Com quase toda a população de Santa Maria de Oliveira, uma freguesia do concelho de Famalicão, “metida” no Estádio de Ribes, o jogo foi muito interessante, até porque, ao contrário do que se pode pensar, o Belenenses nunca facilitou, começando pela equipa que Lito Vidigal apostou, sem lugar a figuras de segunda linha na 1.ª Liga. Esse fator, de resto, foi determinante para um início de jogo em que o Belenenses depressa mostrou ao que vinha, com Miguel Rosa a abrir o ativo logo aos 9 minutos, aproveitando uma bola que lhe foi parar quase por acaso no segundo poste. Nesse momento, muita gente desenhou uma goleada no marcador, mas a equipa da casa depressa serenou os mais céticos adeptos, criando duas boas ocasiões para empatar.
O golo, no entanto, só surgiria muito perto do intervalo, com Theo Mendy, avançado cedido pelo Boavista à AD Oliveirense, a ganhar o penálti e a faturar, logrando mais serenidade para o tempo de descanso.
A segunda parte foi quase uma fotocópia. João Meira voltou a colocar os de Belém na frente do marcador, isto já depois de Léo ter negado a Deyverson essa intenção, com uma grande defesa aos 58 minutos. O guarda-redes que rendera o lesionado Marco Gonçalves, que já fez carreira no Belenenses, acabaria por ser determinante, segurando a diferença mínima até que Rodrigues voltou a empatar tudo aos 82 minutos. O prolongamento já era um bom prémio para os locais e Fábio Nunes, a última aposta de Lito Vidigal, necessitou de apenas quatro minutos em campo para selar a eliminatória, mas até ao fim ainda houve mais duas grandes ocasiões para quem saiu da Taça de Portugal com grande honra.
O homem do jogo: Theo Mendy
O avançado cedido pelo Boavista foi uma dor de cabeça para o Belenenses. Ganhou o penálti que marcou e assistiu Rodrigues de calcanhar para o segundo golo.
Árbitro
Marco Ferreira (nota 4)
Não foi um jogo fácil, mas Marco Ferreira soube segurar as pontas. O árbitro da Madeira decidiu sempre bem e no penálti de Miguel Rosa sobre Mendy ninguém protestou.
Momento
Ao fim de quatro minutos em campo, Fábio Nunes recebeu uma bola na direita, passou por dois adversários e rematou seco e colocado de pé esquerdo. Decidido!
Número
14 É a prova final de que a Oliveirense soube equilibrar o jogo com um opositor de 1.ª Liga. Foram 14 os remates, tantos como os do Belenenses.
Fonte: Record