Finalmente, o grupo de todos nós, o grupo de Portugal. À primeira vista Áustria, Hungria e Islândia podem ser nomes que não tiram o sono aos portugueses porém, após uma breve análise a cada uma destas equipas, podemos concluir que não será um caminho fácil para Portugal.
Áustria
OS austríacos começaram por empatar o primeiro jogo da fase de qualificação mas acabaram por ganhar os nove jogos seguintes, acabando com uma grande vantagem sobre a Rússia e a Suécia. Uma selecção maturada desde 2011, ano em que Marcel Koller se estreou como seleccionador, conta com um meio-campo bastante fiável e capaz de segurar toda a equipa. David Alaba é o principal rosto porém não podemos deixar de destacar dois homens que foram destaque em Inglaterra: Arnautovic e Fuchs. Um dos problemas mais urgentes será a “rebeldia” de jogadores como Alaba ou Baumgartlinger que tendem em descurar as suas missões defensivas, deixando o sector exposto quando exploram terrenos mais avançados. Será o principal adversário de Portugal, à priori.
David Alaba
Hungria
Talvez a equipa mais humilde do grupo. A Hungria teve necessidade de recorrer ao pal-off para garantir a presença na fase final do Euro 2016, talvez sendo uma das selecções que beneficiou do alargamento do número de equipas participantes. Dzsudzsák continua a ser a principal referência da selecção húngara que faz da sua principal arama as bolas paradas, tendo grande parte dos seus golos a partir de livres ou cantos. A previsibilidade da equipa e dos seus processos e a falta de velocidade dos homens da frente podem impedir a Hungria de surpreender até os mais cépticos.
Balazs Dzsudzsak
Islândia
Em ano de várias estreias, a selecção islandesa surge como uma das maiores surpresas. Com um início de qualificação demolidor com vitórias sobre turcos e holandeses, por exemplo, a Islândia fez por merecer o carimbo para França. O antigo seleccionador sueco, Lars Lagerback, é um dos principais culpados pelo sucesso desta equipa. Um meio-campo com talento e, sobretudo, muito trabalho, composto por nomes como Aron Gunnarsson e Gylfi Sigurdsson, promete importunar os principais candidatos ao apuramento para a ase seguinte. Infelizmente, a selecção islandesa não poderá contar com o seu principal goleador, Kolbeinn Sigthorsson, que não marcará presença no Europeu por lesão.
Gylfi Sigurdsson
Portugal
Por fim, a selecção Portuguesa. Como em todas competições, Portugal insere-se numa segunda linha de favoritos. Depois de anos de um 4x3x3 desgastado, a selecção das quinas surge de cara lavada no seu 4x4x2 com muita mobilidade no sector mais avançado do terreno. Cristiano Ronaldo, a grande esperança do nosso país, é a referência de uma selecção que, aos poucos, vai promovendo algumas “reformas”. A convocatória de nomes como Renato Sanches ou João Mário é sinal de que os tempos estão a mudar e que o futuro poderá ser bem risonho. A grande fraqueza de Portugal será, como em algumas das selecções presentes em França, o sector mais recuado. Alguns críticos apontam o dedo à experiência “em demasia” dos centrais portugueses e o temperamento de jogadores como Pepe ou Bruno Alves será sempre algo que poderá comprometer os objectivos da equipa. A fraca produtividade do ataque também é outro dos principais problemas de uma selecção que está demasiado dependente de Cristiano Ronaldo. Ricardo Quaresma poderá ser, como tem sido habitualmente, a arma secreta. O jogador do Besiktas, actual campeão turco, tem brindado os portugueses com grandes exibições de cada vez que é chamado.
João Mário