Diogo Piçarra actuou esta sexta-feira no Coliseu do Porto, para o primeiro de dois espetáculos nos Coliseus. O cantor esgotou facilmente a sala de espetáculos da Invicta enquanto proporcionou uma noite recheada de boa música, bom ambiente e muitos convidados.
Ainda faltavam duas horas para se dar início ao concerto, quando se começaram a avistar as primeiras fãs de Diogo Piçarra a chegarem ao Coliseu. A uma hora do início do espetáculo a fila ao longo da Rua Passos de Manuel já se perdia de vista, tanto para cima como para baixo. Ninguém quis perder a grande estreia do cantor num dos maiores palcos da cidade do Porto.
Piçarra subiu ao palco alguns minutos depois da hora marcada e presenteou os fãs com um pequeno vídeo de introdução, onde podíamos ver algumas imagens do seu percurso. No fim do vídeo entrou em cena e abriu o espetáculo com o tema “Do=s“, que é a música que dá o nome ao seu mais recente álbum, lançado em Março deste ano. Logo nos primeiros segundos, deu para perceber que Diogo não estava sozinho a cantar e isso foi visível ao longo de todo o concerto, não houve uma única música que o público não soubesse de cor e não o ajudasse a cantar, havendo um coro bem afinado durante toda a noite.
De seguida, “Já Não Falamos” e “Erro” deram continuidade ao concerto e Diogo, contava já com dois bailarinos em palco a fazerem-lhe companhia. Seguiu-se “Caminho” e foi o momento de chamar o primeiro convidado da noite ao palco. Valas juntou-se a Piçarra e em conjunto entoaram o tema “Ponto de Partida” encantando ainda mais a plateia que os ouvia.
O momento seguinte foi de homenagem, com o tema “90“, dedicado ao seu irmão e à importância da família. “Só Existo Contigo” foi o momento de agradecimento, “eu só existo convosco. Nada disto existia sem o vosso carinho. Eu sei disso” disse Piçarra à plateia que o aplaudiu entusiasticamente.
Mal se começa a ouvir “Meu é Teu” a plateia começa a vibrar e a cantar imediatamente, deixando Piçarra comovido e sem palavras, dizendo “Porto, não vale fazer chorar” e deixou o público cantar a letra antes de ele o começar a fazer. Este é um típico momento dos concertos na Invicta, o público portuense tem um dom de emocionar todos os artistas que passam por cá, sendo impossível deixar alguém indiferente.
A segunda convidada da noite, April Ivy, entra em palco para cantar “Não Sou Eu” em conjunto com Diogo, fazendo uma passagem energética pelo palco. Diogo decide interpretar algumas músicas de “Espelho“, como “Breve“, “Sopro” e “Verdadeiro“, fazendo o deleite das fãs, que deliravam ao som de cada música.
A dupla AnaVitória surge em palco depois de Piçarra perguntar à plateia “vamos mostrar como se recebem pessoas aqui em Portugal?“. Ouvimos “Trevo“, uma música muito especial e que contou com imensos trevos de papel a voar, assim como imensas mensagens no ar como “és o nosso trevo da sorte” ou “és o nosso trevo de quatro folhas”. Foi um dos momentos mais relaxados da noite.
Seguiu-se uma música que dispensa apresentações, “História“, que mais uma vez levou a plateia ao delírio, principalmente quando o cantor agradeceu ao público dizendo “obrigada por fazerem parte da minha história“.
Momento de pausa, com Piçarra a mostrar-nos os seus dotes na bateria enquanto toca “Shape of You” de Ed Sheeran e ainda “Mi Gente” de J Balvin. Logo depois ouvimos “200” e “Wall of Love” e Piçarra sai de palco por alguns momentos, enquanto isso é montado um piano no palco e o cantor volta e protagoniza “Margem” e “Longe“. Numa bonita homenagem, toca “Numb” dos Linkin Park e ouvem-se inúmeros suspiros na plateia.
Chega então a altura de chamar outro convidado, Jimmy P. que canta “Entre as Estrelas” e juntos espalham um pouco de magia pelo Coliseu. A música seguinte foi “Volta” e sabíamos que o concerto estava quase no fim. Piçarra acrescentou que “eu não ficava aqui a noite toda. Ficava a vida inteira“.
A noite terminou com outros dois temas tão emblemáticos e tão esperados do cantor, “Tu e Eu” e “Dialeto” e ainda com uma chuva de confetis prateados, tornando o encerramento o culminar perfeito para uma noite tão especial, tanto para o cantor como para todos os que presenciaram o concerto.
Ao som de “Can’t Help Falling In Love” de Elvis Presley, Piçarra chamou ao palco todos os artistas que o acompanharam durante o concerto e agradeceu ao público portuense mais uma vez “esta noite foi mágica. Muito obrigada“.
O próximo concerto do cantor é no Coliseu de Lisboa, o último da tour “Diogo Piçarra ao vivo nos Coliseus“. Com ele, leva na memória o encanto e o carinho que o público portuense lhe deu, no seu primeiro grande concerto a solo no Coliseu. Ao mesmo tempo prepara-se para um novo concerto, num coliseu também esgotado, já no dia 3 de Novembro.