A primeira parte da oitava temporada de “The Walking Dead” chegou agora ao fim e, finalmente, tivemos um episódio com bastante ação que, para tristeza dos fãs, não acabou da melhor maneira. Já sabemos que as mid season finales de “The Walking Dead” costumam ser memoráveis, normalmente devido à morte de alguma personagem especial, e desta vez não foi diferente.
Esta temporada, até agora, está a falhar em muitos aspetos. Podemos dizer que este episódio teve momentos muito confusos. Aliás, em certos momentos os cenários estavam tão escuros que até era difícil perceber o que estava a acontecer. Mas, para piorar, a coerência da história está miserável e às vezes nem dá para perceber o que as personagens estão a fazer.
O episódio, intitulado “How It’s Gotta Be”, centrou-se especialmente em Carl Grimes e deu-nos pistas sobre o destino da personagem logo desde o início. Para além de Carl, outras personagens que se destacaram foram Maggie, Ezekiel e também Rick e Negan, que voltaram finalmente a estar frente a frente.
Comecemos por Maggie, visto que é uma personagem que está a ganhar cada vez mais força e já está a assumir uma grande posição de liderança. Quando estava a regressar a Hilltop, viu-se cercada por um grupo de Salvadores e viu Neil a ser assassinado por Simon. Logo de seguida, vimo-la a vingar-se e a matar um dos Salvadores que estava em Hilltop. Retomando uma frase do primeiro episódio da temporada, podemos dizer que Maggie chegou a um ponto em que a sua raiva já prevalece sobre a sua misericórdia.
Por sua vez, o rei Ezekiel “reergueu-se” e num ato de coragem (ou loucura) ajudou os habitantes do Reino. No entanto, acabou por ficar cativo dos Salvadores e o seu destino não se revela muito sorridente neste momento.
Passemos às partes mais marcantes do episódio. Penso que temos de dar destaque à luta de Rick e Negan e à grande revelação de que Carl foi mordido – e está às portas da morte. Infelizmente, nenhum destes destaques é positivo, mas por diferentes razões.
No que toca à luta entre Rick e Negan, podemos dizer que foi bastante fraca. Ao contrário do que tinham dito em já vários discursos, parece que nenhum deles tem coragem de matar o adversário e acabaram por ficar apenas ali a empunhar a Lucille. Nem por um segundo nós, enquanto espectadores, pensamos que um deles pode morrer naquele momento. E depois Rick apenas foge… enfim.
E agora, vamos falar sobre a morte de Carl – que é um assunto bastante sensível. Então, andamos há oito anos a ver a personagem (e o actor) a crescer para depois este apenas ser mordido por um walker e morrer? Quem segue as bandas desenhadas de Robert Kirkman sabe perfeitamente que este não é o destino de Carl, mas na série a personagem ficou por aqui porque o ator Chandler Riggs foi “demitido”…
Temos de admitir que Carl nunca foi uma personagem muito importante na narrativa, mas o facto de o acompanharmos há tanto tempo tornou a sua morte dolorosa. Enquanto fãs, ficamos desiludidos com este final. Carl estava a ficar cada vez melhor e certamente ainda tinha muito para dar e, quem sabe, tornar-se realmente importante na série.
Mas, e agora, o que vai ser de “The Walking Dead”? Parece que a série já não tem rumo e a história já começa a não fazer sentido. O que vai acontecer a Rick depois da morte do filho? Vamos ter de esperar até Fevereiro para saber.



