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EA SPORTS UFC 4 (XBOX One) | Análise Gaming

EA SPORTS UFC 4 (XBOX One) | Análise Gaming

EA Sports UFC 4 já chegou aos octógonos virtuais. Fique a conhecer a nossa análise a este jogo que nos permite recriar as lutas de MMA nas consolas.

Trazer a licença da UFC para os palcos virtuais das consolas nunca se revela uma tarefa fácil, devido ao facto do MMA ser um deporto de contacto com muitas nuances, indo da luta no chão à luta em pé, e em que cada lutador pode apresentar diversos estilos de combate. Esta diversidade de jogabilidade complica a criação de um jogo consistente no ringue em todos os momentos das lutas. Mas a EA assume mais uma vez essa tarefa e consegue passá-la com distinção.

EA SPORTS UFC 4 (XBOX One) | Análise Gaming

No jogo temos vários modos, desde Luta Rápida, Modo Carreira, Modo Online e Offline, Criar Lutador, etc. Tudo o que um fã de MMA tem direito, mas, como é óbvio, é o modo história quem abre as hostilidades. A ideia é criar a tua própria estrela do desporto, começar num combate amador, depois de criar a tua personagem. Podes meter a personagem à tua imagem ou criar uma completamente diferente. No fim do primeiro combate, vais conhecer o teu mentor do grande cenário do MMA, o treinador David, que te vai ensinar os vários controlos do jogo numa espécie de tutorial.

Quanto à evolução do nosso lutador, devemos escolher o estilo que melhor se adapta a nós: podes ser Boxeur, Kickboxer, Jiu Jiteiro, etc. Cada um com as suas vantagens e desvantagens.

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Obviamente que, tal como na vida real, só vais evoluir a lutar e, com o tempo, vais melhorando a tua forma física e também os teus movimentos. Durante os treinos e sparrings (sparring são os treinos de luta real, que, normalmente, simulam as lutas reais, mas com mais protecção para não se magoarem tanto) vamos ganhando pontos para melhorar as nossas habilidades.

O clinch acontece quando os lutadores se agarram, que no boxe, por exemplo, são logo separados. Aqui também temos novidades como a rapidez de ataque, que está bem mais fluido.

Às quedas com a tecnologia RPM (Real Player Motion) foram adicionadas novas animações, que serão executadas de acordo com o contexto da luta e as habilidades do lutador, assim como também ao famoso o ground e poundo. Agora o atacante tem maior controle da situação, mas o defensor também poderá optar por várias maneiras de defender! Está mais real e isso é visível.

O UFC 4 tem a particularidade de criar narrativas para as lutas. Isso foi inserido no jogo num novo sistema de relacionamento, onde podemos criar rivalidades, adaptar uma forma mais passiva de respeitar os adversários e, vejam bem, foi adicionado o sistema que mais lutas promove no UFC: as redes sociais, tanto para criar inimigos, como para criar parceiros de treino e ir evoluindo e aprendendo novos movimentos.

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A IA dos adversários está bem melhor: se passares um combate a chutar a cabeça de um adversário, ele, com o tempo, adapta-se aos teus ataques e começa a ficar mais difícil de lhe acertar. Ou então, na luta agarrada os adversários tentam coisas diferentes: tentam fugir dos clinches ou reverter a situação neste sector. Penso que o jogo teve uma boa melhoria em relação ao UFC 3.

Mas nem tudo são um mar de rosas, o UFC 4 merecia mais detalhe na parte gráfica. Se, por um lado, os movimentos dos lutadores estão muito mais reais, com os festejos a coincidir com os lutadores, assim como a sua stand ou os movimentos chaves de cada um dos lutadores, por outro lado, o gráfico devia, e merecia, estar bem mais apurado e com bem mais detalhe. Temos, por exemplo, as tatuagens muito bem feitas nos lutadores, mas depois as expressões ou o próprio realismo gráfico falha. Este jogo merecia melhor: não está horrível, mas não se nota a evolução gráfica do jogo anterior para este.

Os ataques ditos normais são simples: temos muros baixos, médios e altos, assim como nos pontapés, temos de usar os triggers para definir onde irá ser o ponto de contacto; podemos dar um murro ao corpo, combinado com um overhand ou mesmo um pontapé à cabeça. Se o impacto for duro, poderá deixar o adversário magoado, que é marcado com um cenário mais vermelho que indica realmente isso.

Temos quase todas as grandes estrelas do UFC, incluindo alguns lutadores que não estão no UFC, como o Demetrious Johnson, por exemplo, e claramente, que aquelas entradas do UFC estão presentes com a respectiva apresentação de Bruce Buffer. Mas senti falta de realismo nos corners. Para quem acompanha o desporto, sabe bem quem costuma estar no corner de certos lutadores. Aqui meteram pessoas aleatórias, mas deviam ter metido também os treinadores, pelo menos… mas, de resto, o ambiente está perfeito.

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Desta vez, temos um novo sistema para classificar as habilidades de cada lutador e, basicamente, agora, em vez de serem classificadas em números, elas serão feitas com base em estrelas.

Neste UFC 4, os atributos dos lutadores vão aumentar ou diminuir com as atualizações no jogo, dependendo dos seus resultados no mundo real, logo após os principais eventos do UFC e isto será feito por algumas pessoas de peso do UFC, incluindo o Daniel DC Cormier, que acabou de se reformar de lutador e que foi um dos poucos duplos campeões que o UFC já viu.

O UFC 4 traz de volta uma dos melhores simuladores de luta da actualidade, isto numa altura em que o UFC está em crescimento e, cada vez mais, a ser reconhecido como entretenimento. O aspecto gráfico do jogo merecia uma maior atenção, mas o realismo do jogo faz com que este simulador seja um bom update em relação ao anterior.

 

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