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Crítica: “Altered Carbon”, uma série original Netflix que vai dar muito que falar

Crítica: “Altered Carbon”, uma série original Netflix que vai dar muito que falar

Altered Carbon é adaptada do romance homólogo de 2002 de Richard K. Morgan, editado pela Saída de Emergência, que nos traz um clássico de cyberpunk. Esta é uma superprodução da Netflix que nos apresenta um mundo futuro onde a humanidade desenvolve uma tecnologia inovadora.

Esta nova tecnologia é capaz de quebrar todas as barreiras biológicas que conhecemos, dando oportunidade a quem o quiser, de viver para sempre. A imortalidade aqui é dada através de discos, que podem ser colocados em capas (que são basicamente o nosso corpo). Cada vez que uma capa morre, o disco pode ser colocado noutra capa, no entanto, se o disco for destruído a pessoa morre.

O conceito parece muito simples, mas na verdade é mais complexo do que isso. A série tem uma fotografia excelente e o argumento está muito bem conseguido, provando que esta superprodução da Netflix foi de facto uma excelente aposta.

Takeshi Kovaks é o nosso grande protagonista, interpretado por Will Yun Lee, quando as cenas se referem ao passado e por Joel Kinnaman, quando as cenas se referem ao futuro. Kovaks é um ex-militar altamente treinado, que depois de ser perseguido foi morto e acorda passado 250 anos num novo corpo. Rapidamente fica a conhecer o seu propósito, que é ajudar Laurens Bancroft (James Purefoy) a descobrir algo que o atormenta.

Sem querer dar demasiados spoliers aos leitores, posso afirmar que estamos perante uma série repleta de intrigas, que fogem ao que estamos habituados, temos uma cidade recheada de crimes, temos amores improváveis, nudez e cenas de sexo sem grandes pudores e acima de tudo traições atrás de traições.

A série tem cenas de luta incríveis, tem personagens que estão desenvolvidos de forma fantástica que nos dão pormenores importantes ao longo da série. O Poe (Chris Conneré uma delas, aparece e pensamos que não vai ter grande importância, mas cedo percebemos que estamos enganados. A Ortega (Martha Higareda) é outra personagem forte na série, que se vai revelar episódio após episódio.

Posso afirmar que foi uma agradável surpresa e que de facto a série está fantástica. O conceito é absolutamente inteligente e o mistério que paira no ar durante toda a temporada torna-a ainda mais apetecível. O mundo futurista para onde mergulhamos está em constante mudança, trazendo-nos sempre novos pormenores estranhos, interessantes e que nos fazem mergulhar ainda mais fundo.

O episódio piloto, que veio das mãos de Miguel Sapochnik (realizador dos épicos episódios “Hardhome“, “Battle of the Bastars” e “The Winds of Winter” de Game of Thrones) não revela demasiado e nove episódios que se seguem nunca desenvolvem logo tudo, deixando a acção acontecer gradualmente, presenteando-nos com surpresas inesperadas a cada episódio. A verdade é que Laeta Kalogridis (a criadora da série) tinha tudo muito bem organizado na sua cabeça e conseguiu passar tudo isso para a série.

Para todos os que estão ansiosos pela série, vão estar cara-a-cara com uma combinação de “Matrix” e “Ghost In The Shell“, um mundo futurista que confronta a realidade do dia-a-dia e a espiritualidade. Em Bay City as fronteiras principais são as financeiras, nem o corpo nem a alma conhecem fronteiras, a violência é o prato do dia, assim como a prostituição. Temos uma luta pela imortalidade, mas essa não é para todos.

Durante os dez episódios vamos entrar numa montanha-russa de intrigas e mistérios que nos surpreendem episódio após episódio e que nos deixam a pensar como será o fim da temporada. Mas quando lá chegamos, somos novamente surpreendidos e temos de esperar algum tempo para sabermos qual vai ser o desenrolar da história de Takeshi Kovaks.

Esta é uma série a não perder, que chega já esta sexta-feira, dia 02/02 à plataforma de streaming da Netflix. E como diz Quell (Renée Elise Goldsberry): “Não presumas nada, ou não vais ver o que realmente interessa“.

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