Iniciamos o mês de Junho com boas temperaturas e com as primeiras idas à praia. Mas para além da praia, é sempre bom plano uma ida ao teatro. Confiram de seguida, algumas sugestões para esta semana.
De dia 4 até dia 9, O Convidador de Pirilampos estreia no São Luiz Teatro Municipal. Perto da Floresta Grande vive um menino e o seu avô. O menino gosta de “cientistar” coisas: já inventou um aumentador de caminhos e um convidador de pirilampos. Fala em código Morse com eles. António Jorge Gonçalves adapta ao palco o livro de Ondjaki O Convidador de Pirilampos, ilustrado por si. Neste espetáculo narrado por Cláudia Semedo, acompanhada pelo clarinetista José Conde, é abordado o medo do escuro, a liberdade e a importância das estórias.
Ainda no São Luiz, Histórias de Lx estreia no dia 5. O Teatro Meridional cria um espetáculo sobre Lisboa, num trabalho teatral essencialmente físico, sublinhando contrastes e estereótipos inspirado na Banda Desenhada e na sua lógica de síntese. Lisboa com as suas gentes, feita de muitas gentes, mais os turistas que chegam. A Lisboa e os seus contrastes, de bairros populares e festas populares, mais a classe média, os doutorados, os apressados, os deprimidos, os artistas, mais os ingleses que estão por aí a vir. Uma encenação de Natália Luiza, em cena até dia 16.
Dia 6, História Ilustrada do Teatro Português estreia no Teatro Nacional D. Maria II. Este é um docudrama tragicómico sobre uma pressuposta História do Teatro em Portugal e em língua portuguesa; uma espécie de compêndio, apoiado em alguns dramaturgos e encenadores que foram traçando um percurso na evolução do teatro em Portugal; e, sobretudo, uma aula ou conferência bem montada, com alguns erros históricos, cheia de bombons estratégicos para entreter e, quem sabe, instruir os seus alunos-espectadores. Com texto de João Telmo e direcção de Martim Pedroso, em cena até dia 23.
Dia 8, o Teatro Rivoli, no Porto, recebe o espectáculo 5 Fábulas Para Não Adormecer, de Caroline Bergeron. Cinco histórias acessíveis a todas as idades, para gozarmos com quem somos e sairmos da sala abraçados uns aos outros. Um espetáculo com conteúdo político adaptado à pequena infância (dos 3 aos 5 anos), com técnicas de marioneta e vídeo, linguagens visuais de luz e sombra, sem palavras, composto por 5 fábulas que criticarão com humor algumas manias da nossa sociedade – a obsessão pelo poder, pelo dinheiro, pela competição – e transformarão dois pecados em virtudes: a gula e a preguiça.