Luis Santos 
Quando chegou a Portugal, há dois anos, ainda trazia consigo a alcunha de infância: era Deyvinho, muito por causa do aspeto franzino que ostenta ainda hoje – e, convenhamos, pela ainda tenra idade de uns módicos 21 anos. Agora, o Deyvinho fica no balneário (sim, ainda há, para os lados do Restelo, quem o trate assim. Talvez por hábito, ou apenas numa demonstração de carinho), porque o adulto Deyverson já não merece o diminutivo. Quanto muito um superlativo, já que o brasileiro, com 7 golos em 10 jogos no campeonato, é autor de praticamente metade dos que o Belenenses apontou (são 15 ao todo).
A importância dos golos de Deyverson é inquestionável, disso já nos fartámos de escrever, mas, de facto, o vértice mais avançado do triângulo ofensivo do Belém (de que também fazem parte, na maioria das vezes, Miguel Rosa e Fredy) funciona quase como um talismã.
Em todas as seis ocasiões que Deyverson marcou (isto porque bisou frente ao Boavista, sendo esse o único jogo em que faturou mais do que uma vez), o Belenenses saiu a pontuar (ver quadro). Foram quatro triunfos (Boavista, Estoril, Nacional e Penafiel) e dois empates (V. Setúbal e Sporting).
No fundo, Deyverson é parte integrante em mais de metade dos 20 pontos dos azuis na corrente campanha na Liga, tendo ajudado a arrecadar 14 pontos.
Crescer
Recentemente, numa entrevista televisiva. Deyverson referiu que é graças aos colegas que consegue tantos golos. A conversa do costume, claro, mas a verdade é que, por alguma razão, está a 1 golo apenas da melhor época de sempre em Portugal. Em 2012/13, no Benfica B, rematou certeiro 8 vezes. Pelo andar desta carruagem, parece que o recorde tem os dias contados.
O nome Deyvinho fez sentido até um certo momento. Agora, convenhamos, faz cada vez menos…
Fonte: Record
