A madrugada de 12 para 13 de Julho, no Jamaica, ficou marcada pela memória do Sound system FanKambaReggae de Dj Johnny, com Janelo (mítico vocalista dos Kossundulola), reggae a ferver, com a chancela de qualidade a que estes dois nomes nos habituaram ao longo destes anos. Mas o que nos traz aqui é a história e a evolução de Johnny, do jovem ambicioso de Stº António dos Cavaleiros até um dos mais reconhecidos dj’s da diáspora.
Vimo-lo crescer a não se importar de fazer quase tudo para perseguir o seu sonho, e valeu a pena. Começou com material modesto e foi, devagarinho, enriquecendo-o até ter hoje o melhor, se é que se tem o melhor num “mundo” onde estão sempre a aparecer coisas novas. E ele a reciclar-se!
Este menino homem, de riso fácil, de bem com a vida e consigo próprio, inquieto, como qualquer artista que se preze, vê o seu futuro “incerto”, mas isso não impede a sua versatilidade de explodir em permanente fogo encantatório.
É vê-lo, por exemplo, no Outjazz a acompanhar o saxofinista Carlos Martins, entre um grupo dos melhores músicos de jazz portugueses, ou numa noite de drum&bass, e como são maravilhosas essas noites, arrisco dizer que as melhores dentro do género, ou a “tocar” o seu reggae, ragga, ou funk.
Johnny diz que “a linguagem universal não existe, o público não é igual”, mas a sua competência e generosidade sim.
Sou testemunha, da primeira vez que Prince esteve em Portugal, na sua festa privada, no XXIV de Julho, Johnny era o dj, e o génio mandou chamá-lo para lhe dizer que estava a fazer um “bom trabalho”. Não é para todos.
A agenda para este verão, em terras lusas, está recheada. Não percam este artista em nenhuma das suas vertentes.
Para mim, foi um prazer reencontrá-lo e perceber que o menino cresceu, mas o brilho nos seus olhos é o mesmo e o sonho não pára! Funk you very much!
Fotos: Ana Dinis