um míssil para dentro da baliza do guarda-redes do Belenenses. Um golo monumental que será, muito provavelmente, o melhor da Liga. Até ao fim, houve ainda tempo para muita polémica e muito tempo de jogo parado. Gonçalo Brandão e Miguel Rosa saíram lesionados deste jogo.

O Belenenses perdeu pela segunda vez esta época, uma vantagem de dois golos. Isto quando apenas faltavam 15 minutos para jogar. Alguma coisa tem de ser feita, não é normal acontecer esta situação numa equipa profissional, e ainda mais estranho é repeti-la. A vertente psicológica é essencial nestas alturas, é necessário trabalhá-la e torná-la mais forte. Não se podem perder mais pontos desta forma. 4 pontos perdidos, que podem – e poderão – ser essenciais.

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