Presidente do Belenenses em declarações à Bola Branca, não poupou nas palavras e criticas às eventuais ausências de jogadores no confronto, do próximo sábado, com o Benfica. Tal como sucedeu na primeira volta, na Luz. “É a política dos eucaliptos”, atira Patrick Morais de Carvalho, em entrevista ao programa da Rádio Renascença.
Manipulação da verdade desportiva. É deste modo que o presidente do Clube de Futebol “Os Belenenses” classifica as ausências previstas de vários jogadores azuis com ligação ‘directa’ ou ‘indirecta’ ao Benfica, o adversário de sábado, no Restelo, para a 29.ª jornada da Primeira Liga.
Já na primeira volta, no Estádio da Luz, Miguel Rosa e Deyverson (emprestado aos alemães do Colónia no mercado de Janeiro) não jogaram. Agora, também Dálcio e Pelé – apontados como reforços das águias para a nova época – podem ficar impedidos de utilização. O mesmo sucede com Rui Fonte, cedido pelo Benfica ao Belenenses.
Patrick Morais de Carvalho, em entrevista a Bola Branca, considera tratar-se de “uma política dos eucaliptos”.
“É uma política em que Benfica, Porto e Sporting têm 50, 60, 70 atletas com vínculo profissional e os distribuem pelos clubes e manipulam a verdade desportiva e a integridade das competições. É preciso por o dedo na ferida e encontrar soluções que podem passar por ‘numerus clausus’. Se só puderem inscrever 30 atletas esta questão já não se coloca. É preciso que esta situação seja regulamentada. Mas isto não é exclusivo do Benfica, é um mal do futebol português e sério”, afirma o líder do emblema da Cruz de Cristo.
Morais de Carvalho recorda que o clube não tem poder de decisão no futebol profissional, cuja SAD – liderada por Rui Pedro Soares – é controlada por um investidor com maioria. O presidente do clube insiste, contudo, que deve “haver reflexão de todos os agentes”, sobre uma situação que classifica de “gritante, que fere gravemente a verdade desportiva”.
“O orgulho do Belenenses, por ser um clube também grande, fica ferido”, reforça.
Ainda assim, o presidente do Belenenses espera que no sábado haja “dignidade” dos jogadores, numa final para ambos os conjuntos.