A Importância dos casinos no cinema: os filmes de Bond e o clássico que ganhou o Oscar

Realizadores e escritores sempre estão a procurar inspiração para os seus filmes e histórias. Alguns encontram no mundo dos casinos e no luxo de Las Vegas a possibilidade de criar grandes produções que entram para a história do cinema.

O casino já foi tema de várias histórias importantes no cinema, mas é ainda mais marcante em duas em específico. A voltar um pouco no passado, se não fosse pela cultura dos casinos, James Bond e nem o ganhador de quatro estatuetas “Encontro de Irmãos” teriam o mesmo sentido.

James Bond nasceu pertinho do Casino Estoril — A cultura dos casinos influencia nos cinemas há muitas décadas, e um exemplo disso é o Casino Estoril com o personagem James Bond. No processo de criação para o protagonista dos filmes do 007, Ian Fleming, criador da história, inspirou-se em Estoril para tal.

Fleming esteve hospedado no Hotel Palácio em 1941, que fica a aproximadamente 200 metros do Casino Estoril. No Hotel Palácio, conhecido também como The James Bond Hotel, Fleming estava a seguir um espião que hospedou-se por lá durante um tempo. Isso motivou o escritor inglês a criar Bond. Anos mais tarde, o escritor inglês criou a primeira história do personagem inspirado no Casino Estoril, algo confirmado oficialmente.

Não demorou muito para os casinos aparecerem com frequência nos filmes de Bond. Na quinta sequela original, David Niven actuou como o agente secreto apenas uma vez, e isso aconteceu no “Casino Royale”. Lançado em 1967, esse filme também teve actores famosos como Peter Sellers e Orson Welles.

Apesar de o filme ter o casino como sua principal inspiração, as gravações não ocorreram em nenhum casino original. Isso só veio numa sequela quatro anos depois, com Sean Connery a actuar como Bond. Alcunhado de “Os Diamantes São Eternos”, nesse filme de 1971 Connery gravou algumas cenas no Circus Circus, em Las Vegas.

Bem mais recente, em 2006 foi a vez de Daniel Craig actuar como o agente secreto no novo filme do “Casino Royale”, que recebeu opiniões bem mais favoráveis do que a primeira gravação da década de 1960. No “Casino Royale” de 2006, o póquer aparece em destaque. Praticado nas mesas de um fictício casino, uma curiosidade é que o actor Craig teve que receber algumas aulas desse desporto para tornar a actuação mais real. Assim como no filme de 1967, essa produção não foi gravada dentro de um verdadeiro casino.

O casino em um filme que ganhou o Oscar — Clássico do cinema, “Encontro de Irmãos, lançado em 1988, tem Tom Cruise e Dustin Hoffman como os dois actores principais.

O filme tem uma relação directa com o blackjack, muito popular e tradicional nas mesas dos casinos. Uma das cenas principais é quando Charlie Babbitt, interpretado por Cruise, e seu irmão Raymond, por Hoffman, vão para a disputa do blackjack em um casino de Las Vegas.

Raymond, com muita facilidade na matemática, consegue tornar-se um exímio p de blackjack. Charlie, ao perceber o talento de Raymond, leva-o para o caminho do sucesso. No filme, as slots, luzes e todo glamour tradicional dos casinos de Las Vegas são bem colocados pelo realizador Barry Levinson.

Um dos grandes sucessos da década de 1980, Hoffman ganhou o prémio da Academia de melhor actor daquele ano. Levinson, realizador, ganhou. “Encontro de Irmãos” também levou as estatuetas de melhor filme e melhor argumento original.

Além da história ter nos casinos uma parte importante, o filme ganhou muita repercussão pela excelente história que envolve Raymond e Charlie. «É um filme espetacular, para não tirar os olhos do ecrã. O roteiro é muito bem produzido, as cenas são icónicas, a música combina muito bem com a história e os actores dão um verdadeiro show», cita o site Arte-Factos.