Há precisamente 20 anos atrás, Ivaylo Iordanov anunciava, de lágrimas nos olhos, que sofria de esclerose múltipla. Hoje, o jornal Record fez questão de assinalar a data com uma entrevista especial ao ex-jogador que foi protagonista de um ato bastante simbólico para o mundo dos sportinguistas: a colocação do cachecol de campeão nacional no leão do Marquês de Pombal.
Depois de ter saído da convocatória da seleção búlgara na qualificação para o Mundial de 1998, por ter sentido novamente a perna esquerda a falhar, Iordanov rumou a Portugal onde fez uma longa bateria de exames. O departamento clínico do Sporting confirmou o pior cenário, o futebolista de apenas 28 anos sofria de esclerose múltipla.
“Foi complicado quando me explicaram o que significava ter esclerose múltipla. Não sabia o que era. Depois, pensei que seria impossível um rapaz com 28 anos ter uma doença daquelas. Lembro-me de o doutor Fernando Ferreira dizer-me, com as lágrimas nos olhos, que não sabia se ia poder voltar a jogar futebol. Eu disse: ‘nem pensar! Cortem-me a cabeça, ponham outra, mas eu vou voltar a jogar, pois quero estar no Mundial e quero ser campeão pelo Sporting, um sonho com vários anos’”, contou Iordanov.
E foi isso mesmo que aconteceu, o búlgaro sagrou-se campeão nacional pelo Sporting, em 1999/2000, e foi ele que, numa grua, colocou o cachecol de campeão no leão do Marquês de Pombal, em Lisboa.
Hoje, Iordanov afirma que pretende repetir o feito: “Estou a torcer para que o meu Sporting seja campeão. Se me convidarem, vou lá colocar o cachecol. Não penso duas vezes”.