Ori and The Blind Forest foi um dos melhores jogos independentes disponíveis para a Xbox One e PC em 2015 e também, mais recentemente, na Nintendo Switch. Agora chega-nos Ori and the Will of the Wisps, publicado pela Xbox Game Studios. Conheça aqui a nossa opinião sobre o jogo que chegou à XBOX One, PC e Xbox Game Pass.
Assim que começamos o jogo, relembramos os cenários sombrios e também o seu personagem central: “Ori”. E facilmente também relembramos o porquê de termos gostado tanto do anterior! Se és fã do jogo original, vais adorar o que esta sequela tem para te oferecer.
Ori and the Will of the Wisps é um dos jogos visualmente mais agradáveis da Xbox One, devido ao seu adorável estilo artístico e uso de cores, ou os efeitos subtis da névoa, da chuva e do vento que são renderizados lindamente, tudo é muito agradável ao olho e também ao ouvido… porque Ori and the Will of the Wisps traz consigo uma das melhores bandas sonoras já apresentadas num videojogo! A música combina perfeitamente com as cenas exibidas no ecrã. É um emparelhamento magistral, bastante emocional e tocante. E estes são apenas alguns dos sinónimos do som que temos em Ori and the Will of the Wisps.
Ori é um pequeno espírito que, apesar de pequeno, não é estranho ao perigo e adversidades. Neste jogo começamos em casa, com a nossa família improvável, que é composta por Ori, Naru e Gumo, todos estes personagens do título anterior. Além disso, agora tens o mais recente membro da família: o Ku. Ku é filho de Kuro, que era a coruja gigante do primeiro título, que era, nem mais nem menos, do que o boss do jogo. Acontece que Kuro apenas tentava proteger a sua família e neste caso Ku era a sua cria. Ku nasce com um problema numa asa e não consegue voar, acabando por ser curada exactamente com uma das penas da sua mãe. Quando finalmente consegue voar, Ku e Ori fazem um voo fatídico que, por causa de uma tempestade, acabam separados na terra destruída de Niwen. O objectivo do jogo é voltar a reunir a família e, para isso, vamos investigar a terra, descobrir os seus segredos e encontrar o verdadeiro destino de Ori. O design do mundo é esplêndido e parece orgânico. Cada momento em Ori transmite uma sensação de admiração… tudo está cheio de pormenor, cheio de vida ou de morte, dependendo do ponto de vista.
Tal como o anterior, Ori tem controlos bem simples, que respondem com uma precisão acima da média e gradualmente vais encontrando diversos obstáculos para superar. No início, tens habilidades muito limitadas (não manténs as que tinhas quando acabaste o jogo anterior), mas, gradualmente, adquires novos talentos e, assim, vais fazendo um upgrade nas tuas capacidades. Essas novas habilidades abrem novos caminhos de exploração, dando acesso a outra áreas. Espalhados pelo mapa, vais encontrar vários bónus escondidos e vais ter de regressar várias vezes ao mesmo sítio, isto se quiseres fazer aquele 100%, que te torna um jogador de Ori oficial.
Os jogadores vão resolvendo quebra-cabeças durante todo o jogo, que desbloqueiam novas zonas a explorar. No cenário, tudo está bastante bem detalhado e vais encontrar uma diversidade gigante de locais, sem nunca perder a noção que estás no mesmo universo… conseguiram criar novamente um mundo maravilhoso para explorar!
Uma grande diferença do Ori anterior é que, neste, vais encontrar vários NPC’s, que vão servir para te dar missões secundárias, ou para te contar a história e te guiar na tua aventura. Também é a eles que recorres para comprar partes do mapa do jogo e que também servem para aumentar os teus poderes. Outra situação incrível é uma espécie de safezone, onde vais encontrar um NPC que te vai desbloquear passagens, cortando as silvas que tapam certos locais.
Depois, nas árvores da luz ganhas as capacidade principais do jogo, que te permitem executar uma série de habilidades acrobáticas para alcançar áreas do jogo, que, à primeira vista, não estavam disponíveis. O jogador passa por muitas tentativas/erros e, muitas vezes, percebes que te falta alguma coisa, porque estás constantemente a morrer no mesmo sítio.
Felizmente, uma das alterações do jogo é que, além de usar o sistema de checkpoint/save do anterior, agora também tens os autosaves que te permitem parar de jogar sem teres de correr meio mapa para ires até ao sítio de gravar o jogo, sítios estes que além de gravar, também servem para recuperar os teus pontos de vida e de magia. Uma situação que tem de ser melhorada é o respawn quando morres. Às vezes, renasces muito atrás no jogo e tens de passar zonas que já passaste. Mais ainda, se morreres no mesmo local algumas vezes, pois nasces sempre em sítios diferentes…
O mundo do jogo está maior do que em Ori and the Blind Forest e tem muito mais para oferecer. Entre corridas que podes fazer com outros jogadores que jogam o jogo, entrando numa espécie de ranking geral; há também uma boa quantidade de situações de combate contra mini bosses, ou mesmo uma situação nova, que são as zonas de inimigos, onde podes activar uma espécie de fonte, que vão fazendo inimigos nascer ao pé de ti e que quando os matas a todos, recebes uma recompensa!
Ori utiliza um meio de ataque simples, mas poderoso. Tal como antes tínhamos a chama, agora temos três ataques (ou poderes) que vais poder usar durante o jogo. Neste caso, ficam nas teclas Y, X e B do teu comando da Xbox. Os poderes podem ir desde ataques a power ups, como por exemplo, recuperação de energia. A chama neste jogo está presente, mas dei por mim a usar bastante pouco, usando mais uma espécie de espada que, para mim, é a principal manobra ofensiva de Ori para derrotar os inimigos.
Se o jogo original foi lançado com apenas uma dificuldade, neste já temos várias à escolha, puxando um pouco o que foi apresentado na versão definitiva do primeiro. Aqueles que querem apreciar a história e o cenário, são aconselhados pelo jogo a selecionar “Fácil” ou “Normal”. No entanto, se concluíste o jogo original sem problemas, tenta jogar no modo “Difícil”.
Eu simplesmente adorei Ori and the Will of the Wisps. Apesar de não terem inventado a roda com a sequela, alteraram o suficiente para ser novo e diferente e essa foi a aposta certa. Este é o jogo que os fãs queriam. Pegaram em tudo o que tinham feito de bem no primeiro e fizeram-no de uma forma majestosa! Não digo que é melhor que o primeiro, mas posso dizer que está exactamente ao mesmo nível. Encontrei alguns bugs no jogo, mas deve-se ao facto de ter jogado o jogo antes do seu lançamento, além de que, claramente, são situações de certa forma insignificantes e que vão ser tratadas antes do seu lançamento.
Esta é uma das melhores experiências na Xbox One e um dos lançamentos do ano, sem sombra de dúvida.