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Pérolas do Retrogaming: Harry Potter e a Câmara dos Segredos (PS1)

Pérolas do Retrogaming: Harry Potter e a Câmara dos Segredos (PS1)

Após ter sido ríspida com Harry Potter e a Pedra Filosofal para a PS1 e impiedosa com Harry Potter Hogwarts Mystery, chega a vez de Harry Potter e a Câmara dos Segredos da PS1 ser analisado. A boa notícia é que tenho mais aspetos positivos a apontar a este jogo. A má é que não consigo evitar ter a sensação de que este jogo, no fundo, não mudou muito mais em relação ao primeiro.

Bom, em questões de beleza definitivamente não mudou muita coisa!

Gameplay

O gameplay desta sequela mantém-se, em essência, parecido com o seu predecessor. O Harry continua a poder lançar o feitiço Flipendo para se defender, a trepar e a saltar com os botões de direção e a ter de coleccionar feijões de todos os sabores para obter recompensas (neste caso, cromos de feiticeiros). Além do Flipendo, desta vez só aprendes mais três feitiços: o Wingardium Leviosa (já do jogo anterior), o Incêndio Duo, o Petrificus Totalus e o Verdimilious Duo. Felizmente as mecânicas para lançar os feitiços desta vez são bem mais simples.

Mais um jogo em que o Potter tem que fazer o trabalho sujo dos amigos!

Como no jogo anterior os mini jogos estão de regresso e desta vez são mais diversos. Agora há também mais áreas para explorar em Hogwarts, bem como um motivo para se tentar coleccionar os cromos de feiticeiros (ainda que a recompensa seja apenas uma oportunidade de ver alguma arte conceptual do jogo). Além disso o jogador agora pode melhorar as notas das aulas de Herbologia e Defesa Contra as Artes das Trevas. Há também a possibilidade de voltar a jogar alguns níveis, o que pode incentivar alguns a um replay.

Pros

Creio que algo que distingue este título são os mini jogos que compõem uma boa parte do gameplay. Atividades como desgonomizar jardins, voar no carro dos Weasleys, participar em duelos de feiticeiros e desafios estilo “tiro ao alvo” definitivamente ajudam a diferenciar um pouco este jogo. A versão da PlayStation 2 bem podia ter tido alguns momentos dinâmicos como este jogo bem os tem.

Ah e neste jogo também podes brincar às caçadinhas num corpo de uma criança obesa! Em que outro jogo podes fazer isto?

Há um maior incentivo à exploração em Hogwarts, especialmente com o aumento das passagens secretas. Graças ao álbum de fotografias, situado na sala comum de Gryffindor, o jogador pode voltar a jogar certas partes de modo a coleccionar um cromo de feiticeiros que falte.

Uma coisa que definitivamente melhorou foi a lealdade do jogo para com a história do livro. A narrativa segue os eventos da história de forma mais eficaz e neste caso há mudanças na narrativa que fazem bem mais sentido do que no primeiro jogo.

A melhor parte deste jogo! E não é por ser a última!

As melhores partes neste jogo? Os bosses! Desafiantes, dinâmicos e com uma banda sonora a condizer para cada um. Não são todos iguais, mas a mecânica de jogo que surge quer nestes confrontos quer nos duelos de feiticeiros (que podemos considerar como boss fights de certa forma) é eficaz, especialmente no que toca a ajudar o jogador a focar-se no alvo.

Cons

Nos cons creio que não vale a pena alongar-me muito, pois já referi o essencial no primeiro parágrafo. Acho que neste jogo a equipa responsável andou a ler as críticas feitas ao jogo anterior, ou devem ter feito uma reflexão daquilo que poderia estar melhor na sequela.

Errrrr… Distância higiénica por favor!

No entanto, apesar de achar este jogo bem melhor do que o primeiro (e vou irritar agora algumas pessoas, mas também é uma melhor experiência do que a versão da PS2!) não foi um jogo que se tenha distanciado em demasia do primeiro. Além dos mini jogos nada neste jogo ajuda a fazer uma grande distinção em relação ao Pedra Filosofal no que toca ao gameplay.

Yup… Mais uma vez isto!

Mais uma vez a personagem fica igual do início ao fim, fora os feitiços que aprendeu. Por falar nos feitiços este jogo voltou a cair na mesma asneira do primeiro. Não não aprendes feitiços novos, como o único feitiço novo que aprendes (Petrificus Totalus) só é usado num desafio e depois descartado.

Em suma, o jogo melhorou em alguns aspetos relevantes. Mas talvez, se não tivesse jogado muito pelo seguro em certas partes, talvez esta tivesse sido uma experiência mais memorável.

Crabbe e Goyle = O Bucha e o Estica

Ah e já disse que a beleza dos gráficos está igual ao primeiro jogo?

Consenso

Parece que o Harry finalmente experimentou os verdadeiros “feijões mágicos”

Harry Potter e a Câmara dos Segredos para a PS1 definitivamente teve melhorias em relação ao Pedra Filosofal. Os mini jogos ajudam a que o gameplay não seja constantemente monótono como o primeiro jogo, e desta vez existe mais incentivo a que o jogador explore Hogwarts e descubra várias áreas secretas. Os bosses são sem dúvida as partes mais divertidas e desafiantes do jogo que exigem um maior foco da parte do jogador.

Infelizmente, em essência o jogo não foi uma grande inovação. Alguns problemas e defeitos no primeiro jogo voltaram e em vez de correrem mais riscos e experimentarem algumas coisas novas (especialmente no que toca aos feitiços ou a outras ideias de desafios), mantiveram-se, em essência, iguais ao primeiro jogo em diversos aspetos.

Adeus Ron! A tua carinha laroca não vai deixar grandes saudades!

Ainda assim recomendo este jogo bem mais do que o primeiro. Tenho é pena que este tenha sido o último jogo na PlayStation 1, contudo, tendo em conta a desgraça em que os jogos de Harry Potter se tornariam (especificamente a partir d’O Cálice de Fogo), esta série terminou numa boa altura. Não terminou em grande, mas não se pode dizer que tenha terminado num total fracasso.

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