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Pérolas do Retrogaming: Spyro 2 – Gateway to Glimmer

Pérolas do Retrogaming: Spyro 2 – Gateway to Glimmer

“Spyro 2 – Gateway to Glimmer” (conhecido nos EUA como “Spyro 2 – Ripto’s Rage”) é a continuação da série de jogos desenvolvida pela Insomniac Games. Este é considerado por muitos como sendo o melhor jogo dos três primeiros, embora muitos prefiram “Spyro 3 – Year of the Dragon” como o maior merecedor desse título.

Fun fact: o ator de voz de Spyro é também a voz de Spongebob Squarepants!

A ação do jogo abre quando o protagonista, na companhia da sua libélula Sparx, resolve tirar férias e escapar por um pouco do seu meio. Contudo, ao entrar para o portal que leva a Dragon Shores (um parque temático) Spyro é, em vez disso, transportado para o mundo de Avalar.

Pergunta ele pouco depois de ter descrito o que é um dragão!

Lá Spyro conhece Elora, a fauna, Hunter, a chita, e Professor, a toupeira. Somos ainda apresentados ao novo antagonista da história Ripto e os seus dois capangas Crush e Gulp. O vilão tenciona conquistar Avalar pelo que os três habitantes referidos anteriormente resolveram pedir a ajuda de um dragão. Mas será Spyro a escolha certa para lidar com Ripto?

Cliché dos anos 90: o chefe pigmeu com os capangas grandalhões

Gameplay

Spyro 2 mantém muitos dos aspetos do primeiro jogo, tendo agora uma dinâmica maior na jogabilidade. O gamplay linear e um tanto monótono de que tantos se queixaram no primeiro título agora tem diversos desafios que permitem ao jogador experimentar diversos novos controlos.

Não há Primavera (Spring) neste mundo, é?

Existem ao todo três home worlds: Summer Forest, Autumn Plains e Winter Tundra. O objetivo principal que o jogador tem é o de colecionar todos os taismãs nos dois primeiros mundos e por fim recolher um certo número de esferas no último mundo. No fim de cada mundo haverá um boss até o jogador por fim chegar a Dragon Shores onde receberá algumas recompensas.

Mantêm-se a missão de coleccionar as jóias que estão espalhadas pelo mundo, bem como de matar os inimigos presentes num nível. Exceto que ao matar inimigos neste jogo o Spyro tem acesso a powerups que lhe permitirão experimentar diversas habilidades temporariamente. Habilidades como voo temporário, superchama, supercarga, invencibilidade, entre outra permitirão, quer a passagem para áreas complicadas, quer a possibilidade de ultrapassar determinados desafios.

Moneybags: uma personagem a tentar inserir capitalismo em Avalar

O Spyro agora pode aprender três novas habilidades: nadar debaixo de água, trepar e fazer um golpe de cabeça. Cada uma destas habilidades vai provar ser útil em determinadas etapas do jogo, especialmente naquelas em que o jogador terá que voltar atrás para completar determinadas partes de um nível.

Os “Pros”

Não é à toa que ainda hoje muitos debatem se o melhor jogo desta série é este ou o seu título sucessor. Spyro 2 sem dúvida melhorou consideravelmente no aspeto da diversidade, algo de que me queixei no primeiro jogo. O jogo definitivamente não é nem monótono nem linear desta vez devido aos desafios e sidequests que são apresentados.

Experimentem esta parte ao som de “Part of your World” da Pequena Sereia!

Os níveis têm diversos desafios que permitem ao Spyro experimentar novas habilidades temporariamente, bem como outras mecânicas de jogo. Os níveis de voo estão de volta com controlos melhorados e com um desafio extra em cada um deles.

