João Martim 
Xiaomi. Já ninguém consegue escapar a este nome. Agora, nem mesmo as mães, porque este pode bem ser o melhor smartphone para este público. Porquê? É só ver o vídeo:
https://youtu.be/1xW1V84fEzk
Design
Este smartphone, apesar de não ter um design nada feio, apresenta-se muito parecido com o BQ Aquaris V ou Xiaomi Redmi Note 5 (alumínio na parte traseira), mas bem mais fino. O que é que isso tem de mal? À partida nada, mas a Xiaomi poderia ter sido um pouco mais inspiradora nesta parte. Mas, atenção, não deixa de ser um telemóvel bonito, onde reina a simplicidade.
Ecrã
A frente do telefone conta com um ecrã de 5.99 ” (chamemos-lhe 6”, vá), 1080 x 2160, o que resulta numa incrível concentração de 403 ppi! Significa isto que, por muito que se tente, não é possível identificar um único pixel isolado, oferecendo uma experiência limpa com boa definição. Além disso, os cantos são ligeiramente arredondados, o que dá um toque interessante ao equipamento.
Câmara
Vamos cá falar da grande mais-valia deste smartphone: a câmara. É inacreditável como um smartphone de menos de 200€ (em lojas chinesas, já que nas lojas tradicionais em Portugal chega aos 300€) consegue ter uma câmara desta qualidade. Não interessam os megapixels. A qualidade das lentes é deslumbrante, o que faz com que tenhamos imagens nítidas, bem definidas e com muito pormenor. Lembram-se das fotos de flores que a vossa mãe vos envia? Bem, isso não vai mudar, mas pelo menos recebem fotos com melhor qualidade de imagem.
A câmara traseira é uma Dual Cam: 12MP com abertura de f/1.8 e outra de 20MP com abertura de f/1.8. Porquê duas câmaras? Além de conseguir fotografias mais detalhadas, é possível fazer o efeito de fundo desfocado, para simular as câmaras DSLR (como Canon e Nikon) – claro que não é a mesma coisa, mas fica um efeito bem semelhante, como podemos ver na foto abaixo.
A câmara frontal tem 20MP, flash frontal, e apresenta uma boa qualidade, até mesmo em condições de menos luz (onde o flash ajuda um pouco). Ambas as câmaras, tanto a traseira como a frontal, apresentam um bom comportamento, sendo que com menos luz é que se nota bem a qualidade da câmara – e é aqui e só aqui que conseguimos perceber que estamos perante um smartphone na casa dos 200€. No entanto, nada que abale as mães: continua a ser uma câmara excepcional.
SO
Saído da caixa, o Xiaomi Mi A2 vem com Oreo 8.1.0, tendo por cima o MIUI a que a Xiaomi tão bem nos habituou. Para algumas pessoas pode ser excelente, para outras não, mas para estas últimas basta instalar um launcher que tudo fica como elas querem – tudo bem personalizado.
Memória
A memória RAM deste modelo é acima da esperada num smartphone deste valor: 4 ou 6GB de RAM (dependendo do modelo escolhido) para todas as tarefas do dia-a-dia – é mais do que o suficiente para uma mãe regular.
Já a memória interna é de 64GB ou 128GB de ROM para os ficheiros de media, o que é bom para um telefone deste valor – infelizmente, não dá para expandir a memória deste telemóvel através de um cartão de memória, portanto a versão de 128GB acaba por ser a mais indicada para quem quer andar com a biblioteca de fotografias toda atrás.
CPU
O Xiaomi Mi A2 tem um Snapdragon 660 – o que é incrível para o dia-a-dia, especialmente para um smartphone cujo preço começa nos 199€. O Antutu Benchmark regista uns incríveis 128 mil pontos – já dissemos que este equipamento começa nos 199€?
GPU
Equipado com um Qualcomm® Adreno™ 512, este smartphone surpreendeu. Testámos um dos jogos mais exigentes da atualidade, o PUBG, e as definições gráficas foram definidas automaticamente para o “Médio”, naturalmente. Claro que não obtivemos uns 60 fps constantes, mas o jogo não apresentou breaks nem lag, o que não é nada normal para o valor deste futuro-companheiro-de-todas-as-mães (piada propositada). Sabemos que estamos sempre a referir o preço, mas é unicamente porque continuamos sem acreditar em algo tão bom e tão económico. E se se comporta bem com o PUBG, então imaginem com o jogo favorito das mães: Candy Crush. Absolutamente perfeito.
Bateria
Este Xiaomi Mi A2 tem algumas coisas a aprender com o Xiaomi Redmi Note 5, especialmente no que toca à bateria. Em vez de uma bateria de 4000mAh, o que significaria mais de dois dias sem ser preciso carregar o telemóvel, este telemóvel vem com uma bateria de 3010mAh, o que dá para um dia inteiro, mas nada mais do que isso! Sendo mais específicos, dura cerca de 7h com o ecrã ligado.
Este smartphone, dependendo da configuração, começa nos €199 (4GB RAM + 64GB ROM) nos mercados chineses (entre 240 a 300€ em Portugal), podendo chegar até aos €250 (6GB RAM + 128GB ROM) nos mercados chineses (e nas lojas tradicionais portuguesas podendo ultrapassar os 300€). Como é que é possível preços tão baixos? Não sabemos, nem conseguimos explicar. Mas ainda bem!
Veredicto
Na nossa opinião, a Xiaomi está muito à frente no que toca a preço na gama média, tendo em conta as especificações dos seus telemóveis. Este é um exemplo disso e arriscamo-nos a dizer que é, neste momento, um dos melhores smartphones abaixo dos 200€ – sem a mínima dúvida uma boa opção para meter no cesto. E basta ver o efeito deste telemóvel pela reação de surpresa de uma mãe quando recebeu este smartphone:
