Em entrevista ao The Guardian, James Cameron considera que o filme Wonder Woman é um “retrocesso” em personagens femininos acabando por ser mais uma vítima de uma “Hollywood masculina”.
Estreia hoje no Japão e é até ao momento o 5.º filme mais rentável do ano. Wonder Woman conseguiu conquistar três raros ingredientes: público, crítica e resultados de bilheteira. Mas isso parece não ter impressionado James Cameron.
“Toda aquela autocomplacência e palmadinhas nas costas que Hollywood fez sobre Wonder Woman tem sido tão errada”, avança. “Ela é a objectivização de um ícone e é Hollywood masculina a fazer a mesma coisa de sempre!”, revela.
A propósito lançamento em 3D de “Exterminador Implacável 2” nos Estados Unidos (EUA), Cameron compara a sua personagem Sarah Connor à guerreira da DC. “ Ela não era um ícone de beleza. Era forte, conturbada e era também uma mãe terrível que ganhou o respeito do público pela sua pura coragem”, explica. O realizador de Titanic adianta que isto não quer dizer que não tenha apreciado o filme, mas ele é, em ultima análise, um retrocesso.
Para além de quebrar recordes de longevidade na bilheteira dos EUA e de ser o live-action mais lucrativo realizado por uma mulher (Patty Jenkins), Wonder Woman colocou no centro da discussão o sucesso e a necessidade de produções com protagonistas femininas, particularmente em filmes de ação.
James Cameron tem actualmente 4 sequelas do filme Avatar, sendo que a primeira estreia em 2020. Antes disso, chega aos EUA com lançamento a 19 de janeiro de 2019. Patty Jenkins volta a realizar.