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Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Marvel’s Spider-Man 2 é a grande aposta da PlayStation para este final de ano e marca a continuação da história de Peter Parker e Miles Morales, desta vez com destaque para duas personagens muito queridas do universo aracnídeo: Venom e Kraven The Hunter.

Spider-Man e videojogos é uma combinação tão antiga quanto possível. O primeiro videojogo em que o nosso Friendly Neighborhood SpiderMan aparece foi um título homónimo lançado em 1982 para a Atari 2600, deduzindo-se assim que a personagem e o seu universo já foram retratados de várias formas e feitios, por vezes com grande qualidade (estou a olhar para ti, Spider-Man de 2000) outras nem tanto.

E foi nesta fase descendente que a relação do Spider-Man com este meio se encontrava antes da Insomniac pegar nas teias (foi mais forte que eu) e lançar dois jogos que não só cimentariam Spider-Man como a personagem de BD mais fielmente recriada nos videojogos como também a posição da Insomniac Games como um estúdio de grandes produções.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Com Marvel’s Spider-Man (2018) e Marvel’s Spider-Man Miles Morales (2020), a Insomniac criou as bases para um futuro muito risonho nesta simbiose (e ainda não estou a falar do Venom).

Marvel’s Spider-Man 2 é a continuação lógica dos eventos dos jogos anteriores, estando desde já estabelecido que dentro deste universo existem 2 humanos com super-poderes aracnídeos, ou seja, 2 Spider-Man equivale a Spider-Men em plural.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

O jogo situa-se 9 meses após os eventos de Miles Morales, e apresenta-nos ao início os Spider-Men em acção, para começar o jogo em grande. Após um confronto de grandes proporções, seguem-se algumas horas em que o jogo nos quer mostrar o conflito interno que tanto Peter como Miles têm de viver a sua vida pessoal e profissional afastada da vida de super-herói salvador.

As primeiras horas não me deixaram propriamente agradado com o caminho da história e a forma como ela era contada. Sabendo que tanto Kraven como Venom iriam ter papéis importantes na trama deste jogo, senti quando jogava que estávamos a passar demasiado tempo com temas “menores” (coloco menores em aspas, porque para os nossos Spider-Man tudo merece a mesma atenção, sejam vilões capazes de destruir a cidade por completo ou apanhar instrumentos musicais que foram roubados dum museu).

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Esse sentimento infelizmente foi confirmado com as horas seguintes, porque por muito que goste da dinâmica Peter, MJ e Harry, a verdade é que deverá ser difícil haver algum fã de Spider-Man que já não conheça por alto a essência ou biografia ficcional destas personagens, acabando por não ajudar ao empolgamento do jogador nas horas iniciais do jogo.

Enquanto a relação de amizade entre Peter e Harry vai florescendo (especial destaque para o momento que ambos partilham em bicicleta ao somo duma grande música dos Cage The Elephant), Miles sente-se um pouco desamparado na sua missão como Spider-Man. E é aí que o jogo se foca: o conflito gerado nas relações pela introdução do Harry nestas dinâmicas.

Enquanto isso Kraven e os seus Hunters vão se aproximando de Nova Iorque querendo disputar o jogo mais perigoso do mundo: a caça. Mas não uma caça tradicional de animais, mas sim de indivíduos com qualidades sobre-humanas.

Sem querer estragar a experiência, aponto que o jogo melhora, e muito, a partir do momento em que confrontamos Kraven. A história foca-se no essencial, e daí até final espera-nos um comboio de emoções impressionante e frenético.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

No final de contas gostei de como terminaram a história e a mensagem que quiseram transmitir com a narrativa, havendo um claro destaque na história dado ao Peter, deixando Miles um pouco para segundo plano, quase só dedicado a missões secundárias. Uma decisão que se compreende devido ao teor da história (relação entre Peter e Harry), mas sinto que poderia ter sido dado uma maior importância ao Miles. O mesmo podendo-se aplicar ao Kraven e, até ao Venom.

Falando da jogabilidade propriamente dita, podemos fazer tudo o que estávamos habituados, mas agora o leque de possibilidades aumentou exponencialmente devido aos gadgets, habilidades e algumas surpresas. O facto de podermos jogar com os dois Spider-Man no mesmo jogo mostra o quão diferentes ambos são no combate. Esperamos que num próximo título possamos trocar livremente de Spider-Man em missões principais, sendo que isso traria mais um motivo estratégico ao jogo. 

