FIFA 22 poderá ficar marcado como o último jogo da série a usar o nome da organização maior do desporto-rei, mas será que é uma despedida em grande? Saiba mais na nossa análise.
Pouco depois do lançamento de FIFA 22, a EA Sports comunicou que o jogo já era um sucesso perante os seus olhos, mas que se encontra a repensar seriamente em relação à manutenção do nome FIFA na sua série de futebol. Sobre isso ainda muito se irá escrever e sobre a qual apenas nos resta especular os porquês dessa possibilidade.
Do que podemos efectivamente falar é de FIFA 22.
E FIFA 22 surpreendeu-nos! Sim, ainda é possível isso acontecer com esta serie que já leva praticamente 30 anos de existência. Devo confessar que não contava que FIFA 22 conseguisse levar-me a gastar várias dezenas de horas nos seus diversos modos, indo do famoso FUT Ultimate Team até ao Modo Carreira e Volta Football, e isso já aconteceu nestes dias que se passaram desde o seu lançamento.
Se FIFA 21 acabou por me cansar devido ao seu estilo frenético e com a meta do jogo a envolver exageradamente os dribles e a velocidade estonteante dos jogdores mais rápidos, FIFA 22 aparenta (nestes primeiros dias antes de actualizações) ser um jogo que contraria essa premissa, sendo um jogo que acaba por basear a sua vertente mais importante (a jogabilidade dentro de campo) na grande novidade do jogo deste ano: o Hypermotion.
O Hypermotion é a feature nova de FIFA que prometia trazer mais realismo à acção dentro das 4 linhas. E isso sente-se. FIFA 22 é o jogo mais próximo da realidade da série, mas não acredito que isso se deva inteiramente à nova bandeira do FIFA. Hypermotion deveria ajudar na transição dos movimentos e animações da vida real para o digital, e apesar das animações representarem movimentos menos robóticos em FIFA 22, ainda há muito para caminhar nesse aspecto.
Onde o jogo de facto se aproxima da realidade é na temporização dos processos ofensivos e defensivos e nas movimentações da IA. Os jogadores podem continuar a parecer “bonecos” mas o jogo em si parece replicar melhor o que vemos pelos relvados um pouco por todo o mundo. Um jogo mais pausado, em que é necessário pensar bem na forma como esbater a defesa contrária e onde temos de estar atentos às movimentações dos ataques adversários.
FIFA 22 é um jogo que nos permite e obriga a explorar melhor as diferentes tácticas e dinâmicas do futebol para conseguirmos levar a melhor sobre os nossos adversários, sejam eles humanos ou IA. E a EA Sports sabe disso. Por isso mesmo, no próprio tutorial, a EA mostra que facilitou a forma de posicionar a defesa de escolhermos o jogador que quiseremos utilizar, e se inicialmente poderá causar estranheza, a verdade é que é uma funcionalidade bem útil para conseguirmos chegar a vitória.
Falando do tutorial, que belo início temos em FIFA 22. O jogo mistura cutscenes com tutoriais enquanto experienciamos a possibilidade de encontrarmos craques do futebol como Mbappé ou David Beckham ou de outras modalidades como Lewis Hamilton na vêspera dum jogo do PSG na Liga dos Campeões. É uma carta de amor digital ao futebol e que bonita é.
Tudo o que seja dito e escrito sobre Ultimate Team e as suas mecânicas por trás do modo, a verdade é que o modo continua e irá continuar a ser o mais jogado em FIFA 22. A forma como a jogabilidade foi alterada neste ano permite a que alguém como eu, que não adora jogar apenas explorando a velocidade de jogadores com 90 e muitos de Pace, consiga jogar e gostar do Ultimate Team. Tirando a parte da jogabilidade, o modo foi alterado nalguns detalhes que fazem diferença. Agora já é possível espreitar para dentro dos packs e perceber o que nos poderá calhar caso queiramos gastar as nossas moedas (in game ou reais) nesses pacotes. E a progressão no Division Rivals também foi alterada de forma a oferecer uma progressão mais desafiante e equilibrada, algo que só com o tempo poderemos confirmar se acontecerá.
O Volta Football este ano apresenta-se como se dum ano de interregno se tratasse. Em FIFA 22 não temos a atenção dos anos anteriores dedicada ao VOLTA, nem sequer temos o Modo História associado. Continuamos sem poder jogar 1 vs 1 contra um amigo, seja online ou offline, por algum motivo, mas temos o VOLTA Arcade. VOLTA Arcade é um novo modo que permite jogar alguns mini-jogos de perícia dentro do VOLTA e que são efectivamente divertidos. Pena que este modo só funcione aos fins-de-semana…
Uma das grandes novidades da edição deste ano é a presença de dois estádios portugueses (Estádio da Luz e Estádio do Dragão) e ainda a introdução oficial da Selecção Portuguesa Masculina e também da Selecção Feminina. FIFA 22 oferece assim uma atenção especial para os jogadores portugueses.
Num ano em que a Konami arriscou com a sua proposta eFootball, a EA Sports decidiu entregar uma edição diferente, e melhor na nossa opinião, equilibrando o que estava menos bom (jogabilidade robótica) e realçando o que já era bom (autenticidade das competições e grafismos). Esperamos que a EA continue neste caminho positivo.
EA Sports poderia ter alterado pouco na edição deste ano (como já aconteceu em anos anteriores) mas a verdade é que FIFA 22 é um dos melhores jogos da série. Com uma jogabilidade mais lenta, e que obriga a uma maior troca de bola e a estilos de jogo mais naturais, FIFA 22 promete agradar a gregos e troianos e manter-se como o rei deste desporto virtual.
FIFA 22 (PlayStation 5) | Análise Gaming

FIFA 22 poderá ficar marcado como o último jogo da série a usar o nome da organização maior do desporto-rei, mas será que é uma despedida em grande? Saiba mais na nossa análise.
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