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Análise Gaming – ‘Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age’

Análise Gaming – ‘Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age’

Os jogos evoluem em muitos sentidos, mas há sempre quem goste mais do que se fazia antigamente. Se é esse o teu gosto então Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age vai-te deixar maluco.

Dragon Quest está de volta e nada mais seria de esperar do que um JRPG do mais clássico que podes encontrar no mercado. Nesta história, somos um rapaz que tem algo especial, não se sabendo ao início do que se trata, mas a sua mãe tenta fugir de uns demónios sem cabeça que tentavam raptar a criança. A mãe acaba por ter de deixar a criança ir por um rio, dentro do seu berço, e este é encontrado por uma família que o adopta.

Quando chega aos 16 anos, na aldeia há o hábito de se fazer uma cerimónia para festejar a chegada da maturidade. Quando são atacados por um pássaro, é então que o rapaz descobre que é a reencarnação de um herói e carrega consigo uma missão de extrema importância. O rapaz vai em busca do seu passado pelo mundo de Lotozetasia… talvez esta busca não fosse o que procurava, mas acabou por embarcar numa aventura que nem esperava!

A história não podia ser mais cliché, mas a ideia é manter exatamente a fórmula dos antigos JRPG e, pensando assim, como já se dizia no “Jogo do Ganso” que passou em Portugal em 94: – “Prova Superada!”

Aqui encontramos personagens muito bem trabalhados e com uma personalidade forte e vincada. Cada um deles tem algo diferente e são 6 no total os antagonistas da história. Todos têm um propósito e todos vêm acrescentar algo… e tu começas a ganhar empatia por cada um deles, assim que eles aparecem na história.

O  Yuji Horii, o escritor de Dragon Quest , não deixou uma história interessante só para os personagens principais, estendeu isto a todos os NPC do jogo. Ou seja, qualquer destes personagens que encontres, vão sempre contar uma história sólida! A escrita deste jogo é, sem dúvida, uma das melhores da série até hoje e uma das melhores de qualquer jogo JRPG feito até hoje. Isto faz com que tu queiras conhecer mais do jogo, “obrigando-te” assim a fazer as side quests e fazendo-te sentir que estás realmente a adicionar algo à tua experiência de jogo e não apenas na “obrigação” de completar o jogo.

Um conselho que dou é não fugir aos inimigos que vais encontrando, porque se fores “desperdiçando” as lutas que te vão aparecendo, vais dar contigo a encontrar um inimigo extremamente mais forte que tu e vais ter de fazer grinding para o conseguir ganhar. Porém, se não fugires a muitos inimigos que vais apanhando, este grinding acaba por ser mais suave. No entanto, acho que é dos poucos pormenores que podiam ter melhorado, para tornar a exploração mais suave, já que de resto é mesmo o puro e duro RPG.

A história não termina onde parece terminar e mesmo depois de acabares o jogo vais ter muito para explorar… até porque o jogo tem mais do que um fim o que faz com que queiras voltar a jogá-lo.

Graficamente Dragon Quest está muito bem feito e os cenários são variados: várias cidades e aldeias, montanhas com passagens secretas, os mapas são grandes variados e cheios de pormenor. Não diria que chega ao nível do Ni No Kuni 2 (também lançado este ano), mas, dentro deste género, arrisco a dizer que é o mais próximo que temos! A grande diferença é que aqui existem algumas imagens com mais profundidade que em Ni No Kuni 2, ou seja, tentaram fazer algo mais 3D em alguns full motion videos. Na versão de Ps4, que foi a que nós jogámos, não senti nenhuma perda de frames em nenhuma situação do jogo.

Nas cidades tens vários pormenores que saltam à vista e é sempre um bom momento ficar apenas a ver tudo o que se passa nas cidades… é aqui que notas realmente que nada foi deixado de parte. É também nas cidades onde a história mais avança, porque cada localidade vai te acrescentando pormenores à história que se revelam fulcrais no seu desenvolvimento.

Os menus do jogo também são do mais old school que vais encontrar, sem nada acrescentar! Texto puro e duro e, muitas vezes, nos menus iniciais principalmente, nem uma imagem ou vídeo de fundo há a acompanhar o menu.

A nível de som, vais encontrar de tudo. Ou tens um bom e moderno som ambiente, com dinamismo de combate para a parte das lutas, como tens um som mais calmo quando visitas uma aldeia ou cidade. Ah, mas também vais encontrar sons que parecem que saíram da velha NES, que parecem completamente 8Bits.

Quando entramos na primeira luta, é onde vais ver que o Dragon Quest é mesmo um jogo à antiga. Os combates por turnos fizeram-me lembrar os tempos áureos do Final Fantasy 7, e é algo que cada vez se vê menos. Basta pegar no exemplo do Ni No Kuni 2, que abandonou por completo este modo de combate e apostou mais num combate rápido sem a táctica que era preciso antigamente.

Nos combates tens várias coisas que podes fazer e até podes escolher o tipo de luta que queres fazer e deixar o computador lutar por ti! Também podes abandonar a luta a meio… eles não tentaram inventar nada, é o clássico combate por turnos, e posso vos garantir que a diversão está em alta nos combates! Enquanto alguns jogadores podem achar os combates muito parados, eles também têm partes de perseguição, que vais sentir um pouco a adrenalina. Dragon Quest tem mesmo um pouco de tudo!

Adicionaram também power ups para poderes ter melhores resultados: por exemplo, os PEP Powers. Estes são feitiços especiais que fazem com a tua Team ganhe alguma vantagem durante um determinado número de turnos, e a ideia é, durante esses turnos, ganhares vantagem desse poder e aproveitá-lo da melhor maneira.

O jogo é também rico em inimigos… vão encontrar de tudo! Neste departamento não ficou nada aquém das expectativas.

É também engraçada a maneira como podes adquirir armas: ou pagas numa loja por equipamento (vais encontrar várias durante a tua viagem), ou, e para mim é a melhor maneira, vais construindo o teu próprio armamento. Tanto as armas como também a armadura, metes numa máquina os “ingredientes” que são precisos e ela forja a arma, mesmo que tenhas de a martelar. Penso que está bem original e engraçada a maneira que eles arranjaram.

Este é, sem dúvida, um dos melhores JRPG das últimas gerações de consolas. Tem uma excelente história (mesmo muito boa), que te vai prender; um gráficos muito bonitos com uma profundidade muito bem conseguida; uma jogabilidade perfeita e, se gostas de JRPG’s old school, então este é, com toda a certeza, o jogo para ti.

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