O escalão de sub-23 é orientado por João Mirra e os treinos são no estádio nacional e foi esse o local escolhido para conversar um pouco com o agora treinador destes bravos atletas do nosso clube.
CA: Quais os principais objetivos para esta época?
JM: Muito mais importante que os objetivos para esta época é preparar os jogadores o mais possível para estarem preparados para entrarem na equipa sénior para não existir diferença na metodologia de treino nem de comunicação e para que seja uma entrada suave no escalão superior do râguebi do Belenenses. Nos objetivos da equipa em concreto é jogo a jogo porque não vamos marcar objetivos da temporada porque não sei que equipa é que vou ter jornada a jornada. Mas temos sempre o intuito de ganhar o jogo seguinte mas vamos trabalhar em conjunto com a equipe sénior.
CA: Vai ser um campeonato complicado, devido ás equipas que vão defrontar?
JM: O campeonato de sub-23 surgiu o ano passado. Há dois anos era de sub-21 e existem equipas que conseguem ter as duas equipas, os sub-23 e a equipe sénior, já bastante competitivas. Se na equipa de sub-23 só jogassem estes jogadores tinha uma equipa bastante homogénea mas como os séniores têm algumas lacunas tenho de dispensar alguns jogadores mas isso vai abrir portas a jogadores que não tinham possibilidade de jogar com tanta frequência.
CA: A vinda do João Sousa Uva para a coordenação dos escalões de formação, e treinador da equipa principal, tem sido uma mais-valia para o râguebi do Belenenses?
JM: O regresso do João Uva veio trazer uma maneira diferente de ver o râguebi a nível da formação. O trabalho que tem sido feito nos escalões mais jovens com mais técnica para ganharem regras e valores que são próprias da modalidade e que são focados na individualidade. Nos Sub-16 e sub-18 já começa a haver competição, ou seja, o foco já é no desenvolvimento técnico e tático.
CA: O facto de não existir um campo de jogar em “casa” exerce algum fator psicológico relativamente aos jogadores?
JM: Exerce porque ter um espaço próprio é como ter a sua própria identidade e dá a sua dinâmica ao clube e andar com a “casa às costas” é terrível. Este é um clube especial para o bom e é um clube especial para o mau mas temos que nos adaptar às dificuldades porque senão não estávamos neste clube. Eu falo por mim porque tenho uma ligação muito forte ao clube e vou continuar a adaptar-me á realidade, e essa é a mensagem que vou passar aos meus jogadores -que queremos estar dentro do clube- e uma grande percentagem dos rapazes que estão aqui sentem o clube e querem estar aqui.