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Red Dead Redemption 2 (PC) | Análise Gaming

Análise feita por António Moura

Red Dead Redemption 2 já chegou ao PC, depois de uma falha por parte da Rockstar que não lançou o original nesta plataforma. Mas, com a chegada deste novo título e depois do seu sucesso nas consolas, será que o jogo se mantém fiel à qualidade que a Rockstar nos habituou?

 

Quem jogou as versões de consola já deve saber a história do jogo, mas para dar um pequeno contexto, esta sequela na realidade é uma prequela, que se passa 12 anos antes do jogo original. Neste jogo controlamos Arthur Morgan enquanto este explora e vive aventuras no velho oeste. E meu deus, que velho oeste!

A maior diferença entre o jogo original nas consolas e o jogo no PC é, definitivamente, as opções visuais. Já estávamos habituados a variadas opções visuais em jogos de PC, mas o facto de este jogo que podia apenas ser jogado a 30 FPS, agora ser possível de vivenciar a 60 FPS e em full 4K é algo fantástico. A física do jogo e os visuais mudam por completo. Por exemplo, os primeiros níveis passados na neve fazem qualquer um ficar de boca aberta com o que está a ver. No entanto, é necessário ter em conta que é um jogo que precisa de muito poder por parte do computador, especialmente a nível gráfico, mas torna-se gratificante ver todo o mundo de Red Dead Redemption 2.

No entanto, a questão mais fantástica deste jogo é mesmo a sua vertente sandbox. Poder passar horas a cavalgar (que, diga-se de passagem, é algo bastante relaxante) ou a planear o caos é possível e, mesmo assim, não avançar na história nem um bocadinho. Ou mesmo, semanas depois de começarmos o jogo podemos encontrar sequencias que nunca vimos. Além do facto de que, todas as ações que fazemos ao longo do jogo poderão afetar o ambiente a que nos proporcionamos. Por exemplo, ao fazermos uma “raid” a um gangue, pode significar que sejamos vistos como uns heróis, tal como dar esmolas pode fazer com que tenhamos acesso a informações que possam causar o desenvolvimento da história. No fundo, o que quero dizer é que estamos perante todo um ecossistema vivo e que funciona conforme as nossas decisões. E, se há algo que me impressionou foram os cavalos. Aqueles fantásticos animais são realmente as estrelas do jogo. Digamos que a minha primeira experiência com eles não correu nada bem, pois ao tentar colocar em modo cinematográfico, o cavalo fez questão de bater numas pedras, e no processo capotar matando-se a si mesmo. Mas, fora isso, é fantástico como somos obrigados a criar lanços com eles.

Existe outro ponto que, definitivamente devemos ter em conta, nomeadamente Red Dead Online. Jogar Red Dead Online também é uma experiência completamente diferente do jogo base. Ao início, confesso que fiquei um pouco confuso com o que se passava, mas depois, ao dar aso ao potencial do jogo voltei-me a sentir em casa. Tal como GTA 5 e GTA Online, é como viver em dois ecossistemas separados e ao mesmo tempo bastante juntos, ou seja, podemos estar a completar missões de um lado e a viver uma história enquanto do outro lado podemos causar o caos e viver no jogo como bem quisermos. Esta dualidade é o que torna os dois modos algo fantástico. Devo também referir que o modo em primeira pessoa (como já apresentado em GTA 5) foi algo que me surpreendeu e que adorei, tenho que admitir que grande parte do jogo foi jogado desse modo para sentir-me mais integrado ainda no ambiente que o velho oeste nos proporciona.

Resta concluir que, Red Dead Redemption 2 é um dos melhores jogos que joguei nos últimos tempos. Se valeu a espera da transição das consolas para o PC? Definitivamente. Foi uma viagem pelo velho oeste de uma ponta à outra como nunca tinha vivenciado. Claramente um jogo que recomendo a qualquer pessoa, especialmente para momentos de diversão no velho oeste.

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