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Pérolas do Retrogaming: Crash Bandicoot 2 – Cortex Strikes Back

Pérolas do Retrogaming: Crash Bandicoot 2 – Cortex Strikes Back

Eis que chegamos àquele que foi um dos primeiros jogos que tive para a PlayStation. Curiosamente, foi este que me introduziu à franquia Crash Bandicoot.  “Crash Bandicoot 2 – Cortex Strikes Back” é considerado por muitos como o melhor da franquia.

Fun fact: o ator que deu a voz a Cortex é também a voz de Mr. Krabs de “Spongebob Squarepants”

O jogo retoma precisamente no fim de “Crash Bandicoot 1”, no qual vemos o Dr. Neo Cortex a cair supostamente para a morte. Contudo, o antagonista aterra numa misteriosa caverna cheia de cristais. Um ano depois Cortex não só se apercebeu do potencial dos cristais, mas também que precisa de mais 25 para dominar o mundo. Sem aliados para o ajudar nessa missão, o doutor resolve procurar um aliado diferente.

Quem não confiaria logo nesta carinha laroca?

Então Cortex rapta Crash Bandicoot e convence-o a coleccionar todos os 25 cristais de modo a que ambos “salvem o mundo”. Irá Crash salvar o dia, ou condenar o mundo devido à sua confiança cega no seu inimigo?

Gameplay

Em essência, o gameplay do jogo continua o mesmo que no primeiro título, mas sem dúvida com vários aspetos bastante melhorados. Há vários momentos no jogo em que a câmara se posiciona de lado, ao invés de ser sempre atrás do Crash. Mantêm-se na mesma os níveis nos quais a personagem corre na direcção da câmara em fuga.

Só que agora, em vez de seguir um percurso linear, nível a nível, o jogador pode escolher livremente em que níveis quer entrar a partir de uma sala (Warp Room)Cada Warp Room tem cinco níveis e após o Crash ter coleccionado os cinco cristais de cada uma, poderá avançar para a próxima, passando por uma boss fight primeiro.

O Crash agora tem algumas novas habilidades: deslizar (carregando no botão R1 com a personagem em movimento) de modo a acertar em certos inimigos, rastejar (segurando o botão R1 e movendo a personagem), um body slam (botão X e depois R1 no topo do salto) que poderá esmagar inimigos e algumas caixas, assim como um salto mais alto (X e R1 ou X e O) que, curiosamente, só descobri há pouco tempo.

Este foi o jogo que me ensinou o quão perigosa é a Nitroglicerina.

Os obstáculos e inimigos mantêm uma lógica parecida com a do primeiro jogo. No entanto, um obstáculo que é bastante mais perigoso que uma caixa de TNT, é uma caixa de Nitroglicerina. Um toquezinho numa destas caixas é o suficiente para mandar o Crash para o céu (literalmente).

Existem ainda dois tipos de níveis que permitirão ao jogador explorar outras mecânicas de jogo. Um será referido nos Prós e outro nos Contras.

Os “Pros”

Analog stick: é só a melhor coisa que podiam inserir num comando da PlayStation!

Bendito analógico! E benditos controlos deste jogo! Não só o analógico surgiu para facilitar a vida a muitos jogadores, mas também o Crash é muito mais fluído de se controlar. O “peso” dos controlos de que tanto me queixei face ao primeiro título desapareceu praticamente. Agora o Crash tem um tempo de reação muito mais rápido, bem como uma variedade maior de ataques.

Além disso, agora o jogo pode ser guardado nas Warp Rooms, o que sem dúvida é uma melhoria em relação ao primeiro, no qual só existiam duas opções. Ou o jogo era guardado após as zonas de bónus, ou o jogador teria de decorar passwords para aceder mais rápido a determinados níveis. Seja como for, este método é bastante mais cómodo, sem esquecer o facto de ser necessário um memory card.

“Maninho, a sério que confias tão facilmente em alguém que já te tentou matar?!”

Os gráficos? Mais “limpos” e sem dúvida mais coloridos e detalhados. Os cenários? Criativos como no primeiro jogo e desafiantes. As personagens? Também mais detalhadas e agora com maior expressão facial (isso nota-se especialmente durante as cutscenes).

Errrr… Que raio estás a pensar fazer a esse urso?!

