Miguel Rosa, o número 7 do Restelo e um dos capitães do Belenenses, falou à SAD esta quinta-feira. No discurso de Miguel Rosa, foi possível constatar que o médio português está bem no clube onde quer continuar a evoluir.
Em relação à sua ligação ao clube, Miguel foi muito peremptório ao agradecer a oportunidade e a dizer que já se sente em casa.
““Sinto que aqui estou em casa” ou “É um passo em frente na minha carreira” foram expressões que utilizaste quando te transferiste em definitivo para o Belenenses no início da época 2013/2014. Hoje ainda sentes o mesmo?
– Ė verdade, no Belenenses sinto-me em casa. Sinto-me acarinhado pelos adeptos e por toda a estrutura da SAD. Receberam-me de braços abertos e sempre fui bem tratado, por isso só tenho de agradecer a todos por todo o apoio demonstrado.
É o clube certo para continuares a tua carreira?
– Sim, estou onde quero e só posso prometer mais trabalho para que continuem a gostar de mim. Estou muito bem no Belenenses e sinto que é o clube ideal para continuar a evoluir.
Como é representar o Belenenses?
– É uma grande honra. É um histórico do futebol português e tenho muito orgulho em vestir esta camisola. Além disso, quero continuar a conquistar coisas bonitas pelo clube, porque sou ambicioso e quero ainda mais. Tanto eu como os meus colegas vamos fazer de tudo para continuar a dignificar o nome do Belenenses.
Depois de teres jogado duas épocas no Belenenses por empréstimo, em 2010/11 e 2011/12, a vinda em definitivo para o Restelo foi a melhor decisão?
– Sem dúvida. Na altura jogava na Segunda Liga pelo Benfica B e estava a fazer uma grande temporada, até fui considerado Melhor Jogador nesse ano, mas queria dar o salto. Como já tinha estado no Belenenses, conhecia as pessoas e tinha muito boas recordações. Essa transição foi muito importante..
Como foi a estreia pelo Belenenses na Primeira Liga?
– Na altura, senti que tinha valor para estar há mais tempo nesse patamar, por isso não tive dificuldades em adaptar-me. Apesar de se tratar de um futebol mais rápido, já vinha preparado.
Esta é a quinta época no Restelo, a terceira consecutiva, já te sentes um símbolo do clube?
– Posso dizer que sim. Sinto que olham para mim com admiração e respeito. Já são alguns anos, mas estou feliz e com desejo de continuar a triunfar. Faço parte deste projeto e assim quero continuar. Resta-me dar o máximo em cada treino e em cada jogo.”
O resumo da época em termos pessoais e de equipa também foi feito. O número 7 do Belenenses afirmou ter vivido um dos seus melhores momentos da carreira com a Liga Europa, mas também apontou a lesão que o tirou à competição durante três meses como um dos piores momentos.
“No início da época tiveste uma lesão que te deixou três meses afastado dos relvados. Como descreves a temporada em termos pessoais?
– Comecei muito bem, a jogar e a fazer golos, mas depois tive uma lesão grave. Foram três meses longos e muito duros, parecia que o tempo não passava. Ficava mais nervoso na bancada a ver os jogos do que no relvado… Balanço? Dou um ‘razoável’ porque, apesar da lesão, penso que poderia ter feito mais.
A lesão coincidiu com a entrada do treinador Julio Velázquez, foi algo que também não te ajudou?
– Sim, quando chegou estava lesionado, o que me condicionou bastante. Parti um pouco atrás dos meus companheiros, mas na próxima época vou-lhe demonstrar todo o meu valor e chegar ao nível a que habituei os adeptos.
No entanto, antes ainda conseguiste ajudar a equipa no apuramento para a fase de grupos da Liga Europa…
– Sim, foi fantástico e uma alegria enorme. Foi a primeira vez que joguei numa competição europeia, onde defrontámos grandes adversários com uma intensidade de jogo brutal. Foi muito gratificante para os jogadores e para o clube. Serviu como aprendizagem para o futuro.
Devido à Liga Europa, o Belenenses foi a primeira equipa na Liga a iniciar os trabalhos de pré-época. Sentes que foi prejudicial nas competições internas?
– Foi difícil, porque jogávamos sempre à quinta e ao domingo. O cansaço que se ia acumulando prejudicou um pouco a equipa, mas somos profissionais e temos de estar preparados para jogar de três em três dias.
“QUEREMOS VENCER OS TRÊS JOGOS QUE FALTAM”
Depois da derrota com o Boavista, que Belenenses podemos esperar na receção ao Paços de Ferreira?
– Como fazemos em todos os jogos, vamos tentar ser competitivos e dar o máximo para conquistar os três pontos.
Apesar da época já estar quase a acabar, os adeptos podem contar com empenho e dedicação até final?
– Vamos lutar até ao fim e tentar vencer os três jogos que faltam, porque queremos subir na tabela e alcançar a melhor classificação possível. Por isso, peço aos adeptos que compareçam no Restelo para apoiar a equipa. É muito importante para os jogadores sentir que os adeptos estão do nosso lado.
Por fim, algumas curiosidades:
– Melhor momento da carreira? Quando fui internacional pelos escalões jovens de Portugal, quando fui considerado melhor jogador da Segunda Liga por três vezes consecutivas (duas no Belenenses e uma no Benfica B) e jogar na Liga Europa
– Pior momento? As lesões.
– Jogadores de eleição? Lionel Messi e Ronaldo “Fenómeno”
– Jogador mais difícil de defrontar? Danilo (FC Porto) e Maxi Pereira (Benfica)
– Número 7? Sempre me identifiquei com o número desde os escalões de formação.
– Alcunha? Rosa.
– Superstições / Rituais? Entrar sempre com o pé direito.
– Se não fosses futebolista? Nunca pensei nisso. Desde pequeno que sempre quis ser futebolista.
– Sonho? Representar a Seleção A.