António Barradas 
O Belenenses desloca-se a Arouca na 23.ª jornada da Liga NOS para reverter a sequência de 3 jogos sem ganhar. Ou, dependendo da perspectiva, o 4.º sem perder. O Estádio Municipal de Arouca é tradicionalmente difícil para quem lá passa e os homens agora comandados por Manuel Machado não atravessam o melhor período da época. Os azuis querem deixar de ser o rei dos empates e afastar-se de vez da 2.ª metade da tabela, para isso têm de fazer algo que até têm estado talhados esta temporada: ganhar fora de portas.
Em casa o Arouca não é particularmente forte. Tem tantas derrotas como vitórias e nunca conseguiu assentar na estabilidade dos 3 pontos. Quando Lito parecia estar a consegui-lo, o Maccabi de Telaviv veio roubar o técnico. Com Manuel Machado o sistema será diferente, assim como o período de adaptação, que será maior. A meio da época, é sempre um risco. Com Kuca, ex-Belenenses, a estar num dos melhores momentos da temporada e com um ataque poderoso com Keirrison e Walter González, o poder de fogo é, sem dúvida, algo a ter em conta do lado dos da casa.
No Belenenses a estabilidade tem-se conseguido através de empates, que é algo que tanto os adeptos, como o treinador, pretendem mudar. Quim Machado afirmou em conferência de imprensa de antevisão que não basta dizer que quer ganhar, é preciso demonstrar isso em campo. Com o plantel quase todo disponível – a dúvida é Diogo Viana – o clube do Restelo procura continuar a perpetuar a consistência defensiva e, por outro lado, mudar o chip dos golos, deixando de ser o pior ataque da liga. Para isso conta com Miguel Rosa que parece ter voltado à boa forma que sempre o caracterizou.
Não sendo um jogo ou morte, é um jogo que pode definir a trajectória que o Belenenses terá na Liga NOS daqui para a frente. Pode ser o passo decisivo para o afastamento da 2.ª metade de tabela, mas para isso urge voltar a ganhar e mudar o ‘chip’ dos empates.
