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Rescaldo: 10 minutos finais não apagam pior exibição da época

Rescaldo: 10 minutos finais não apagam pior exibição da época

Há dias em que mais vale não sair de casa. Esta célebre frase bem portuguesa adequa-se a várias perspectivas. Temos o ponto de vista dos adeptos, que para verem o paupérrimo futebol da equipa azul numa noite gelada, preferiam ter ficado em casa; e o ponto de vista dos jogadores do Belenenses, que num dia em que nada saiu bem, mais valia mesmo não ter saído das suas habitações. O jogo deste domingo, foi, sem sombra de dúvidas, o pior da temporada. O Belenenses foi derrotado em casa pelo V. Setúbal por 2-1, em jogo a contar para 18.ª jornada da Liga NOS.

O Belenenses entrou em campo com a mesma equipa da semana passada, no entanto, eram só mesmo os nomes nas camisolas que eram iguais, porque o que se viu em campo foi completamente diferente. Os primeiros minutos revelaram algum equilíbrio e, em momentos, até algum ascendente dos da casa, mas era algo consentido pelos sadinos. Aos 30 minutos, aproveitando o falhanço azul, os forasteiros, num contra ataque bem delineado, aproveitaram para bater Cristiano, que estava mal posicionado e viu a bola passar entre as suas pernas. Era o início de uma noite “não” para o guardião azul. O meio-campo do emblema da Cruz de Cristo não funcionava e falhava sempre no último passe. No capítulo defensivo estava demasiado permeável e permitia várias veleidades aos homens mais adiantados do V. Setúbal. O excesso de cruzamentos era uma constante. Havia pouco jogo interior – para não dizer nenhum – e Juanto, que tem pouco mais de 1,70m não dava conta do recado. O perigo para a baliza de Bruno Varela só vinha através de cantos.

No segundo tempo as coisas pioraram. O Vitória veio com mais garra e uma dinâmica mais ofensiva que acabou por ‘matar’ por completo as aspirações do Belenenses. Edinho, outra vez, na sequência de um livre, cabeceou para o fundo das redes. Cristiano parece, novamente, mal batido. Estava feito o 0-2 aos 49 minutos. Foi tempo de Fábio Nunes e Tiago Caeiro entrarem, para o lugar de Yebda, que estava a ser o melhor da equipa e Fábio Sturgeon, respectivamente. O futebol dos azuis não melhorou nada. Os homens de Setúbal foram galvanizando e acabaram por introduzir por mais duas vezes a bola na baliza de Cristiano (mal batido das duas vezes), que estava tremendamente inseguro. Os golos acabaram por ser bem invalidados pela equipa de arbitragem. O pendor continuou para os visitantes, os pupilos de Quim Machado só faziam investidas através das alas, sem sucesso algum. O total de cruzamentos deve ter excedido os 40. Até que, aos 84 minutos, Tiago Caeiro decide fazer magia e marcar um golo tremendo à meia volta. A partir deste momento tudo mudou. O público entusiasmou a equipa que alterou o chip e foi à procura do ponto. Mais concisa, menos errática, com muito coração, mas pouco discernimento. O resultado acabou por não se alterar, tendo sido justo o desfecho do encontro. Os 10 minutos finais – a contar com os descontos – não foram suficientes para apagar os restantes. Uma exibição para Quim Machado ver, rever e tirar ilações.

O próximo jogo do Belenenses é já na sexta-feira frente ao Boavista.

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