“Há jogadores que ficam aquém das expectativas e outros que as excedem, como é o caso dele. Quando o contratámos ao Benfica B sempre pensámos que ele poderia vir a ser útil na 1.ª Liga. Mas a este ponto não, pelo menos em tão pouco tempo”, afirma Jorge Simão, que trabalhou com o avançado no Belenenses quando o jogador chegou ao clube.
A capacidade finalizadora de Deyverson deve-se ao facto, segundo Simão, de o avançado “saber estar no sítio certo”. “Aparece muito bem na área, mas tem outras características que o identificam e que não são comuns em muitos avançados, pois pressiona muito os defesas, é móvel e cabeceia muito bem, o que lhe permite diversificar os movimentos”, considera o treinador, de 38 anos, que entende que o brasileiro “ainda pode melhorar muito nesse aspeto e, por isso, tornar-se um elemento mais perigoso”.
«Faz lembrar o Liedson»
Jorge Simão vê em Deyverson, com quem trabalhou no clube do Restelo, um clone de… Liedson. “Com as devidas distâncias”, faz questão de ressalvar, o técnico considera que as características do avançado brasileiro até se assemelham às do compatriota que se notabilizou pelo Sporting e que também jogou na Seleção portuguesa.
“Acho que são um pouco parecidos, muito sinceramente. O Liedson também fazia golos do nada, como o Deyverson, e pressionava muito os defesas na saída de bola do adversário. Além disso são jogadores que ‘caem’ nas alas, que é outra das coisas que eu penso que os une. O Deyverson é mais longilíneo, só isso, e não tem a reputação que o Liedson chegou a ter na altura”, considera o técnico do Mafra, equipa do Campeonato Nacional de Seniores.