Depois de uma longa espera, “The Walking Dead” está finalmente de volta. Chegámos à nona temporada, que promete trazer mudanças no rumo da série – mudanças essas que foram bastante notáveis logo neste primeiro episódio – ele mesmo intitulado “A New Begining”. Até a própria abertura da série mudou e apresenta-nos um novo visual!
Após a temporada passada, que basicamente se resumiu à guerra entre Rick e Negan, temos novamente um período de paz e bonança, em que reina o otimismo e a vontade de viver e não apenas sobreviver.
Deu-se um avanço no tempo e alguns meses passaram (cerca de dezoito meses), como é observável através das mudanças nas personagens e até mesmo nas comunidades. A passagem do tempo é especialmente visível no facto de Maggie já andar com o filho nos braços.
Na verdade, este episódio serviu apenas para mostrar como está a situação das várias comunidades e o modo como agora vivem em paz. A ação do episódio chega apenas já perto do final e mostra-nos que a tal paz é bastante frágil.
Existiu um foco essencialmente em duas personagens: Rick e Maggie. Rick é aquele que derrotou Negan e, por isso, é amado por uns, mas odiado por outros que querem novamente Negan como chefe. Por sua vez, Maggie assume-se na liderança de algumas comunidades, mas está cansada de alimentar aqueles que só a prejudicam.
Para além disso, claramente existem personagens que não estão minimamente satisfeitas com tudo o que está a acontecer e é este um dos motivos que leva a uma morte especial (e bastante aguardada!) no final do episódio.
Depois de “A New Begining”, ficamos a refletir sobre a paz frágil e é fácil de perceber que nem tudo vai ser um mar de rosa nos próximos episódios, ao contrário do que este tentou em grande parte mostrar.
Neste momento, as comunidades estão juntas, mas é de lembrar que estas sempre se deram mal. Por exemplo, as raparigas de Oceanside estão a conviver com os Salvadores que lhes mataram os homens – maridos, irmãos, filhos. Por sua vez, até Maggie está a viver com a consciência de que Negan, o homem que matou o seu grande amor, ainda está vivo.
A principal diferença visível na série com a chegada de Angela Kang (a nova showrunner, depois da saída de Scott Gimple), está nos diálogos das personagens e na maneira como tudo está a ser mostrado, de um modo que nos vai dando algumas pistas para o que vai acontecer, mas que não se apressa. É mesmo caso para dizer que a série voltou à vida!