Aproximamo-nos já do fim de Janeiro, e temos por isso uma nova agenda de espectáculos. Fica de seguida, um selecção do que poderá ser assistido esta semana.
Dia 23, Montanha-Russa regressa ao Teatro Nacional D. Maria II. Este é um espetáculo da dupla Miguel Fragata e Inês Barahona, à qual se junta a dupla Hélder Gonçalves e Manuela Azevedo. Teatro e música disputam o palco, desafiando as convenções do “teatro musical, como quem desafia as leis da gravidade num loop.
Montanha-Russa mergulha vertiginosamente na adolescência. Retira-a do lugar dos lugares-comuns e procura aproximá-la da dimensão da intimidade. Em cena até dia 27.
Também dia 23, o Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada, recebe o espectáculo O Feio, de Marius von Mayenburg. Numa época em que todos os indicadores demonstram que as pessoas de aparência atraente (segundo os modelos vigentes) e/ou juvenil são mais bem pagas no exercício das suas profissões independentemente da competência, um engenheiro talentoso decide recorrer à cirurgia plástica para melhor responder às exigências do seu empregador e dos potenciais investidores deste último. Uma encenação de Toni Cafiero, para ser assistido até dia 27.
Dia 25 e 26, Pablo Fidalgo Lareo – Anarquismos estará no Teatro Municipal Rivoli. No Verão de 2005, quatro jovens estudantes de teatro decidem viver juntos num bairro de Madrid e construir uma biografia de grupo em que vivem, comem, escrevem e dormem juntos. Esta é uma história que se desenrola, uma história que termina como todas as histórias de comunidades. No palco, os três membros do grupo falam sobre outro membro desaparecido há algum tempo e sem qualquer promessa de voltar para a casa. Desprovidos de nome e identidade, irão reconstruir uma história complexa, com jogos de poder e onde ninguém é bem tratado.
Dia 25, o espectáculo Infinita estará no Teatro Municipal Joaquim Benite, em Almada. Estreada em 2006, trata-se de uma criação sobre a metamorfose da biologia humana, que põe em cena, iluminando-os com recortes de luz especiais, os milagres dos extremos da vida: o momento da chegada ao Mundo, aqueles primeiros passos admiráveis, e o momento em que o envelhecimento triunfa. Ou seja, sobre a ascensão e a queda do pequeno homem singular, por maior que se pense ou que os outros o considerem.