Um dos tipos níveis que sem dúvida joguei mais que uma vez pela diversão são aqueles em que controlas um ursinho polar. Essas partes são rápidas e cheias de adrenalina o que definitivamente é um treino às reacções do jogador. É divertido controlar esta personagem e ainda mais excitante controlar esta personagem durante uma perseguição. Vejam o vídeo abaixo para verem de que falo (especificamente, aos 3 minutos e 47 segundos)!

Caso tenham visto o vídeo todo, certamente aperceberam-se que há alguns segredos no jogo. Alguns mais bem escondidos que outros. Uns disfarçados de ratoeiras, outros com pistas subtis. Há segredos que te levam até outros níveis e outros a jóias que uma pessoa nunca pensa encontrar. Atualmente com a Internet esses segredos sabem-se facilmente, mas, na altura, isto era desafiante para quem quisesse encontrar soluções sem walkthrough.

Os “Cons”

Quem te mandou esqueceres-te dos patins?!

No que toca a gameplay, há dois níveis em particular que são horríveis de controlar. Quando eu disse que existia maior fluidez nos controlos, estava a falar a sério. Mas essa facilidade funciona contra o jogador nos níveis com neve… especialmente se houver gelo! Cuidadinho extra nessas partes porque o Crash mexe-se de uma forma descontrolada nessas partes e se existirem precipícios preparem-se para se lembrarem dos controlos do primeiro jogo.

Só na abertura do jogo é que esta ideia parece porreira!

Mas pior que os controlos em níveis com gelo, só mesmo os controlos com o jetpack. Não só são confusos, mas o facto de serem demasiado fluidos, mais uma vez, obriga a um cuidado extra. Aquilo que poderia ser um nível em que o Crash estivesse sempre em movimento obriga a que o jogador esteja constantemente a parar e a mexer-se lentamente ao evitar obstáculos. Definitivamente foi dos níveis mais aborrecidos de todo o jogo.

Os bosses continuam a ser um dos piores aspetos. À exceção do penúltimo boss, N. Gin (esse sim, deu luta!), mais nenhum destes confrontos se destaca. Com Ripper Roo e os Komodo Brothers o jogador pode estar quieto na maior parte do tempo e acertar nos antagonistas na altura certa. Com Tiny a única coisa a fazer é enganá-lo para que ele caia. Mas o pior de todos é sem dúvida o boss final.

É como brincar às caçadinhas no espaço… UGH!

Não só jogamos com o jetpack e os seus controlos infernais, mas também mal temos um confronto com o próprio Neo Cortex. A única coisa a fazer é persegui-lo e acertar-lhe três vezes antes que ele fuja. Só isso! Ele não ataca e o único constrangimento é evitar os obstáculos no caminho aliado à lentidão que descrevi sobre o jetpack.

Quando eu penso num final boss eu imagino uma luta na qual eu tenha que colocar em prática as minhas habilidades que tenho vindo a ganhar ao longo de um jogo. Aqui dá a ideia de que o “grande inimigo” do Crash é afinal um cobarde que não é tão intimidante como parecia. Uma verdadeira decepção ao terminar o jogo!

Por último, esta lista de aspetos negativos não ficaria completa sem o vídeo promocional que mostra o Crash… a falar?! É apenas um exemplo sobre como certas personagens ficam melhor caladinhas e/ou mudas.

Consenso

Original (1997, à esquerda) e Remake (2017, à direita)

Sem dúvida que Crash Bandicoot 2 foi um “refresh” em relação ao primeiro jogo. Melhorou muitos dos seus aspetos, criando uma experiência mais divertida, dinâmica e definitivamente mais cómoda para o jogador.

Experimentou novos estilos de nível, embora uns tenham sido melhores que outros. Os bosses continuam a deixar a desejar e o desfecho é capaz de ser dos piores que já vi num jogo de aventura. Ainda assim, consegue entreter uma pessoa durante horas, especialmente se o objetivo for o de chegar a todos os segredos escondidos.

“Crash Bandicoot 2 – Cortex Strikes Back” sem dúvida foi uma grande melhoria, mantendo os elementos que tornaram “Crash Bandicoot” único e ao mesmo tempo explorando outras possibilidades. Sem dúvida um jogo que envelheceu bem e que continuará a entreter gamers atuais por vários anos.

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