João Palhinha falou à equipa de comunicação da SAD do Belenenses, abordando a sua adaptação ao emblema do Restelo, num curto espaço de tempo.
Leia a entrevista na integra:
Chegaste ao Belenenses praticamente no final da pré-época e, após seis jornadas no campeonato, és um dos totalistas da equipa. Estavas à espera de uma adaptação tão rápida?
– Só penso em fazer o meu trabalho como tenho feito até aqui. Dou sempre o máximo em cada treino e em cada jogo, depois cabe ao treinador decidir. Claro que me sinto satisfeito por ser um dos totalistas da equipa. É importante estar a jogar com regularidade, por isso tem sido muito bom.
Não foi, portanto, difícil ‘apanhar o comboio’…
– Nada difícil. O grupo é bastante acessível, isso também me ajudou bastante na minha integração, porque fui muito bem recebido.
Estás há quase dois meses no Restelo, já deu para sentir a mística e o simbolismo do Belenenses?
– Sem dúvida. Sempre tive uma enorme empatia pelo clube, porque várias pessoas na minha família são do Belenenses, como era o meu avô e agora os meus primos. Não é só desde agora que tenho um carinho especial pelo Belenenses.
É o clube ideal para cresceres e evoluíres como jogador?
– Sim, por isso é que tomei a decisão de vir. Senti que era onde me davam mais garantias para crescer e onde ansiava jogar. O facto do presidente e do treinador terem insistido, e sobretudo terem demonstrado que me queriam, também teve um papel determinante na minha decisão.
Como descreves estes primeiros dois meses? Algo que te tenha surpreendido?
– Sinto-me bastante satisfeito por ter assinado pelo Belenenses. Fiquei surpreendido com o grupo de trabalho que encontrei, acima de tudo pela forma como trabalham e pela forma como todos nos damos bem. Não há ‘grupinhos’ dentro do balneário e isso é um dos nossos segredos, que depois acaba por se refletir no campo.
Fizeste a tua formação como jogador no Sacavenense e no Sporting (19 jogos pela equipa B), na época passada foste emprestado ao Moreirense (29 jogos) e esta temporada nova cedência ao Belenenses. Como perspetivas a tua temporada?
– Quero continuar a crescer e a evoluir como tenho feito até aqui. Aprender com os erros todos os dias e atingir os meus objetivos pessoais, tal como os do Belenenses.
Nestas seis jornadas de campeonato já conseguiste fazer a tua estreia a marcar na Primeira Liga, um golo que deu o empate em Guimarães. Teve um significado especial?
– Sim, foi muito especial por ter sido com a camisola do Belenenses e também por ter sido em Guimarães, porque vivi lá o ano passado.
Esse golo também teve uma dedicatória especial…
– Foi para o meu falecido avô, que era do Belenenses. Cada vez que marco um golo, faço questão de lhe dedicar. Foi uma pessoa muito especial na minha vida e, apesar de não estar cá fisicamente, com certeza está lá em cima orgulhoso do trabalho que tenho feito e daquilo que ainda irei alcançar no futuro.
Foste internacional sub-19 e sub-20, nesse futuro há esperança de seres convocado para o Europeu de sub-21 em 2017?
– Não escondo que é um dos objetivos que tenho, mas a Seleção não é o mais importante. Qualquer jogador quer representar o seu país, mas o mais importante é o Belenenses, porque se estiver a corresponder e a trabalhar bem, essas coisas acabam por aparecer mais tarde ou mais cedo.
No que diz respeito ao coletivo, vês a equipa com potencial para realizar uma boa época?
– Claramente. Não começamos da melhor forma, mas a equipa tem crescido semana após semana. Trabalhamos todos os dias com muito esforço e dedicação, por isso só temos de pensar positivo, porque no final vamos ter a recompensa. Além disso, temos um grupo muito unido, brincalhão e damo-nos todos muito bem. Sendo a maioria jogadores portugueses é algo que também ajuda muito a criar bom ambiente no balneário.
A mistura entre juventude e experiência no plantel também é benéfica?
– É sempre bom aprender com os mais velhos e ouvir os seus conselhos. São mais experientes, já passaram por muitas situações e nós, os mais novos, só temos a ganhar com essa simbiose.
O Belenenses não perde há cinco jogos no campeonato. Sentem que são uma equipa difícil de bater?
– Posso dizer que sim. O nosso trabalho está à vista de todos e é o reflexo da dedicação diária de todos os jogadores. No entanto, acredito que vamos conseguir ainda mais, porque a equipa tem valor para isso. Não só não perder, mas também continuar a ganhar, porque é com esse espírito que entramos para qualquer jogo.
O último empate com o Arouca soube a pouco…
– É verdade, soube a muito pouco. Era um jogo em casa, onde tínhamos obrigação de ganhar, mas já passou. Agora estamos a pensar no jogo com o Chaves, queremos dar uma boa resposta e, se possível, ir lá buscar os três pontos.
Como perspetivas esse jogo?
– Vai ser um jogo muito difícil como são todos, porque não há jogos fáceis. O Chaves também tem uma boa equipa, tem feito um excelente campeonato, mas nós só temos de nos preocupar connosco. Se fizermos o nosso trabalho, certamente vai correr tudo bem e iremos sair de lá com a vitória.
A excursão para Chaves esgotou, sinal que os adeptos estão com a equipa…
– O apoio dos nossos adeptos é muito importante para nós. Espero que continuem a apoiar como têm feito, tem sido muito bom sentir que estão connosco, não só em casa como fora. Em Setúbal, Tondela e Guimarães estiveram presentes e temos de dar valor a estes adeptos espetaculares, que fazem tantos quilómetros para nos ir ver jogar. Por isso, a melhor forma de retribuir esse esforço é dar uma boa resposta dentro de campo e ganhar!