Guilherme Teixeira 
Muitos se perguntam actualmente, após a decisão conhecida ontem sobre o Caso Mateus, o que acontece ao campeonato 2016-2017. Porque tendo o Gil Vicente razão no caso, então terá de subir à Liga NOS. O problema é que subindo o Gil, o campeonato passaria a ter um número ímpar de equipas : 19, e isso certamente não é uma pretensão da LPFP.
Portanto as entidades competentes têm de arranjar soluções para um problema complicado de se resolver, pois a melhor ideia possível, seria alargar o campeonato principal para 20 equipas, mas essa ideia entra em contradição com aquilo que a LPFP pretende, que é reduzir o número de equipas de 18 para 16 clubes.
Caso o alargamento aconteça já na próxima época (2016-2017), existe outro problema. Qual a equipa que deve acompanhar o Gil Vicente? A equipa 17ª classificada da Liga NOS na época que agora findou (neste caso, o União da Madeira), ou a 3ª equipa em posição de subir à Liga NOS (Portimonense)?
Se não houver um alargamento, outra hipótese que poderia estar em cima da mesa, seria uma descida da outra equipa directamente envolvida no caso, o Belenenses, visto que a decisão que permitiu aos azuis manter-se na altura na Primeira Liga foi agora considerada nula. Mas essa situação será praticamente impossível, uma vez que o campeonato de 2005-2006 já se encontra homologado, e tendo sido reconhecido oficialmente pelas entidades próprias, muito dificilmente o Belenenses sofrerá com esta decisão.
Mas isto poderá nem ser para já, uma vez que a FPF e a LPFP podem recorrer da decisão de ontem do Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, e caso esta decisão não seja confirmada na totalidade, ainda há margem de recurso para o Supremo Tribunal Administrativo.
Portanto, este caso ainda se pode arrastar por mais algum tempo, dependerá das partes envolvidas no processo. Nos próximos dias, deveremos ter mais conhecimento do que se poderá passar.
O que parece certo é que o Gil poderá ter direito a uma indemnização “choruda”, uma vez que reclamam desde muito cedo, um valor de 20 milhões de euros, e sabendo que agora têm razão no processo, certamente que continuarão com esse pedido à FPF.
