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Antevisão – Marvel’s Spider-Man

Antevisão – Marvel’s Spider-Man

Corria a E3 2016, mais concretamente na conferência da Sony, quando a indústria de videojogos foi completamente apanhada de surpresa com o anúncio de Marvel’s Spider-Man, um novo videojogo do aranhiço em exclusivo para a PlayStation 4 e cujo desenvolvimento estava ao encargo da Insomniac Games.

O terraço do LACS foi o cenário escolhido para apresentação de Marvel’s Spider-Man.

Volvidos dois anos, estamos prestes a receber aquele que será mais um título de peso para a máquina actual da companhia nipónica, num ano em que a mesma já recebeu outros exclusivos de sucesso, como Detroit: Become Human e, principalmente, God of War.
Aliás, foi dessa forma que João Lopes, PR Manager da PlayStation Portugal, deu inicio ao evento de apresentação de Marvel’s Spider-Man, onde a CA Notícias teve a oportunidade de marcar presença, destacando a importância estratégica que este lançamento tem para a Sony.

Jon Paquette, lead writer de Marvel’s Spider-Man.

Em representação da Insomniac Games, esteve presente no Lisbon Art Center & Studios (LACS), local escolhido para a realização do evento, Jon Paquette, responsável máximo da escrita em Marvel’s Spider-Man.
Na sua apresentação, Jon Paquette contextualizou a próxima aventura do cabeça de teia, mencionando as reuniões iniciais da Insomniac Games com os responsáveis máximos da Marvel, onde ambas as partes concordaram, tal como a grande maioria dos fãs que acompanham a banda desenhada, que as melhores histórias da personagem são aquelas em que o mundo de Peter Parker colide com o mundo do seu alter ego. Dessas reuniões resultou também uma maior liberdade criativa para a Insomniac Games, permitindo que a história de Marvel’s Spider-Man seja totalmente original e não a adaptação de uma banda desenhada ou filme já existente, o que exigiu que o estúdio corresse alguns riscos.

É com base nestes alicerces que a narrativa de Marvel’s Spider-Man evolui, optando, e bem, por deixar de fora a história da origem da personagem, apresentando um Peter Parker mais adulto, que já veste os collants de super-herói há oito anos, e que, após se graduar, trabalha como cientista num laboratório, sendo este um dos muitos pontos em que a Insomniac Games decidiu arriscar, já que abandona por completo a amplamente conhecida versão de Peter como fotógrafo do Daily Bugle.
Segundo o próprio Jon Paquette, a história de Peter Parker é assente na necessidade de encontrar um mentor na sua vida e também a procura de parceiros, recorrendo ao exemplo de Mary Jane, personagem que já foi anteriormente confirmada como jogável em alguns segmentos de Marvel’s Spider-Man, gerando estes dois aspectos a anteriormente referida colisão entre os dois mundos.

Naturalmente que nenhuma aventura do aranhiço estaria completa sem vilões e Marvel’s Spider-Man irá reuni-los em grande quantidade, com Mr. Negative a assumir o papel de vilão principal, que em conjunto com Electro, Rhino, Scorpion, Vulture e um outro ainda por revelar, formam o grupo Sinister Six, bem como Shocker e Wilson Fisk, mais conhecido por Kingpin. É precisamente com Spider-Man no encalce de Kingpin que ocorrem os primeiros minutos de jogo, vincando que o título não irá mostrar qualquer tipo de receio em apresentar caras conhecidas do universo desde bem cedo.

Logo após uma curta e divertida cinemática, fomos literalmente lançados para o meio de uma Nova Iorque fielmente representada, podendo desde logo aferir aquele que certamente será um dos maiores trunfos de Marvel’s Spider-Man; o “web swinging“.
Para qualquer produtora encarregue do desenvolvimento de um título assente em Spider-Man, o maior desafio é sempre a execução do sistema de navegação “em teias” da personagem, aspecto esse que a Insomniac Games aparenta ter executado na perfeição, uma vez que teve a capacidade de nos deixar com um sorriso de orelha a orelha desde o primeiro momento em que o testámos. O leque diverso de acções que o jogador pode executar para que o movimento seja constante, a sensação adequada de velocidade para cada um deles e para a qual o efeito de motion blur nos cantos do ecrã contribui bastante, aliado a controlos simples e eficazes, fazem com que Marvel’s Spider-Man conte com o mais fiel, imersivo e fluido “web swinging” até à data.

Após um longo período a navegar, sem rumo, pela cidade (a qualidade do sistema de navegação fez-nos esquecer que havia muito mais para testar), foi tempo de rumar ao primeiro objectivo e, por conseguinte, ter o primeiro contacto com o sistema de combate.
À semelhança de actuais títulos de acção-aventura, Marvel’s Spider-Man tem um sistema de combate freeflow, sistema esse que foi, curiosamente, popularizado no videojogo Batman: Arkham Asylum e respectivas sequelas, onde mistura o ataque corpo a corpo e a realização de counters/dodges (sim, o sentido-aranha dispara nestes momentos) com a utilização dos mais diversos gadgets, permitindo que o jogador possa “saltar” de inimigo em inimigo enquanto mantém a fluidez do seu combo. No entanto, como estamos perante uma personagem mais ágil do que o habitual, que está constantemente a saltar e a rodopiar durante o combate, o mesmo mostrou sinais de que requerer mais prática para ser totalmente dominado e, talvez por este motivo, também não tenha sido possivel ver nele uma maior fluidez.

Ambas as mecânicas são aplicadas na realização de missões principais e também em actividades secundárias, como é o caso dos crimes que ocorrem de forma aleatória pela cidade, que permitem o ganho de pontos de experiência, utilizados para progredir na “árvore” de habilidades e também outros pontos que servem para a criação dos diversos fatos alternativos presentes no jogo.

Para possibilitar que o jogador possa intervir directamente, em vez de apenas assistir, à colisão entre o mundo do Spider-Man com o mundo do Peter Parker, o jogador irá controlar este último em vários segmentos, nomeadamente nas tarefas do seu trabalho de cientista, através da resolução de puzzles.
No segmento em que controlámos Peter, o mesmo envolveu a realização de vários puzzles, originando uma quebra de ritmo demasiado significativa e com mecânicas pouco originais. É importante que na versão completa, Marvel’s Spider-Man consiga apresentar uma melhor e mais diversificada excecução destes momentos.

Em poucas horas é possível confirmar que Marvel’s Spider-Man promete ser a derradeira experiência de um videojogo do cabeça de teia, executando de forma exímia vários aspectos que se apresentaram negativamente em títulos anteriores, mas só através da sua versão final será possível compreender se o mesmo é um título razoável ou se consegue “saltar” para a excelência.

 

Marvel’s Spider-Man chega em exclusivo à PlayStation 4 no dia 7 de Setembro.

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