O Boneco de Neve é um livro intenso, empolgante, que se lê com expetativa. A crueza característica de Jo Nesbø mantém-se nesta obra.
De trama complexa, muito interessante, com personagens muito bem criadas, com as quais nos conseguimos familiarizar — sendo que essa é, na minha opinião, uma das maiores qualidades que a ficção pode ter: cruzar-se com a realidade, espelhá-la, ou pelo menos tornar a fantasia verosímil — este livro é, sem dúvida, uma aposta segura.
O livro prende a atenção, mantém-nos em suspense e desperta o interesse. Aborda a doença, a hereditariedade, a dependência alcoólica, as relações familiares e outras e conduz-nos ao longo de 472 páginas de pura ação.
O protagonista, Harry Hole é um anti-herói, com o qual é impossível não simpatizar. Tem vícios, mas tem virtudes. É perspicaz e acutilante, mesmo quando parece estar a desvalorizar o que lhe é pedido. Não é convencional, e isso torna-o apenas mais interessante.
Falha, mas tenta cumprir. E no final, entrega. Mesmo que às vezes não chegue.
Um dia, na sessão de apresentação do meu segundo livro, o orador disse:
“Um pudim aprecia-se comendo. Um livro, aprecia-se lendo. Por isso, o meu conselho é que leiam este livro.”
É um sábio conselho. E recomendo, sem dúvida o Boneco de Neve de Jo Nesbø, como aliás toda a sua obra, da qual só me falta ler o Polícia e o Baratas.
A ordem da saga Harry Hole é: O Morcego, Baratas, O Pássaro de Peito Vermelho, Vingança a Sangue Frio, A Estrela do Diabo,O Redentor, O Boneco de Neve; o Leopardo, O Fantasma, Polícia.
A adaptação ao cinema é fiel ao princípio do livro, ainda que com algum desvio da história original, mas para saber mais, leiam a crítica que vamos lançar!
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