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Rescaldo: No meio-campo é que está o ouro

Rescaldo: No meio-campo é que está o ouro

À entrada para a partida que encerrava a 5ª jornada da Liga NOS 2017/18, Domingos Paciência surpreendeu o seu colega de profissão, Ricardo Soares que orienta o Desportivo das Aves, ao apresentar um meio-campo muito composto e sólido, com 3 jogadores de apetência defensiva como são Hassan Yebda, Tandjigora ou o novo reforço Bouba Saré, proveniente do Moreirense. À frente destes 3 médios, estariam os habituais Chaby, Diogo Viana e Maurides para dar propensão ofensiva à equipa do Restelo.

Belenenses e Desportivo das Aves defrontavam-se com espíritos um tanto quanto semelhantes. O Aves que ainda não tinha vencido esta época, teria de fazer melhor nesta noite para levar de vencida o seu adversário e dar finalmente uma alegria aos seus adeptos. A equipa do Belenenses, apesar de ter mais pontos (à altura) que o Aves, ainda não convenceu (a derrota em casa a abrir com o Real Sport Clube não terá ajudado nem os adeptos nem a própria equipa), com a qualidade de jogo apresentada a oscilar de jornada para jornada.

Com o escalonamento do onze por parte do timoneiro azul, poderia-se pensar que se iria ver um Belenenses recuado desde o início à espera do contra-golpe para ferir o rival. Mas não foi isso que aconteceu. O meio-campo mais forte e possante fisicamente permitiu ao Belenenses controlar o jogo na primeira metade do encontro. O Desportivo das Aves a viver uma crise de resultados ficou sem resposta para contrariar o miolo azul. Apesar de não ser muito incisivo na frente de ataque, o Belenenses pedia o golo, e ele apareceu aos 26 minutos num cabeceamento de Nuno Tomás (o único marcador de golos do Belém neste campeonato) após canto de Diogo Viana e de uma bola à trave por parte de Saré. Antes disso, já a bola tinha embatido no poste da baliza defendida por Quim, num atraso mal pensado por Baldé, e depois Maurides não conseguiu encostar para dentro das redes.

Belenenses estava por cima e controlava o jogo, aproveitando o desequilíbrio emocional e por vezes posicional do Desportivo das Aves. E ao minuto 42, eis que surge Salvador Agra para desestabilizar e dar o início da remontada por parte do Aves. Numa jogada típica do jogador, em que dispara em direcção da baliza, Agra empata a partida, e tudo aquilo que o Belenenses tinha feito de bem cai por terra. Até ao intervalo não há mais motivos de interesse no relvado, mas sentia-se que o duro golpe já tinha sido dado.

Início da segunda metade, e Ricardo Soares recompõe o seu meio-campo para lidar melhor com o Belenenses. Basicamente o feitiço virou-se contra o feiticeiro. Desta vez foi Domingos Paciência e a sua equipa que não tiveram armas para responder, e Ryan Gauld marca à passagem dos 52 minutos após um bom trabalho de Agra na direita, deixando novamente Florent para trás.

No entanto, a equipa da Cruz de Cristo não se esmoreceu, e reagiu com atitude à desvantagem no marcador. Domingos mudou na equipa e fez entrar Tiago Caeiro e Benny (estreias neste campeonato) para as saídas de Geraldes e Bouba Saré. Era o tudo por tudo do técnico do Belenenses. Dos 62 minutos até aos 72 minutos, sensivelmente, as alterações tinham melhorado a cadência ofensiva azul e por pouco, muito pouco Chaby não encostou para o empate. Invés disso, acertou no poste, já com Quim batido (ao todo foram 3 bolas nos ferros, uma delas deu golo).

Ricardo Soares notou que a vantagem estava tremida, e o Aves começou a tirar partido das perdas de tempo. Todos sabemos que é assim no futebol, e que todas as equipas o fazem quando estão em situação de vantagem, mas fala-se tanto das perdas de tempo do VAR, e não se faz nada a nível regulamentar contra isto. Prejudica o futebol e a qualidade do espectáculo. Sendo permitido pela equipa da arbitragem, o Desportivo das Aves apenas fez o que podia fazer para segurar a vantagem. A equipa azul rondaria ainda mais uma vez com perigo a baliza de Quim, mas Chaby voltou a ser perdulário na grande área.

Contas feitas, um jogo disputado, entretido com as duas equipas a superiorizam-se em cada metade. No entanto, o Aves não desperdiçou tantas oportunidades como o Belenenses, e isso fez muita diferença no marcador. Em relação aos destaques individuais, Ryan Gauld, Salvador Agra e Baldé foram os melhores da parte do Aves. Da equipa azul, Tandjigora e Diogo Viana os mais esclarecidos, enquanto que Chaby e Maurides tiveram uma noite difícil no capítulo de finalização.

O que hoje é verdade, amanhã pode ser mentira. E foi o que se viu neste jogo. O que resultou ao início, foi o que não permitiu uma melhor resposta à desvantagem. Espera-se um Belenenses melhor e mais eficaz no próximo jogo, na recepção ao Estoril-Praia.

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