No futebol, como na vida, vem-me sempre à colação, aquando de situações de insegurança, uma frase de Napoleão Bonaparte: “Quem duvida da vitória, tem a certeza da derrota”. O que tem isto a haver com o Belenenses? Tudo.
Se não acreditarmos nós em nós próprios quem acreditará? Se não formos nós a puxar pela nossa equipa, quem o fará? Ninguém. Pois, infelizmente, no nosso clube, quando sai uma pessoa, não vem ninguém substituí-la. Por isso, eu nunca ter desistido de ter lutado por este clube, pelo clube que tenho tantos anos de sócio como de vida: se eu abandonar o meu lugar, ninguém o virá ocupar.
Temos de perceber que, nos tempos que correm, juntamente com o nosso recente passado negro, que afastou muita gente, nenhum sócio se pode dar ao luxo de simplesmente não querer ir ao Restelo; com essa atitude está, não só, a desrespeitar o seu clube mas também o resto dos associados. Pensem nisso. Somos tão poucos, não nos podemos dar ao luxo de amarrar o burro e ficar em casa porque causa deste ou daquele jogador, deste ou daquele dirigente, deste ou daquele treinador. Todos nós, associados, temos uma e uma única coisa em comum: amor ao nosso clube, não a um jogador, não a um dirigente, não a um treinador, mas sim ao Clube de Futebol “Os Belenenses”.
Quanto a sábado: nunca mais é sábado.
Deixemos as críticas, os negócios e os rumores para os dirigentes, limitemo-nos a apoiar esta equipa, os 11 que irão entrar em campo. Não faço apologia a uma atitude acrítica, mas sim, a título excepcional, a uma união cega, por ser contra quem é e porque um resultado positivo,para nós,seria o nosso maior grito de revolta, por todas as injustiças, contra toda esta oligarquia instalada no futebol português.
Será histórico no sábado, será a nossa revolta, o nosso grito, oiçam bem o que eu vos digo. Vão por mim, por nós, por todos.
Vamos provar que não só não precisamos de colinho, como triunfamos contra tudo e contra todos.