Sim, é verdade que já existem há algum tempo. E há para todos os gostos: ecrãs a cores e a preto e branco; redondos, quadrados, retangulares; com botões, sem botões; grandes, pequenos, médios… Mas será que são realmente úteis?
Descubra no vídeo:
https://youtu.be/PaPlNBV6zbM
Design
Para este artigo analisámos um dos primeiros “grandes” smartwatches: o Moto 360. E, apesar de já ter a sua idade (4 anos), mantém-se bem bonito nos dias de hoje. Redondo, com um bom ecrã e com a possibilidade de mudar de bracelete e de mostrador (digital, claro), ocupa o espaço normal de um relógio comum. Este é ainda um dos designs mais simples e bonitos de sempre, no que toca a smartwatches.
Dock
Este relógio, à semelhança do que encontramos hoje, tem uma dock station que carrega o relógio sem fios, por indução.
É apenas necessário encostar o relógio, que ele entra automaticamente em modo “relógio de mesa”, mantendo-se sempre ligado até o retirarmos de novo da dock.
Bateria
Demora um pouco a carregar, o que é normal dado que saiu em 2014. Além disso, a bateria continua a durar um dia inteiro com utilização regular, o que é excelente dado que já tem 4 anos em cima.
Conforto
O Moto 360 de 1ª geração conta com uma bracelete em pele (esta versão), mas que pode ser substituída por outra específica para este relógio – Mas em qualquer caso (pele o metal) é bem confortável.
É necessário adquirir um kit de substituição que, regra geral, vem incluído na compra da nova bracelete. Adicionalmente, a troca pode ser difícil de se conseguir, mas nada que uns quantos minutos de dedicação (e uns tutoriais no YouTube) não resolvam.
Durabilidade
Até hoje, durou 4 anos. É certo que por vezes tem os seus momentos de fraqueza (reboot, ou freeze), mas felizmente são raros. Ainda assim, se todos os smartwatches forem com este, estamos no bom caminho. Convém, no entanto, relembrar o seguinte: este smartwatch tem apenas a primeira versão do Android Wear, não podendo ser atualizado para novas versões, o que faz dele uma opção bem básica nos dias que correm.
Utilidade e aplicações compatíveis
Agora entramos na parte de utilidade de um smartwatch. Dado que este smartwatch está limitado à primeira versão do Android Wear, temos acesso apenas às coisas básicas. Mas ainda bem! Vamos lá ver se o básico de um smartwatch vale a pena.
A utilidade básica de um smartwatch é, claro, as horas, ler SMS, aceitar ou rejeitar chamadas e ver as principais notificações sem tirar o smartphone do bolso. E nisto o Moto 360 não se porta nada mal.
Além disto, aplicações como a “FIT” da Motorola são compatíveis (permite fazer um tracking da atividade física: passos, batimento cardíaco, etc), mas não fica por aqui.
No Spotify é possível escolher álbuns/músicas, passar faixas, controlar volume, meter play/pause.
A Aplicação Yeelight da Xiaomi (luzes inteligentes em casa) permite ao relógio controlar também qualquer luz Yeelight que esteja em casa diretamente através do pulso.
Google Assistant
A acrescentar a tudo isto vem a Google Assistant: um assistente a quem podemos perguntar tudo desde o estado do tempo, até à idade do presidente dos EUA.
E se o relógio não tiver uma resposta exata a dar ao que perguntámos, faz uma pesquisa no google e sugere-nos abrir o melhor resultado no nosso smartphone. Incrível, não é?
Veredicto
Temos de ser honestos: nós adoramos smartwatches – afinal, sendo apaixonados por tech só poderíamos gostar, não é verdade? E, para nós, um smartwatch é bem útil, especialmente quando estamos em reuniões e podemos ver se aquela chamada e/ou mensagem é urgente ou não sem pegar no smartphone. Mas sabemos que não é uma peça de tecnologia para todos – não pelo preço, porque encontramos uns bem acessíveis hoje em dia, mas pela funcionalidade.
Um smartwatch é para quem adora tech e/ou gosta de estar sempre a par das suas notificações sem ter sempre de tirar o smartphone do bolso. Ou então, pode ser para aquelas pessoas vaidosas que adoram trocar de mostrador de relógio apenas com um toque, sem ser preciso comprar um relógio todo novo. Assim, para quem valoriza estas mais-valias um smartwatch é perfeito. Mas para quem não liga nenhuma a estas coisas e para quem tem pulso firme (piada propositada) no que toca à mudança implicada pela tecnologia, então um smartwatch pode já não valer a pena.