À terceira jornada da Liga NOS, o Belenenses ia finalmente jogar à Segunda-feira, tendo por isso mais algum, pouco, mas melhor que nada, tempo para descansar. Porém, isso não se verificou. A equipa demonstrou-se cansada e com falta de clarividência nas ideias e processos. Tudo isto redundou num empate, que acaba por ser um mal menor, face às vicissitudes do encontro. 1-1 foi o resultado final deste embate entre o Belenenses e o Marítimo.
A equipa do Restelo até começou melhor, logo num dos primeiros minutos de jogo, Ruben Pinto, do meio-campo, a tentar surpreender o adiantado Salin. Só não o conseguiu por pouco, muito pouco. Os primeiros minutos foram do Belenenses. Muita circulação rápida de bola, muitos jogadores a aparecerem bem nas costas da defesa do Marítimo e uma atitude pressionante dos pupilos de Sá Pinto. Porém, a partir dos 25 minutos, a equipa começou a baixar de ritmo, a repetir muitas vezes a mesma jogada – que valeu inúmeros foras de jogo assinalados -, e a consentir muito espaço ao Marítimo. Que aproveitou aos 33 minutos na sequência de um canto. Canto esse que não devia ter existido, pois a bola embateu num jogador do Marítimo. Até ao fim da 1ª parte, ainda se viram alguns laivos de revolta contra o resultado, que coincidiram com vários lances de perigo. A jogada do Belenenses estava a tornar-se cada vez mais repetitiva: bola nos centrais, chutão para a frente, para os extremos, que combinavam com os médios e cruzavam quando podiam. Uma saída de bola muito previsível e pouco eficaz.
A 2ª parte começou pior do que acabou a 1ª. A iniciativa de jogo estava toda do lado do Marítimo e parecia que nada saía bem à turma do Restelo. As coisas só acabariam por se alterar com a entrada de Betinho e Camará para a saída de Tiago Silva e Tiago Caeiro. Os dois homens que entraram foram preponderantes no golo que valeria o empate. Golo esse que surgiu aos 73 minutos, por Miguel Rosa, de cabeça, na sequência de um cruzamento de Abel Camará. Até ao fim, nada se fez para alterar a igualdade. Pouca velocidade, fruto do cansaço, e parca clarividência, fruto igualmente do pouco descanso. A equipa acabou o jogo de rastos e isso notou-se ao longo do encontro. Não foi um desafio bem conseguido, tendo sido marcado pelo signo do falhanço.
3 pontos em 3 jogos, é um pecúlio demasiado escasso para o que esperava neste momento. É preciso uma vitória urgentemente, não para moralizar a equipa – que está nos píncaros após o feito Europeu -, mas para começar a apanhar o pelotão. Que essa vitória seja já na Luz.