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Rodrigo Velez: «Gostaria de ver o meu tema editado em CD»

Rodrigo Velez: «Gostaria de ver o meu tema editado em CD»

Rodrigo Velez, mais conhecido por Marion Cobretti, um belenenses no mundo da música, fez um hino ao nosso clube. Este hino, que foi adaptado como um hino motivacional para o Basquetebol, está “na boca” dos adeptos. Fomos conhecer melhor este nosso adepto de música e coração.

CA: Fale-nos um pouco de si:

RV: Estou desempregado neste momento, por isso não me falta tempo para a música. Escrevo e componho desde há alguns anos e sou uma pessoa autodidata. Ainda andava eu na escola, se bem me lembro, e já andava metido em bandas. Daí para cá, tenho vindo a construir uma carreira sólida na música, nos meios mais underground e não só, ainda recentemente gravei mais uns temas novos com a minha banda, os Clockwork Boys que já possuem uma extensa discografia. Está para sair um novo single em novembro desta vez a meias com os conhecidos Mata Ratos (Split EP) onde consta um tema nosso muito conhecido também, o tema “Fernando Chalana” era RnR regravado e remisturado. De resto, o futebol sempre fez parte da nossa música, temos temas sobre o George Best, Maradona, Paulinho Cascavel, Victor Baptista etc. Além de terem sido bons jogadores, tinham histórias extra-relvado passíveis de caricatura.

CA: Como nasce o nome artístico Marion Cobretti?

RV: No começo da banda, julgo que devido ao facto de eu usar sempre uns Ray Ban Aviator pretos, e também porque a minha alcunha era Cobra. Depois começaram-me a chamar Cobretti e tem durado até hoje…

CA: Vimos num blogue que pretende lançar um single a solo no inicio de 2015, pode falar-nos um pouco desse projeto?

RV: Surgiu da mesma forma que o hino do Belenenses, eu tinha umas linhas de guitarra na cabeça, umas letras feitas, chamei a minha casa o meu amigo produtor Paulo Vieira e tratámos da gravação numa tarde. Com alguma dedicação hoje em dia tudo é possível. Até um tipo sozinho com tecnologia adequada pode gravar um álbum. Para esse meu disco a solo ainda chamei o Romão para os teclados. Acho que vai sair por uma editora espanhola com muita pena minha. Porque a nível de punk rock está um single do “caraças” além de ser cantado em português. Merecia uma atenção diferente das editoras portuguesas ditas alternativas.

CA: Recentemente lançou um tema, dedicado ao Belenenses, como nasceu essa ideia? Intervenientes na criação da mesma.

RV: A ideia surgiu porque o nosso ex-baixista dos Clockwork Boys (Luís Rattus) criou uma banda de apoio ao seu Sporting, os Supporting e eu na brincadeira disse-lhe que também ia compor um tema para o Belenenses e ele apoiou-me para eu seguir em frente com a ideia. Muitos dos meus amigos, que não são belenenses, gostaram do hino e deram uma força.

CA: O tema é para ficar por aqui, ou pretende gravar o mesmo em CD?

RV: À semelhança do que se fez com a música do Pedro Barroso, a “Canção do Mar”, eu gostaria de ver o meu tema editado em CD e distribuído em lojas e no estádio, acho que a música pode ser uma forma apelativa de cativarmos mais adeptos para o nosso lado da barricada. Haja alguém no clube com essa visão e que queira falar comigo para tratarmos desse assunto da edição em CD até porque hoje em dia sai barato editar um CD e é uma ideia rentável, por isso não vejo senãos…Se houver apoios, até gravaria um álbum inteiro com todo o prazer, e aí podíamos ter temas dedicados a velhas glórias do nosso clube, cito o Matateu apenas como um exemplo.

CA: Sabemos que o tema foi “adotado” pela secção de basquetebol como hino motivacional e que o Rodrigo esteve na apresentação da equipa, onde recebeu uma camisola. Para si que é um Belenenses, como é ver o seu trabalho “adotado” para motivar uma equipa do Belenenses?

RV: Foi um orgulho enorme para mim e para a minha família que também é Belenenses, parece que também vão passar a música no futebol, pelo menos era suposto isso ter acontecido no domingo passado com o Vitória de Setúbal, mas houve problemas técnicos. Da minha parte, também não vejo qualquer problema em passarem a minha música no estádio desde que se lembrem de mim e de me enviar um convite (risos)

CA: Relativamente à aceitação da massa adepta que tem sido muito favorável, inclusivamente foram visíveis os vários pedidos para que o tema passasse no último jogo em casa. Qual é a sensação?

RV: Surpreendeu-me mas ainda me vai surpreender mais no dia em que ouvir a nossa bancada a cantar o refrão ou a música toda, “a camisola azul perdura para sempre, o nosso sangue é de Cristo, a alma belenenses”.

CA: Podemos contar com mais temas dedicados ao Belenenses?

RV: Acho que sim, se houver apoio de toda a gente, se me surgirem novas letras e boas ideias musicais. Em Inglaterra quase todos os clubes têm as suas músicas mais modernas, sem se esquecerem dos hinos antigos mais tradicionais, acho que é por isso que existe uma maior cultura futebolística no Reino Unido. Por cá começam a surgir mais músicas ligadas ao futebol, mas é sempre devagar devagarinho…

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