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Marvel’s Spider-Man – Entrevista com Jon Paquette, argumentista do jogo

Marvel’s Spider-Man – Entrevista com Jon Paquette, argumentista do jogo

A CA Notícias esteve à conversa com o argumentista Jon Paquette do muito aguardado título “Marvel’s Spider-Man” para a Playstation 4. Saiba mais sobre a história e o desenvolvimento deste novo videojogo sobre o Homem-Aranha.

No evento de apresentação de “Marvel’s Spider-Man” realizado ontem em Lisboa, foi-nos possível experimentar em primeira mão o novo jogo da Insomniac Games, e exclusivo da PS4. Saímos de lá com esperanças reforçadas e com uma conversa interessante com Jon Paquette, homem responsável pela narrativa do novo jogo e que já tinha tido essa tarefa em títulos como “Sunset Overdrive” ou “Resistance 3”.

Antevisão – Marvel’s Spider-Man

CA Notícias (CA) – Qual foi a dificuldade em criar uma história original para uma personagem tão adorada como o Spider-Man?

Jon Paquette (JA) – Foi assustador ao início! Eu sou um grande fã da personagem e sabia da responsabilidade que tínhamos em mãos ao criarmos uma nova história. Mas com o tempo fomos relaxando e acreditando que o conseguíamos fazer. Desde que nos apliquemos com afinco, tudo acaba por correr bem e os fãs vão apreciar o que fizemos, foi assim que pensámos.

CA – Peter Parker, neste jogo, tem 23 anos, acabado de sair da faculdade e a trabalhar como cientista. Quais os motivos que vos levaram a escolher esta “versão” da vida de Peter Parker e não a do habitual Peter Parker adolescente e a frequentar o liceu?

JA – Nós queríamos fazer algo diferente e achámos que esta parte da sua vida ainda não foi explorada devidamente. Para além disso, a nossa equipa identifica-se bastante com a vida aos 20’s anos, em que achamos que conseguimos fazer tudo sozinho e mudar o mundo sem ajuda exterior. Como desenvolvedores, à medida que o tempo passa, percebemos que isso é muito difícil e que toda a ajuda é bem-vinda. Portanto achámos interessante explorar este momento na vida de Peter Parker, em que vai ter de aprender a ter ajuda e que não é capaz de mudar o mundo sozinho.

CA – Como foi trabalhar com a Marvel? Eles delinearam algum rumo prévio para o jogo?

JA – Nós queríamos o jogo afastado do Universo Cinematográfico e a Marvel também. Nós sabemos que o público de cinema, o público dos videojogos e o público dos comics nem sempre vêem, jogam ou lêem as mesmas obras. Por isso, queríamos criar um universo que fosse específico para os videojogos. Apresentámos essa ideia à Marvel, e eles concordaram completamente com isso. Uma vez que o cinema, os comics e os videojogos são meios diferentes, fez-nos todo o sentido fazer algo específico para o meio dos videojogos.

CA – O universo do Spider-Man é bastante extenso. Como foi o processo para a escolha das personagens a incluir em “Marvel’s Spider-Man”?

JA – Tivemos várias reuniões, em que tínhamos muitos nomes para discutir se os iríamos adicionar no jogo ou não. Falámos por exemplo do Grizzly, “até é fixe, mas se calhar não”. Para decidirmos quem incluir tivemos de pensar primeiro como é que cada personagem funcionaria, em termos de jogabilidade, no jogo. Rhino é menos complexo de implementar no jogo do que o Scorpion, por exemplo. E foi com essas ideias em mente que fomos completando o nosso elenco de personagens no jogo.

CA – Depois do tom mais negro e pesado do último filme dos Vingadores, acredita que este jogo possa funcionar como um regresso à diversão para os fãs do Spider-Man?

JA – Algo que a Marvel faz muito bem nos seus filmes é balancear bem o humor e o drama da narrativa. Esperamos conseguir atingir o nosso objectivo, que é trazer alegria e diversão aos jogadores, mas também queremos contar uma boa história, e uma boa história tem de ter drama, tem de incluir sacrifícios por parte das personagens, sendo que isso até é uma característica habitual nas melhores histórias do Spider-Man. Mas podemos garantir que existem muitos momentos leves e divertidos no jogo, não é só tristeza (risos).

CA – Os fãs dos jogos anteriores da Insomniac Games (Ratchet & Clank, Sunset Overdrive ou Resistance) irão-se sentir em casa com este título?

JA – Espero que sim, e que reconheçam logo os nossos “toques” no jogo. Por exemplo, a roda das armas (presente na saga Ratchet & Clank) só surgiu muito tarde no desenvolvimento e porque pensávamos que este jogo tinha de ser diferente dos anteriores que produzimos. Mas depois decidímos que isso não teria de ser exactamente assim. Se isto é um jogo da Insomniac, então temos de ter a roda das armas (risos).

CA – Acreditam que este jogo possa ser uma peça fundamental neste “renascimento” cultural da personagem, que começou no ano passado com o lançamento do filme “Spider-Man: Homecoming”?

JA – Queremos que o jogo seja isso e que traga novos fãs para este universo, pessoas que não estão tão interessadas nos filmes e nos comics, por exemplo. Esperamos que o jogo seja bem sucedido e que os jogadores gostem do que fizemos!

Spider-Man já chegou a Gold. Lançamento para PS4 a 7 Setembro

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