Apesar de ter passado por Engenharia Mecânica, Raul Minh’alma sempre sentiu que o seu “bichinho” se encontrava na escrita. Com o lançamento de “Dá-me um dia para mudar a tua Vida”, aproveitamos para colocar algumas perguntas ao autor cujos livros têm ganho um crescente interesse por parte dos portugueses e outros fãs internacionais.
CA Notícias: Para quem não te conhece: quem é o Raul?
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Raul: O Raul é um meio-heterónimo criado por alguém a quem pesava demasiado a realidade. O Raul é a pessoa que eu gostava de ser. Através dele vejo o mundo que quero e preciso de ver e também através dele mostro esse mundo às pessoas.
CA: Desde quando existe em ti esse “bichinho” da escrita?
Raul: Nasceu mais ou menos quando eu tinha os meus 17 anos e comecei a juntar umas palavras atrás de outras formando aquilo que eu gostava de chamar de poemas. Foi nessa altura, quando eu andava no meu 12º ano de escolaridade que comecei a despertar para as artes e em especial para a escrita.
CA: Como é que de Engenharia Mecânica passaste para Escritor?
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Raul: Na verdade eu sempre fui mais escritor que engenheiro. Escrevi sempre durante toda a fase do meu ensino superior. Escrevi e publiquei 4 livros durante todo esse percurso. Felizmente no dia em que apresentei a minha tese saiu o meu livro Larga quem não te agarra e como correu muito bem acabei por nunca exercer a profissão de engenheiro.
CA: Consegues lembrar-te do processo que foi lançares o teu primeiro livro aos 17 anos? Fala-me um pouco sobre essa experiência.
Raul: Submeti os meus poemas numa plataforma online e depois fui selecionado mais tarde para lançar um livro pela editora que geria essa plataforma. Foi especial. O livro não é nada de especial, confesso, mas é o livro mais importante da minha carreira pois foi ele que me abriu as portas para este mundo.
CA: Podes-me falar um pouco sobre as obras que lançaste antes de “Larga Quem Não te Agarra”?
Raul: O primeiro livro chama-se Desculpe Mãe, é um livro de poesia, muito pessoal, muito sobre os sonhos, muito dramático. É um livro especial para mim pela sua simbologia.
Depois o Os Mistérios de Santiago foi uma loucura minha. Um romance que me dá muito gozo ter escrito e de que me orgulho muito. É uma história incrível, mas que foi lido apenas por 3 ou 4 centenas de pessoas e entretanto já foi retirado do mercado. Relata a história de um rapaz (o Santiago) que é um exemplo puro de superação e desenrola-se na década de 80.
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Depois veio o Fome, o meu livro de mensagens que foi reeditado no dia 4 de abril com o titulo Dá-me um dia para mudar a tua vida depois de levar uma nova roupagem. Foi o primeiro livro de uma trilogia que viria a ser composta pelo Larga quem não te agarra e ainda o Todos os dias são para sempre.
CA: O que significou o sucesso de “Larga Quem não te Agarra” para ti?
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Raul: Significou a recompensa de muito esforço e confiança. O sucesso não foi nada que me admirou porque no fundo foi apenas o resultado de um enorme esforço da minha parte. Sinto-me muito grato por ter sido tão bem recebido pelo público.
CA: Que tipo de feedback têm recebido as tuas obras em Portugal? E no Brasil e em Espanha como achas que as tuas obras têm sido recebidas?
Raul: Em Portugal é fantástico, fico até sem palavras quando pessoas me dizem que decidiram avançar para divorcios (por uma boa razão) depois de lerem os meus livros ou que venceram a depressão. É absolutamente incrível.
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Do Brasil também me chegam boas impressões e algumas fotos dos leitores com o meu livro. Os blogues que o avaliaram também o classificaram muito bem. De Espanha é que não estou tão dentro do assunto.
CA: O que podemos esperar de “Dá-me um dia para mudar a tua vida”?
Raul: É um livro muito bonito. Muito especial. Porque é diferente. É um livro que não tem o objetivo de ser lido. Mas muito mais do que isso. É um livro para ser discutido, debatido, entendido. É um livro que nos deve acompanhar diariamente para onde formos até termos bem assimiladas as centenas de mensagens que eles nos transmite. Quem realmente conseguir apreender tudo o que ele diz irá estar muito mais próximo da felicidade. É um livro que nos ensina muito.
CA: Quais as mensagens que tentas passar aos teus fãs através dos teus livros? O que significam as mesmas para ti a nível pessoal?
Raul: Eu também sou um seguidor das minhas palavras. Acima de tudo tento passar a ideia de saber desistir, saber largar. Pensar pela própria cabeça, perguntar-se porquê isto e aquilo. Acreditar na vida, no amor e em si mesmo. Lutar e ser paciente. Saber amar. Muitas muitas mensagens.
CA: Como achas que a experiência como escritor te mudou enquanto pessoa?
Raul: Obrigou-me a ser mais exigente e estar sempre atento a tudo o que me rodeia. Obrigou-me a ter rotina, objetivos e a evoluir de dia para dia. Aprender, estudar, ouvir e ver com muita mais atenção. É uma atividade que nunca me deixa sentar no sofá a descansar. Tenho de estar sempre a evoluir a sair da minha zona de conforto.
CA: Tens algum projeto futuro que gostasses de partilhar?
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Raul: Não falo sobre o futuro, mas aquilo que podem esperar de mim é sempre uma procura incansável por uma luz que possa transmitir aos meus leitores para que também eles encontrem o caminho do amor e da felicidade. Porque aquilo que realmente me preocupa quando escrevo é a humanidade