Maid of Sker é o novo jogo de terror da Wales Interactive e que já está disponível para PS4, XBOX One, PC e Nintendo Switch. Conheça aqui a nossa opinião do jogo.
Em Maid of Sker somos Thomas Evans, que viaja para o Hotel Sker, de modo a encontrar a sua amada Elisabeth Williams. Assim que saímos do comboio e chegamos ao hotel, conseguimos, de caras, notar que algo de estranho se passa. Todos os trabalhadores do hotel têm um saco de pano na cabeça e não te veem. Eles são alguns dos inimigos do jogo e temos de os evitar, porque, como em quase todos os jogos deste género, não os conseguimos atacar, pelo menos não directamente. Outros dos inimigos são os familiares da Elisabeth, que são os donos do hotel.
Supostamente há uma música que criou este universo, quase paralelo, e Elisabeth guia-te para conseguires reverter a situação bizarra do hotel. Para isso, precisamos recolher quatro cilindros musicais, que cremos criar a música que reverte o tal efeito que o hotel está a sofrer. Elisabeth guia-te, então, através de chamadas, que vais atendendo pelos vários telefones espalhados pelo hotel e vais ter de usar a tua cabeça para resolver enigmas, encontrar chaves e tentar passar pelos inimigos em stealth, tudo o que um bom fã deste tipo de horror tem direito. Além do stealth, tens também de conter a respiração, porque os inimigos, apesar de não te verem, eles ouvem e bem! Muitas vezes, eles correm atrás de ti e tu nem percebes que fizeste algum tipo de barulho! A inteligência artificial dos inimigos está “on point”.
Tens de olhar para o chão, para as paredes, para a tua velocidade, se queres passar por eles sem seres visto, ou melhor, ouvido! Um dos pontos fortes do jogo é mesmo isto… e, só por isso, o jogo cria bem o suspense e um ambiente ainda mais dark, porque tens de estar em constante pressão para não seres detectado. Se fores apanhado, aí, terás de correr enquanto podes, tendo a opção de usar as safe zones para escapares. Estas safe zones, ao género do Resident Evil, são onde estão os Fonógrafos, que servem para gravar o jogo, ou dar-te mensagens que te vão enquadrar melhor com a história.
Podes também e apenas suster a respiração para evitar o barulho da respiração… e, aqui, tens de ser mestre do timing. Nas zonas onde haja poeira no ar ou perto das lareiras, é bom que também sustenhas a respiração, pois, de outra forma, o teu personagem começa a tossir e, depois, já sabes como é!
Para te ajudar a passar, sem levar uns socos na tua cara dos inimigos (que mesmo que te apanhem, ainda aguentas uns quantos), o jogo tem um dispositivo que pode repelir os atacantes com um som agudo. Estes estão espalhados pelo mapa: são pequenas cápsulas que, embora não sejam abundantes (como já seria de esperar), vais encontrá-las por todo o hotel.
Em Maid of Sker terás um mapa (que será um bom amigo) para não te perderes e para, também, saberes os pontos de interesse. Mostra-te, então, que estás num hotel do século XIX, um hotel que é grande, com vários andares, e tem vários segredos. Cada andar tem vários enigmas e vários inimigos, claro! O forte deste jogo não é o medo, nem os jump scares, apesar de ter ambos, mas sim a tensão que sentes para não fazer barulho. Na minha opinião, acho que o jogo encontra um equilíbrio fixe entre ambos os mundos.
Maid of Sker tem alguns quebra-cabeças interessantes, mas nada desafiadores. Temos de, simplesmente, ouvir algumas indicações ou alguns sons para entender a lógica do quebra-cabeça. Há apenas uma situação em que estes quebra-cabeças são inseridos no jogo em forma de pressão. De resto, em todos os outros, tens todo o tempo do mundo para os resolver. Confesso que gostava de ver mais quebra-cabeças a resolver com a pressão de um inimigo na tua perna.
Outro ponto fortíssimo do jogo é a banda sonora: está repleta de música clássica, criando o ambiente perfeito, muito graças, também, ao bonito gráfico e ambientação que o jogo apresenta. O som, quando entra com o ambiente deste hotel amaldiçoado, sentes, inequivocamente, a ideia que o jogo quer passar.
Maid of Sker é o típico jogo de terror em primeira pessoa, como Outlast, mas com um ambiente bastante diferente. Dentro deste género de jogo, é certamente um a ter em consideração. É um jogo um pouco curto, visto que o acabámos sensivelmente em 4 horas, num primeiro gameplay, mas ficamos ainda com bastantes troféus por conseguir. Não é, de todo, o jogo mais assustador de sempre, mas é um jogo que consegue, sem sombra de dúvida, passar o ambiente pretendido e que vai fazer a pressão do jogo tomar contar de ti.