As missões em que controlamos MJ estão de volta, mas são um claro upgrade ao que vimos em 2018. Agora MJ ja é capaz de lutar devido a licões de defesa pessoal que teve durante este período de “ausência” desde o título original. Continuam a ser baseadas em stealth, mas já podemos enfrentar inimigos quando nos veêm, e servem como um bom balanço às missões com os Spider-Man. Também é possível controlar outras personagens nalgumas missões específicas, mas essas deixo para vocês descobrirem quais são.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Percorrer o mapa (que é superior aos anteriores) continua a ser dos motivos mais válidos para se pegar num comando e começar a jogar. O movimento, seja através do Web Swinging seja através das novas Web Wings, é prazeroso. A introdução das Web Wings aumenta a panóplia de hipóteses para percorrer a cidade e sinto que o movimento com essa variedade pode atingir velocidades ainda maiores que nos jogos anteriores. Para além disso também é possível fazer Fast-Travel para qualquer ponto no mapa de forma instantânea. Antes de pegar no jogo, quando soube desta mecânica fiquei relutante pois se andar de teia em teia pelos prédios é tão bom, porque é que haveria de ceder isso? A verdade é que, para quem como eu, quer completar o jogo a 100% este Fast-Travel é milagroso, e tecnologicamente é impressionante como é possível fazê-lo sem perder mais do que 2 segundos de animação.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Onde Marvel’s Spider-Man 2 evolui imensamente em relação ao original é nas missões secundárias. Enquanto que no jogo de 2018 chegava a ser entediante derrotar os grupos de inimigos pela milésima vez para impedir um crime, aqui as missões são mais diversas no seu design e nas que envolvem combate temos também uma maior diversidade de inimigos.

Para além disso, encontramos nalgumas missões secundárias motivações que poderão influenciar o futuro da série e momentos que são do mais emocionante que a Insomniac já produziu.

Apesar do que foi mencionado em cima, a cidade parece mais “vazia” de vida. É algo que adorávamos ver melhorado num futuro próximo.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Visualmente o jogo não desaponta em nada, em qualquer que seja o modo que pretendam jogar, seja preferindo um maior detalhe gráfico ou preferindo a performance do jogo. Tal pode ser devido à utilização de Ray-Tracing em todos os modos, algo que a Insomniac frisou antes do lançamento. No entanto, sinto que a direcção artística ficou um nível atrás do que foi feito em Miles Morales, com uma melhor utilização de luz, tornando vários momentos icónicos.

A banda-sonora volta a acompanhar-nos de forma imperial enquanto exploramos New York e as suas redondezas. Tal como com as OST’s dos jogos anteriores, John Paesano volta a acertar em cheio, e as suas produções elevam o jogo a outro patamar, dando carácter e personalidade característica a cada personagem.

Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Tecnologicamente o jogo corresponde aos níveis de produção que um jogo de grande orçamento deve ter, no entanto quero referir que encontrei mais bugs durante o meu período de jogo do que tinha encontrado nos outros dois jogos, que também tive a possibilidade de experimentar antes do lançamento dos mesmos. Nada capaz de fazer desligar a consola, mas que aconteceram em maior número do que desejaria, sendo que a maior parte me fez rir das situações em que aconteceram. Problemas esses que no entanto poderão (e acredito que irão) ser resolvidos em breve com patches.

Marvel’s Spider-Man 2 é exactamente o que esperávamos. Um título de altíssima qualidade em todas as vertentes que acaba por iterar positivamente em praticamente todas as características dos jogos anteriores. Oferece liberdade sem precedentes e é sobretudo um recreio de diversão garantido. Se são fãs da personagem e do universo, escusado será dizer que Marvel’s Spider-Man 2 é um jogo obrigatório.

 

Marvel's Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)
Marvel’s Spider-Man 2 – Análise Gaming (PlayStation 5)

Marvel's Spider-Man 2 é a grande aposta da PlayStation para este final de ano e marca a continuação da história de Peter Parker e Miles Morales, desta vez com destaque para duas personagens muito queridas do universo aracnídeo: Venom e Kraven The Hunter.

Product In-Stock: PreOrder

Avaliação do editor:
4.5

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