António Barradas 
O Belenenses atravessa o pior período da temporada. A aliar às 4 derrotas seguidas, está uma equipa descaracterizada, sem chama e com pouca capacidade de fazer face às adversidades existentes. Os azuis do Restelo precisam de um novo rumo e querem que esse passo seja dado contra um Estoril longe dos melhores tempos, no seu estádio, numa sexta-feira às 16h.
O Estoril tem jogado muito para o ‘pontinho’. Assim o dita a pouca sagacidade de Pedro Emanuel e as características do ‘seu’ futebol. A permanência é o único objectivo dos canarinhos que contam com Kléber, Bruno Gomes e Mattheus como as principais armas. Depois de um brilhante empate na Luz para a Taça de Portugal (3-3), os homens da linha foram perder com o Nacional em casa (0-1), o que demonstra bem a inconstância exibicional desta equipa que já teve três treinadores esta temporada. Na 1ª volta os azuis falharam muitos golos e foram punidos com um empate (1-1), desta vez querem que tudo seja diferente num duelo em que o Estoril tem mais necessidade de somar pontos.
Do lado do Belenenses o plantel está todo disponível à excepção de Rosell (lesionado há muito tempo) e Gonçalo Silva. Quim Machado apostou em Fábio Nunes na ala e Camará no meio no jogo frente ao FC Porto, porém, é quase certo que não voltará a repetir essa experiência falhada, apostando em Miguel Rosa e Maurides de novo no ataque. A dúvida estará entre manter Camará ou Diogo Viana, uma vez que o primeiro é um dos ‘preferidos’ do treinador natural de Santo Tirso. Reverter a tendência continua a ser palavra de ordem para uma equipa que já não tem objectivos. É preciso lavar a cara e mostrar mais personalidade e qualidade em todos os momentos do jogo, sobretudo na hora de finalizar e de ter coesão defensiva.
Nesta tarde de sexta-feira santa, espera-se um jogo abençoado pelo bom futebol. Duas equipas descaracterizadas, dois treinadores com filosofias similares e dois clubes perdidos. Belenenses e Estoril defrontam-se com vontade de mostrar que ainda estão vivos no campeonato e que a sua qualidade está patente. Uma derrota dos azuis poderá ditar um período ainda mais negro neste vortex negativo em que se encontram. É preciso bater o pé e dizer “basta!” de maus resultados.
