João Alves, técnico que treinou o Servette durante quatro temporadas e que conhece como poucos o futebol suíço, no caso concreto, o Basileia, adversário do Belenenses na 3.ª jornada da fase de grupos da Liga Europa.
Em declarações ao jornal Record, o técnico de 62 anos, antevê dificuldades para os azuis, mas não dá o encontro como perdido.
Projetando a partida, o treinador assume realismo na análise e dá a sua receita. “O Belenenses vai passar por muitas dificuldades, porque o Basileia é uma equipa consistente e o expoente máximo do futebol suíço. Não estará tão forte como em 2011/12, época em que o Benfica sentiu grandes problemas na fase de grupos da Champions, mas está ao nível das melhores equipas da Liga NOS. O Belenenses não teve sorte num grupo em que esta equipa e a Fiorentina são favoritas e, por isso, é preciso que tenha muita ratice em termos táticos. Nesse aspeto, os portugueses conseguem muitas vezes contornar obstáculos difíceis e o Sá Pinto, ex-internacional, tem experiência e tentará encontrar a melhor forma de obter um bom resultado”, explica.
Finalmente, quanto ao ambiente, João Alves refere que os azuis vão jogar “num grande palco, com público correto, mas quente e em cima do relvado”. “O Basileia tem o hábito de ganhar, mas desejo a maior sorte ao Belenenses, até porque não há qualquer jogo perdido antecipadamente”, frisa.
“Opositor forte mas não imbatível”
A propósito da superioridade da equipa do Basileia em relação ao Belenenses, João Alves recorda a temporada 2011/12, em que conseguiu apurar o seu Servette para a Liga Europa. “Lembro-me bem que precisávamos de vencer o Basileia na última jornada do campeonato suíço, numa partida que era uma autêntica final. Conseguimos o triunfo, por 2-1. Isto serve para dizer que, apesar do valor do Basileia, este opositor é forte mas não imbatível”, afirma o treinador.