A RTP apresentou na passada quarta-feira, dia 20 de janeiro, os interpretes e as canções que vão estar a concurso na edição de 2021 do Festival da Canção. Passado cinco dias, e segundo os vídeos disponibilizados no canal de Youtube do certame, “Por Um Triz”, de Carolina Deslandes, é o mais visto ao somar mais de 93 mil visualizações.
Karetus & Romeu Bairos com “Saudade” ocupa o segundo lugar com o tema mais ouvido no canal do Festival da Canção (mais de 78 mil visualizações), seguindo-se “Dancing in The Stars”, de NEEV, (61 mil), Pedro Gonçalves com “Não Vou Ficar” (43 mil) e Sara Afonso com “Contramão” (35 mil visualizações).
“Todas as canções estão disponíveis em lyric vídeos para ver e escutar no sítio e no YouTube do Festival da Canção”, frisa a RTP – ouça aqui os temas.
O modelo do concurso, organizado pela RTP, será igual a anos anteriores, com duas semifinais – nos dias 20 e 27 de fevereiro – e uma final – em 06 de março, que este ano, segundo o diretor de programas da RTP, José Fragoso, “não vai ter público, sinal do tempo”.
Na conferência de imprensa do Festival da Canção 2021, que decorreu ‘online’, José Fragoso anunciou também que as três fases do concurso serão emitidas em direto na RTP1, “logo a seguir ao Telejornal”, podendo a emissão ser também acompanhada no RTP Play e na RTP Internacional.
Este ano, o Festival da Canção será disputado por 20 temas autores a competir, mais quatro do que em 2020, algo que acontece para a “comunidade artística ter oportunidade de apresentar propostas”, num momento em que “as indústrias culturais têm dado uma grande prova de resistência”.
“O nosso papel também é dinamizar esta área”, afirmou José Fragoso.
Os nomes dos intérpretes dos 20 temas que irão disputar este ano o concurso, foram hoje revelados, com vários compositores a optarem por cantar as suas criações.
Na primeira semifinal competem: “Cheguei Aqui” (tema composto por Anne Victorino D’Almeida e interpretado por Nadine), “Dia Lindo” (composto e interpretado por Fábia Maia), “Contramão” (Filipe Melo/Sara Afonso), “Na mais profunda saudade (Hélder Moutinho/Valéria), “Mundo” (Ian), “Livros” (Irma), “Saudade” (Karetus/Karetus e Romeu Bairos), “Girassol” (Marôco), “Claro como Água” (Stereossauro/Mema.) e “Love in on my side” (Tatanka/The Black Mamba).
Na segunda semifinal irão competir: “Por um triz” (Carolina Deslandes), “I got music” (Da Chick), “Joana do Mar” (Joana Alegre), “A vida sem acontecer” (João Vieira/Graciela), “Dancing in the stars” (Neev), “Volte-Face” (Pedro da Linha/Eu.Clides), “Não vou ficar” (Pedro Gonçalves), “Jasmim” (Tainá), “Mundo Melhor” (Virgul/Ariana) e “Com um abraço” (Viviane/Ana Tereza).
Em cada semifinal serão escolhidas cinco canções para passarem à final.
Nas semifinais, o peso das votações será repartido entre os telespectadores e um júri cujos elementos foram escolhidos pela RTP.
Na final, as votações do júri serão feitas por representantes de sete regiões de Portugal Continental e ilhas.
Em caso de empate, nas semifinais prevalece a escolha do júri e, na final, a do público.
Dos 20 compositores participantes na edição deste ano, 18 foram convidados pela RTP e os outros dois (Marôco e Pedro Gonçalves) selecionados através da livre submissão de canções.
A música “Medo de Sentir”, interpretada por Elisa e composta por Marta Carvalho, venceu em 2020 o Festival da Canção e deveria ter representado Portugal no Festival Eurovisão da Canção, que deveria ter acontecido nos Países Baixos, mas que foi adiado um ano devido à pandemia da COVID-19.
Em 2021, não há risco de o concurso, que reúne representantes de 41 países, não acontecer, visto que os concorrentes vão gravar as atuações nos seus países.
“Com a Eurovisão 2021 a aproximar-se, podemos agora revelar que todos os participantes terão garantido o direito de participar na competição. Cada país irá criar uma gravação ‘ao vivo’ antes do concurso, que poderá ser usada caso o concorrente não possa viajar para Roterdão devido à pandemia, ou no caso de, já nos Países Baixos, ter de ficar em quarentena”, refere a organização num comunicado divulgado em 18 de novembro do ano passado no ‘site’ oficial do Festival Eurovisão da Canção.
A 65.ª edição do concurso, que se realiza anualmente na Europa desde 1956, deveria ter acontecido em maio de 2020, em Roterdão, mas a União Europeia de Radiodifusão, por considerar que não estavam reunidas condições para a sua realização, devido à pandemia da COVID-19, decidiu adiá-la um ano.
A organização explica que foi pedido a todas as estações de televisão participantes (no caso de Portugal é a RTP) “que gravem uma atuação ao vivo do concorrente no seu país”.
Essa gravação “deverá ser entregue antes do evento, terá de acontecer num estúdio e em tempo real (tal como seria no concurso), sem qualquer edição da voz ou de qualquer parte da atuação, depois de esta ser gravada”.
A organização garante que “um conjunto de diretrizes de produção irá assegurar a equidade e integridade do concurso”.
“Esperemos que todos, ou a maioria, dos concorrentes possam viajar para Roterdão em maio, mas termos a gravação da atuação ao vivo garante que esta será vista por milhões de espectadores, aconteça o que acontecer”, refere a organização.
As semifinais da 65.ª edição do festival Eurovisão da Canção estão marcadas para os dias 18 e 20 de maio e, a final, para o dia 22 do mesmo mês.
Portugal participou no Festival Eurovisão da Canção pela primeira vez em 1964, tendo entretanto falhado cinco edições (em 1970, 2000, 2002, 2013 e 2016).
Entre 2004 e 2007, inclusive, e em 2011, 2012, 2014, 2015 e 2019, Portugal falhou a passagem à final.