Entramos assim na última semana de Outubro, para terminar o mês com agenda cheia. Confiram de seguida, alguns dos espectáculos que poderão ser vistos esta semana.
Dia 23 e 24, E Se Isto Fosse a Sério estará no Pax Júlia Teatro Municipal, em Beja. Um espectáculo de puxar memórias, entre figos de mel e popias de azeite, de pisar a cena, certos de que nela a vida cresce desmesuradamente, de errar e avançar, tropeçar e desviar, evitar a queda e seguir em frente.
Dia 24, Maioria Absoluta estreia no Teatro Nacional D. Maria II. Os anos 90, em Portugal, foram para muitos dos constituintes do elenco os melhores anos. Foi então que atingiram a maioridade, que construíram certezas mais absolutas, que escreveram poemas de amor a musas semanais, que lutaram contra as propinas, que se manifestaram dia sim, dia não. Com dramaturgia de Rui Pina Coelho, produção do Teatro Experimental do Porto e coprodução do Teatro Municipal do Porto e do TNDM II, em cena até dia 28.
Dia 25, Antes de Começar estará na Casa da Cultura de Ílhavo. Boneca e boneco descobrem que podem pensar, sentir e mexer como as pessoas. Mas será que é bom ser pessoa? E que pessoa? Grande ou pequena? As pessoas antes de serem grandes começam por ser pequeninas. O boneco revela o mundo que conhece e a boneca conta o que lhe aconteceu, que é tudo o que sabe. Aqui, os jovens do Por+Palco decidiram dar vida a uma obra de Almada Negreiros, tendo concebido todo o conceito de encenação, figurinos e cenografia da peça.
Dia 26 e 27, a Casa de Artes de Famalicão recebe o espectáculo Veneno, de Albano Jerónimo. Escrito a partir de narrativas factuais verídicas, recolhidas num universo cosmopolita contemporâneo, este espectáculo é centrado na ideia da decadência da família no contexto suburbano. 51% da população mundial encontra-se, neste momento, a viver em espaços urbanos por razões económicas, melhoria das condições de vida, oferta de trabalho, entre outras. Se a família é o paradigma ancestral daquilo que deve ser um governo, ambos manifestam, atualmente, a ideia de crise. Texto de Cláudia Lucas Chéu, direção e interpretação de Albano Jerónimo e produção do Teatronacional21.