Hoje, ao final da tarde, a SAD azul postou na sua página oficial de facebook as declarações do reforço, João Diogo, ex-capitão do Marítimo. Na curta entrevista levada a cabo pelo departamento de comunicação da SAD, o atleta madeirense falou do que o levou a ingressar no Belenenses, do seu 1 mês de cruz de cristo ao peito, do que espera para esta época e ainda acabou abordando tema do momento: os incêndios na sua terra natal, a Madeira.
“Foi o primeiro reforço confirmado para 2016/2017. Depois de 23 anos no Marítimo, João Diogo decidiu atravessar o oceano, trocando a “comodidade” da ilha da Madeira pelo “stress” do Continente e abraçar um novo desafio no Restelo. Confiante numa boa época e motivado para a estreia oficial com a camisola da cruz de Cristo, assume-se como um jogador “com muita raça” e que “deixa tudo em campo”, para além de querer retribuir em campo a confiança depositada.
Como tem sido este primeiro mês e meio no Belenenses?
– Tem sido muito bom. Fui muito bem recebido, os colegas mais antigos sabem integrar os mais novos da melhor maneira e, mesmo os que chegaram há menos tempo, já estão completamente integrados. Temos vindo a trabalhar forte e estamos preparados para começar bem a época.
Não tiveste, portanto, nenhuma dificuldade de adaptação?
– A adaptação foi rápida. Comparando com a Madeira, aqui as pessoas são mais stressadas no dia a dia, mas não tive qualquer problema. Já deu para ver que é um grande clube, onde as pessoas são simpáticas e trabalhadoras e isso é o mais importante.
O que te levou a assinar pelo Belenenses?
– Depois de 23 anos no Marítimo, queria mudar. No futuro, não queria terminar a carreira e ficar sem saber como teria sido se mudasse de clube. Por isso, queria algo diferente. Sentia-me cómodo no Marítimo, mas queria reacender novamente a minha chama. O interesse do Belenenses influenciou-me e não hesitei, porque sabia que vinha para um histórico do futebol português.
Era esse o teu desejo pessoal?
– As pessoas que falaram comigo, nomeadamente o presidente Rui Pedro Soares e o diretor desportivo José Luís, cativaram-me e ainda bem. Sinto-me muito feliz e, acima de tudo, motivado. O grupo é muito bom, os jogadores são trabalhadores e, por isso, acho que temos tudo para fazer uma boa época.
Quais são as tuas ambições para 2016/2017?
– Vou tentar jogar o maior número de jogos possível e ajudar a equipa a conquistar os objetivos. Vamos pensar sempre jogo a jogo, trabalhar durante a semana para que, em cada domingo, consigamos elevar ainda mais o nome do Belenenses.
Como te descreves? Quais são os teus pontos fortes?
– Sou um jogador que tem muita raça e que deixa tudo em campo. Acredito que sou uma mais-valia para o grupo e podem contar comigo. Sou mais um para ajudar e quero retribuir a vontade que demonstraram em contratar-me.
Quais são as tuas expectativas para a nova época?
– A equipa está forte, temos um bom plantel com dois bons jogadores para cada posição. Agora só depende de nós. Temos de estar unidos, porque é essencial para uma boa temporada. Por mais qualidade que haja no plantel, a união é fundamental. Estamos a formar um bom grupo, mas no final fazemos as contas.
A estreia na Liga está marcada para domingo, no Bonfim, frente ao Vitória de Setúbal. A equipa está ansiosa pelo apito inicial?
– O espirito da equipa é muito bom. Estamos confiantes e com ambição de vencer. Sabemos que é o primeiro jogo, contra uma equipa difícil e num campo sempre complicado. Mas queremos entrar a ganhar e vamos fazer de tudo para trazer os três pontos para o Restelo.
Como vês o plantel depois de seis semanas de preparação?
– Desde o início da pré-época até agora, o grupo está mais unido e nota-se uma evolução de todos nos processos de jogo. Acho que temos tudo para fazer um bom resultado em Setúbal. Aproveito esta oportunidade para lançar um apelo aos nossos adeptos para comparecerem no Bonfim, porque com o apoio deles é sempre mais fácil.
Como madeirense, os últimos acontecimentos também não te são indiferentes…
– Queria também deixar uma mensagem de força. Nós, madeirenses, sabemos que o povo da Madeira é forte e, tal como ultrapassou as cheias de 20 de fevereiro de 2010, também vai ultrapassar este momento menos bom. Desde já, quero agradecer aos Bombeiros e a todos que ajudaram nos incêndios pelo esforço que têm feito. São uns heróis!