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Rescaldo: Também é preciso saber sofrer

Rescaldo: Também é preciso saber sofrer

Belenenses soma a 3.ª vitória seguida na Liga NOS depois de vencer por 1-0 o Vitória de Guimarães em jogo muito disputado.

No fim dos quase 100 minutos de jogo, o relvado do Estádio do Restelo estava tão molhado que parecia que a rega tinha sido ligada há instantes. Era o suor dos 11 guerreiros azuis que, apesar de uma 2.ª parte francamente desinspirada, souberam sofrer e manter a fortaleza do Restelo intacta, desta feita sem ter consentido qualquer golo, algo raro na equipa azul. Para a história destes 3 pontos na 8.ª jornada da Liga NOS frente ao Vitória de Guimarães, o Belenenses leva ainda uma 1.ª parte jogada a um nível muito bom e uma coesão de grupo cada vez melhor. São já três as vitórias seguidas para o conjunto de Domingos Paciência e um 7.º lugar isolado.

Em equipa que ganha não se mexe, já se diz nos mandamentos futebolísticos. O treinador dos azuis fez jus a esse ensinamento e manteve o onze da jornada anterior. Já Pedro Martins, em virtude de ter um plantel mais completo e competições europeias a meio da semana, promoveu 7 alterações na equipa titular. O jogo começou com um ritmo muito alto, com o Belenenses a demonstrar muito critério na troca de bola e muitas soluções de passe. Exceptuando Saré, todos os jogadores dos azuis iam demonstrando certeza no passe e um jogo entrelinhas muito interessante. Tiago Caeiro voltou a ser essencial sem bola, permitindo ganhar muitos duelos aéreos e arrastando marcações. Aos 26 minutos o momento do encontro: Tandjigora – novamente um dos melhores dos azuis – tem uma execução perfeita de um livre directo e faz o 1-0. Da 1ª parte, além da boa ocupação de espaços, coesão defensiva e critério na saída de jogo, houve laterais inspirados e a colmatar a falta de extremos puros na equipa. Primeiros 45 minutos incansáveis de Florent e Geraldes. O Vitória ia-se acercando timidamente da baliza de Muriel, que apenas teve de se aplicar uma vez, após bom remate de Héldon. Faltava, claramente, uma referência ofensiva na equipa de Pedro Martins.

Depois do intervalo tudo mudou. Os forasteiros fizeram entrar Tallo, avançado possante e com muita bagagem de Ligue 1, tirando Rincón, que não tinha aparecido no jogo. Com esta substituição o encontro mudou por completo. O ponta-de-lança ex-Lille, fez uso de toda a sua força e habilidades de matador, para pôr em sentido a defensiva azul, que estava com dificuldades a sair a jogar e abusava do “chutão” para a frente. Dos primeiros 15 minutos da 2ª parte, devem ter-se jogado 4 ou 5. Muitas faltas, muito jogo perigoso, muitas paragens e Vasco Santos perdeu completamente o discernimento e o critério, amarelando todo e qualquer jogador do Belenenses. Com o credo na boca, era o Vitória que tomava as rédeas totais do desafio. Já com Cleyton, Miguel Rosa e Benny em campo, os azuis raramente conseguiram impor o seu futebol e era à base de concentração defensiva, garra e muitos alívios sem nexo que se fazia o futebol dos da casa. Com 7 minutos de compensação, o Belenenses soube sofrer e conservar a vitória. Para trás fica uma 2ª parte bastante má, com pouca bola no chão, falta de critério e um sufoco desnecessário.

As equipas fazem-se de jogos destes e as épocas também se definem assim. Não se pode exigir sempre “nota artística”, como um dia referiu o actual treinador do Sporting, mas não se pode confiar em demasia na capacidade de sofrimento para aguentar vitórias. A 1ª parte teve vários lances de qualidade superior, que deveriam ter tido seguimento no segundo tempo. O Belenenses transpirou tudo o que tinha a transpirar, deu tudo em campo e soube sofrer. Isso valeu 3 pontos e um salto para o grupo dos da frente. 3 vitórias consecutivas e nenhuma derrota caseira. A paragem para a seleções veio na pior altura possível.

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