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Need For Speed Heat (PC) | Análise Gaming

Disponível para: PC, PS4, XBOX One

Need For Speed Heat (PC) | Análise Gaming

Need For Speed Heat chega às consolas e PC com o objectivo de repor o estatuto de líder da franquia no segmento de jogos de corridas arcade. Será que o consegue? Conheça a nossa opinião.

Falar de jogos de racing e não se lembrar de Need for Speed é quase um crime punível pela lei. Desde agosto de 1994 que saem jogos de Need for Speed para todos os sistemas possíveis e imagináveis. Um dos pontos mais altos da franquia foi, sem dúvida alguma, em 2003 e 2004 com o Need for Speed Underground 1 e 2, muito derivado também do sucesso que fazia o Fast and Furious na altura.

Muitas alterações foram acontecendo na franquia, tendo o sucesso dos jogos da franquia caído nos últimos anos. A Ghost Games tomou o lema de “Make Need for Speed great again” e, depois de dois jogos (Need for Speed e Need for Speed Payback) que, apesar de não terem tido um sucesso monstruoso, conseguiram implementar algumas coisas boas, agora, e como se costuma dizer à terceira é de vez, trazem Need for Speed Heat.

Acabadinho de chegar a Palm City, uma espécie de Miami criada para o jogo, tu és um rookie que quer competir nas corridas ilegais da cidade. O problema é que a polícia não gosta muito da brincadeira e está cada vez mais em cima destas corridas. Neste meio, ter um nome é bem importante para o estatuto e para poderes correr contra os big ones e, para isso, vais ter de fazer várias corridas para ganhar esse tal estatuto.

Tudo é muito cliché e claramente que a Ghost Games não quis inventar. As actuações não são estonteantes e antes deles abrirem a boca, já sabes o que eles vão dizer (fazendo lembrar até os modos história de outras séries de sucesso da EA, como FIFA). No entanto, sinceramente, não é esse o foco do jogo.

Tens 3 tipos de pessoas neste jogo, os teus aliados, que vais conhecendo durante o jogo, os teus inimigos, que basicamente são os adversários das corridas, e a polícia, que tenta a todo o custo retirar-te dinheiro, o carro e a fama.

O jogo tem um sistema que nos vai fazer tentar ganhar dinheiro e fama, e aqui é um pouco diferente. Durante o dia tu corres por dinheiro e esse dinheiro vai fazer-te melhorar o teu carro e personalizar tanto o carro, como o teu avatar. Durante o dia também vais ter missões que te vão fazer prosseguir com a história do jogo. Porém, muitos desses upgrades só serão desbloqueados e, possivelmente, comprados se tiveres fama para os poder comprar… e é aí que entram as corridas de noite. É de noite que a magia acontece, com as corridas ilegais no meio do trânsito e é de noite que vais correr pela fama.

Portanto, ganhamos fama de noite, dinheiro de dia e, juntando os dois, vais aumentando o teu carro ou mesmo comprando carros melhores. Os efeitos de luz e chuva durante a noite são incríveis, estão mesmo bem feitos. Quando acabas as provas da noite, tens de voltar para a safe house de modo a amealhar o que ganhaste naquela noite.

Com a fama também vem a polícia. Quantas mais provas fizeres, mais serás procurado pela polícia e, se fores apanhado por eles, já sabes… perdes grande parte do que ganhaste.

Palm City é uma cidade incrivelmente bem feita e completa, grande e extremamente bem conseguida. Quiseram passar o ambiente latino que se vive em Miami e, para quem já lá esteve, entende bem a escolha da música do jogo, que se baseia em música latina cheias de ritmo, mas que pode não agradar a toda a gente. Uma ligação ao Spotify era, sem dúvida, um must have no jogo, mas podes sempre fazer isso manualmente.

Aqui vais ter vários cenários diferentes. A zona mais para o centro da cidade, vai fazer-te lembrar e muito o underground, e penso que era mesmo esse o objectivo.

Tudo está bem detalhado e bonito e quando vamos para um objectivo, o campo de visão é enorme, podendo ver grandes distâncias e ainda metem um marcador bem visível de modo a não te perderes no mapa.

Neste jogo não vais ter, certamente, falta de carros: são mais de 100. Além de que não somos bombardeados com microtransações, como em títulos anteriores tanto do Need for Speed como da EA em geral. Vamos poder melhorar o carro com o dinheiro do jogo e podemos, realmente, fazer upgrade em muitas coisas: visualmente, é quase no carro todo, depois na mecânica, desde motor, pneus, travões, transmissões, nitro, etc.. Sendo possível notar bem a diferença, por exemplo, quando trocas um sistema de direcção para outro.

Depois, com o dinheiro vamos ter de fazer opções: ou melhorar o carro que tens ou mudar para um carro novo. Acredita é que vais ter de fazer várias pistas para conseguir juntar dinheiro suficiente para o fazer. Isto até pode acabar por ser entediante para quem joga este jogo muitas horas seguidas, porque as pistas acabam por não variar assim tanto, mas, por outro lado, dá mais tempo de vida ao jogo.

Podes sempre repetir pistas ou jogar com os teus amigos ou simplesmente com os jogadores que estão a jogar ao mesmo tempo que tu… até porque estas aparecem marcadas no mapa e depois podes desafiar quem estiver por perto para uma corrida.

Os simuladores, neste momento, estão muito bem entregues a jogos como Forza e o GT e, como tal Need for Speed Heat apostou em algo que, para mim, foi das apostas mais importantes, que é uma jogabilidade mais Arcade. Aliás, este jogo faz-me lembrar, e muito, o Burnout Paradise, tanto na cidade como no modo online, mas principalmente no aspecto da jogabilidade.

Com um sistema de drift simplificado, este jogo inicialmente vai confundir o jogador. Assim que começas as primeiras pistas, vai ser muito complicado ganhar, porque o nosso cérebro está habituado a travar assim que vê uma curva complicada. Aqui, o segredo é acelerar a fundo e quando estamos a chegar à curva, viramos o volante, deixamos de acelerar e voltamos a acelerar a fundo. O carro vai entrar em drift e fará a curva como se fosse manteiga. Depois de dominado este aspecto do jogo, tudo fica bem mais simples e começar a ser bem divertido… não tenho na memória qualquer jogo de corridas onde tenha usado tão pouco os travões.

Obviamente que se procuras realismo, este jogo não é de todo para ti, mas, dentro desse tipo de jogo, tens boas opções no mercado hoje em dia.

Visualmente o jogo está como deveria estar e é claramente um reviver de uma franquia um pouco adormecida. Parece-me que buscaram um pouco do que funcionou em Need for Speed no passado e criaram um jogo com todos esses pontos. O jogo é divertido, é um excelente jogo de corridas. Porém, gostava de ver uma história mais empolgante ou mesmo criar um modo história mais fechado e depois haver o modo mapa aberto para explorar.

Espero que a EA vá adicionar mais pistas ao jogo de modo a aumentar a sua variedade e também gostava duma inteligência artificial mais real no jogo… se bem que gostei de ver o facto de alguns carros terem acidentes sem a tua interação nos mesmos, criando um aspecto mais real… mas quando correm contra ti, é mais do mesmo.

Need for Speed tem tudo para voltar a ser o líder que já foi em tempos, no que se trata de jogos de corridas em arcade. Cada vez se nota mais que procuram corrigir os erros do passado. Este é claramente o melhor jogo Need for Speed da era Ghost Games e fica, certamente, a mais do que a meio da tabela de todos os Need for Speed’s já lançados. Se continuarem a evoluir assim, muito provavelmente o futuro do Need for Speed será promissor. 

 

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