As três novas habilidades permitem ao jogador explorar dimensões que dantes não existiam. A minha favorita é a habilidade de nadar debaixo de água, algo que abre espaço a toda uma nova forma de jogabilidade. Muitos detestam níveis subaquáticos, já eu não tenho uma única queixa com os níveis dessa categoria neste jogo. Estas habilidades encorajam o jogador a voltar a determinados níveis anteriores, visto que só podem ser desbloqueadas em cada mundo novo (Ah, e ainda por cima pagas por as ter… Maldito Moneybags!).

Sim, sim… Diz lá mas é quanto queres seu chulo!

A história e a personalidade das personagens é um outro aspeto bastante mais explorado em relação ao primeiro. Nota-se em particular quer a personalidade heróica e cínica do Spyro, bem como o feitio explosivo de Ripto. O facto de existirem mais diálogos ao longo do jogo não só permite a uma pessoa inteirar-se do que se passa num certo mundo, mas também dá mais vida ao mesmo. As cenas que passavam antes e no fim de um nível definitivamente eram das coisas que mais entretém um fã.

Ah os bosses… Definitivamente uma melhoria comparado com os inimigos menores do primeiro jogo! São apenas três, contudo esses “três” dão uma luta renhida, obrigando o jogador a pensar rápido. O boss final é o meu favorito e um perfeito exemplo de como deve ser uma boa luta final: tem três fases as quais obrigam o Spyro a colocar à prova tudo aquilo que fez ou aprendeu no jogo e, sobretudo, não dá descanso ao jogador. Definitivamente não me decepcionou como foi o caso de Crash Bandicoot 2.

Os “Cons”

É-me muito difícil apresentar um ponto negativo que seja sobre este jogo. Spyro 2 é definitivamente uma experiência que entretém durante horas e tem diversos elementos como aliados, como deu para ver. Apesar de em criança sempre achar que “Spyro – Year of the Dragon” era o melhor dos três, devo dizer consigo encontrar mais defeitos nesse jogo do que neste.

Ainda assim um aspeto negativo que convém apontar é o facto de este ser um jogo muito fácil de “quebrar”. Com alguns truques e glitches o jogador pode quebrar o jogo facilmente e chegar a áreas nas quais não é suposto. Exemplos disso podem ser vistos no vídeo em baixo.

Outro aspeto que definitivamente decepciona um bocado: o tão aguardado local de férias para onde o nosso herói quer ir. Esse nível é meramente composto por atrações de feira popular, um powerup que te dá a superchama durante o resto do jogo e uma área na qual podem ser visualizadas as cutscenes do jogo. Muito sinceramente, só o powerup vale a pena, porque de resto a “recompensa” pelas horas passadas a jogar deixa um bocado desejar.

A primeira frase ficou-me gravada no crânio mesmo após estes anos todos!

Há ainda o aspeto referente à dificuldade nalguns desafios. Há desafios que deixam uma pessoa à quase beira de um ataque de nervos. Desafios como ter que seguir e fazer de escolta a um alquimista num percurso em círculos, ou ter que seguir um agente secreto enquanto escondes a cabeça atrás de umas árvores, ou mesmo ter que conduzir um trolley enquanto se tentam coleccionar 50 peças sem morrer uma única vez são um teste aos nervos de um gamer. Especialmente quando se está sujeito a ouvir o mesmo diálogo vezes sem conta.

Consenso

Como em Crash Bandicoot 2, Spyro 2 foi uma melhoria relevante em relação ao seu título original. Controlos muito melhores, jogabilidade mais variada, uma história mais presente e maior motivação à exploração.

Também eu ficaria com esta cara se quisesse ir de férias e me obrigassem a salvar o mundo!

Se há algum defeito relevante a ser apontado ao longo da experiência talvez seja quer a facilidade em desbloquear glitches e a dificuldade exagerada em certos desafios. No que toca aos restantes aspetos o jogo sem dúvida continua a ser divertido para gamers de várias faixas etárias.

Mas será este jogo realmente melhor que “Spyro – Year of the Dragon”? No próximo mês terão a minha resposta.

 

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